Fábio Willians

Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) pousaram hoje (10), por volta das 6h30 da manhã, no Recife, em Pernambuco. O cargueiro KC-390 Millennium e o Embraer Legacy trouxeram 42 brasileiros, 20 ucranianos, 5 argentinos e 1 colombiano, além de 14 crianças. Também foram trazidos oito cachorros e dois gatos.

Os repatriados estão fazendo uma escala de 3 horas em Recife, de onde partem para Brasília. A previsão de chegada na capital federal é 12h15 e eles serão recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro.

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, participou da Operação Repatriação e está acompanhando os repatriados. Ele esteve em visita oficial à Polônia, onde se reuniu com seu homólogo polonês.

Após deixar Varsóvia, na Polônia, ontem (9), os aviões fizeram escalas em Lisboa (Portugal) e na Ilha do Sal (Cabo Verde).

No voo de ida do KC-390 foram transportadas 11,6 toneladas de doação para a Ucrânia, que incluem cerca de 9 toneladas de alimentos desidratados de alto teor nutritivo, o equivalente a cerca de 360 mil refeições, 50 purificadores de água, com capacidade por volta de 300 mil litros de água por dia e meia tonelada de insumos essenciais e itens médicos.

Na volta, o KC-390 trouxe a maioria dos passageiros. Já no Legacy, por se tratar de uma aeronave mais confortável, vieram uma grávida e duas famílias com crianças de colo. O chanceler brasileiro também veio no Legacy.

O KC-390 é o maior avião militar desenvolvido e fabricado no hemisfério sul e um dos projetos estratégicos da Defesa. A aeronave já foi empregada em outras missões especiais de ajuda humanitária, como no Líbano (2020) e no Haiti (2021).

A Operação Repatriação é uma ação interministerial, entre as pastas da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Defesa (MD), das Relações Exteriores (MRE) e da Saúde (MS).

Uma explosão nas obras de construção das novas instalações do Fórum de São Gotardo, no Alto Paranaíba, deixou um morto e três feridos na manhã desta quarta-feira (9/3). O trabalhador que morreu teria acendido um cigarro próximo a uma cola inflamável. Os colegas o advertiram do perigo, mas ele teria ignorado. O TJMG se solidarizou com as vítimas e familiares e informou que a obra é terceirizada.

Segundo a Polícia Militar, funcionários realizavam a fixação de um revestimento de parede usando cola. Enquanto aguardavam a evaporação do produto, chegou ao local um outro trabalhador da obra. Esse cidadão carregava um cigarro em uma das mãos e um isqueiro na outra.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, os funcionários pediram que o homem se retirasse do local, contudo ele teria colocado o cigarro na boca e acendido. Com a explosão e o incêndio, o homem de 32 anos (que estava com o cigarro) morreu carbonizado.

Um grande incêndio foi gerado pela explosão. A fumaça foi avistada de várias parte da cidade. Com o uso de 32 extintores, os próprios funcionários controlaram as chamas.

Três funcionários sofreram ferimentos e foram socorridos. Um homem de 42 anos teve queimaduras de 1º grau no antebraço direito e na orelha direita. Um outro, de 51 anos, apresentou queimaduras de 2º grau nos braços, antebraços, pescoço, lombar e face. Por fim, uma jovem de 22 anos teve queimaduras de 1º grau na face e no pescoço.

A perícia técnica da Polícia Civil de Patos de Minas compareceu ao local e efetuou os trabalhos forenses. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e posteriormente liberado para velório e sepultamento.

Em nota, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que a obra era terceirizada e que o Ministério do Trabalho foi notificado. Também mencionou que um processo administrativo será instaurado para apurar os fatos e verificar se houve, ou não, responsabilidade por parte da empresa. O TJMG também se solidarizou com as vítimas, familiares e amigos.

A Petrobras anunciou que fará um reajuste nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias a partir desta sexta-feira (11). Depois de 57 dias sem reajustes no valor dos combustíveis, o preço médio da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86, um reajuste de quase 19%.
Já o litro do diesel passa de R$ 3,61 para R$ 4,51, aumento de aproximadamente 25%. O gás de cozinha (GLP) sobe de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg. A Petrobras segue o preço do mercado internacional do barril de petróleo, que disparou nas últimas semanas devido à guerra na Ucrânia.

“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, informa a Petrobras em comunicado.

Minas Gerais pode entrar, nesta quinta-feira, em uma nova etapa no enfrentamento à Covid-19. Às 11h, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, concede entrevista coletiva na Cidade Administrativa. A tendência é de que a pasta retire a obrigatoriedade sobre o uso de máscaras em espaços abertos no Estado. Na semana passada, em comunicado à imprensa, o secretário já havia indicado essa possibilidade.

