Fábio Willians

Dos 53 deputados federais mineiros, 49 vão disputar as eleições deste ano. Do total, 31 tiveram aumento patrimonial no comparativo com 2014, segundo levantamento feito pela rádio Itatiaia com base nas declarações dos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral.

O primeiro da lista é o deputado Marcelo Aro (PHS), cujo patrimônio saltou de R$ 105 mil para R$ 1,32 milhão, o que representa um aumento de quase 1.163%. Na declaração deste ano, Aro informou que possui um carro, dinheiro em espécie e cotas em uma empresa. Em 2014, ele declarou somente depósitos bancários e dinheiro. Procurado pela reportagem de O TEMPO, o deputado não respondeu aos questionamentos até a publicação da matéria.

Na lista, a parlamentar Raquel Muniz (PSD) é a segunda em aumento patrimonial no comparativo entre 2014 e 2018. O somatório dos bens da deputada cresceu 750%, passando de R$ 716 mil para R$ 6,09 milhões. Em nota, Raquel Muniz disse que a evolução de seu patrimônio se deu em função da atualização contábil das empresas do grupo das quais ela é uma das sócias. “Não houve aquisição relevante no período entre 2014 e 2018”, diz o texto.

O total de bens declarados por Patrus Ananias (PT) passou de R$ 236 mil para R$ 1,46 milhão no comparativo entre 2014 e 2018. O parlamentar argumentou que o aumento se deveu ao fato de ter se aposentado e, com isso, incorporado valores rescisórios e do Fundo de Garantia ao patrimônio. A declaração de bens móveis e imóveis do deputado não sofreu alteração no período.

“No meu caso, a justificativa para esse aumento é bem simples. Primeiramente, porque não houve nenhum aumento em bens de imóveis que venho declarando há muitos anos. O meu aumento na questão financeira se deve ao fato de eu ter me aposentado. Me aposentei como funcionário efetivo e concursado após 40 anos de trabalho na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)”, afirmou Patrus Ananias. “E também me aposentei como professor da Universidade Pontifícia Católica de Minas Gerais (PUC–MG), onde leciono desde 1979. Por conta dessas duas aposentadorias, de que eu cumpri as exigências da proposta do governo Temer, em que tenho mais de 65 anos de vida e mais de 40 anos de contribuição”, concluiu o parlamentar.

O delegado Edson Moreira (PR) também está na lista de maiores evoluções patrimoniais no período. Os bens somados do parlamentar passaram de R$ 723 mil para R$ 2,32 milhões entre 2014 e 2018, crescimento de 221%. O parlamentar justificou que tem duas fontes de renda – salário parlamentar e aposentadoria – e que recebeu salários atrasados e licença-prêmio ao se aposentar.

“Quando me aposentei, recebi salários atrasados, férias premium, guardei e fiz aplicação. Sempre fui uma pessoa econômica, levo uma vida muito simples, do trabalho para casa e de casa para o trabalho. Nem carro eu tenho, não tenho luxo, não viajo. A idade está chegando, e faço minhas economias pensando no futuro. Sei que recebo um salário que a maioria dos brasileiros não recebe e luto para reduzir essa desigualdade no país”, explicou.

Também no top 10 da evolução patrimonial entre os deputados federais do Estado, Welinton Prado (Pros) se limitou a dizer que essa evolução é compatível com sua renda e também ocorreu devido à venda de alguns imóveis.

Terça, 21 Agosto 2018 17:11

Congado de Bambuí visita Córrego Danta

O congado é uma manifestação cultural e religiosa afro-brasileira que é praticada em milhares de cidades brasileiras e em Bambuí e cidades vizinhas se tornou uma tradição. Esta tradição foi trazida da África, onde havia a comemoração aos reis do Congo com festejos e danças, e os escravos a trouxeram para o Brasil. No Brasil a homenagem é principalmente a Nossa Senhora do Rosário e aos Reis Magos.
Nestes festejos usa-se a visitação aos festeiros, com os ternos de congado se apresentando homenageando-os. Neste fim de semana, um dos ternos de Bambuí, Marujos, visitou a cidade de Córrego Danta, que festejou Nossa Senhora do Rosário. A tradição reza que uma visita é “paga” com uma visita durante os festejos do visitante. O terno Marujo já visitou as cidades de Araxá, Ibiá, Cachoeirinha e a comunidade rural do Sapé e estas visitas e ações do terno de congado tem o apoio da Prefeitura de Bambuí, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

O ex-prefeito Marcio Lacerda anunciou no início da tarde desta terça-feira que desistiu de concorrer ao governo de Minas. O socialista informou sua retirada da disputa em uma carta intitulada "A velha política conseguiu me tirar dessa eleição".

O anúncio foi feito pouco depois de o PT dizer que não havia mais espaço para o socialista na chapa do governador Fernando Pimentel (PT) para concorrer ao Senado. Também foi depois de o Ministério Público Eleitoral emitir parecer a favor da decisão do PSB nacional, de retirar a candidatura de Lacerda.

Em carta enviada à imprensa, Lacerda diz que dois comandos