Em nota enviada à reportagem de OTEMPO, nesta quarta-feira, a secretaria acenou sobre a decisão, mas deixando, para as próximas semanas, o veredito sobre a obrigação de uso do acessório de proteção em ambientes fechados. “A partir da melhora nos indicadores, a SES-MG fará uma avaliação do cenário para tomar uma decisão sobre a possível flexibilização e a orientação atualizada acerca do uso de máscaras, especialmente em locais abertos, para depois decidir sobre espaços fechados”, diz trecho da nota.

Conforme a SES, os dados de vacinação contra a Covid-19 em Minas apontam para “altos níveis de imunidade”. Além disso, a pasta destacou que há uma redução de risco clínico da doença em relação às hospitalizações e agravamento dos quadros de saúde dos pacientes. O painel de monitoramento da secretaria indica que 86,43% da população, apta à vacinação, já tomou a primeira dose, enquanto 81,30% dos habitantes já receberam as duas aplicações.

Em relação à dose de reforço, o Estado tem uma cobertura vacinal de 44%. Nos leitos de UTI exclusivos para Covid, a ocupação está em 8,75%. Nas enfermarias equipadas para tratar a doença, apenas 5% das vagas estão com pacientes. Nos últimos sete dias, de acordo com os dados da pasta, a mortalidade por Covid a cada 100 mil pessoas está em 2,03.

O conflito entre Rússia e Ucrânia é mais um elemento que vai elevar o preço do café no Brasil neste ano. Insumos usados no plantio registram alta de mais de 100% no custo. A tendência de alta no preço do produto é observada desde o ano passado nas prateleiras, quando o pacote de 500g acumulou alta de 42%, segundo o IPCA.

Se em 2021 os inimigos do cafezinho foram a secas e as geadas, em 2022 a guerra no leste europeu traz incertezas sobre insumos e logística. Cerca de 25% dos fertilizantes utilizados na cafeicultura brasileira são importados da região em guerra. A alta dos combustíveis também tende a encarecer a produção do grão, já que 80% da cafeicultura é altamente mecanizada.

A avaliação é da analista de agronegócio da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg) Ana Carolina Gomes. Ela explica que o encarecimento de insumos é um problema que começou ainda no ano passado.

"No ano passado, diante da eventual sinalização de elevação de custos [de fertilizantes], o próprio governo elaborou um programa, mas são ações de longo prazo. Hoje as ocorrências globais deixam o setor de agronegócio, especialmente a cafeicultura, em sinal de alerta. Não talvez pela falta, porque a gente compra de outros países, mas tem um peso porque praticamente 1/4 vem da Rússia".

Os fertilizantes usados no Brasil também vêm da China (13%) e do Canadá (9%).

O impacto do conflito nos preços dos combustíveis também vai atingir a produção de café. "Hoje praticamente 80% da cafeicultura utiliza a colheita mecanizada, com uso de tratores. Então é algo que também onera os custos de produção", diz a analista.

Outro insumo que teve alta muito acima da média é o potássio, substância muito utilizada na produção cafeeira. Segundo Ana, o produto ficou 205% mais caro em dezembro.

O preço do pacote de 500g do pó de café ultrapassou a marca de R$ 18 nas prateleiras dos supermercados no fim do ano passado. Em Belo Horizonte, o produto chegou a ter uma variação de 27%. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O Brasil é o maior produtor de café do mundo, e Minas Gerais está em primeiro lugar entre os Estados do país. De acordo com dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), foram colhidas 21,45 milhões de sacas em 2021, o equivalente a 46% da safra em todo o país.

O café é cultivado em 451 municípios de Minas em uma área de 1,3 milhão de hectares. De todo o montante produzido no estado, o do tipo arábica responde por aproximadamente 99%, de acordo com dados da Seapa.

O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros de Minas Gerais (Aspra), subtenente Heder Martins de Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (9) que o governador Romeu Zema (Novo) chamou as categorias de segurança para a guerra e que a disputa pode se tornar política, sendo que o round final será em outubro, na eleição ao governo do Estado.

Em entrevista ao programa Patrulha da Cidade, na Rádio Super 91.7 FM, o militar afirmou que a manifestação demonstrou ao governo de Minas a indignação da categoria, que cobra um reajuste salarial de 24% para as forças de segurança. O governo estadual anunciou um reajuste de 10% para todas as categorias do funcionalismo.

“O primeiro round vai até o dia 1º de abril. O governo nos chamou para um jogo de xadrez, ele move uma peça e nós movemos outra. O round final vai até o dia 2 de outubro. Ainda que não consigamos mais um centavo de recomposição salarial, vamos tirar o pé do acelerador e entrar na campanha contra Zema”, afirmou Oliveira.

O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas (Sindppen), Vladimir Dantas afirmou que a cobrança é pelo acordo que foi firmado pelo governo há dois anos. “Estamos cobrando novamente que o governador cumpra o que nos acordou em ata. O governo tem caixa, tem dinheiro e se omite em se reunir com a segurança pública”, diz.

O governo de Minas, no entanto, se manifesta desde a semana passada informando que não pode atender ao pedido das forças de segurança para não descumprir os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.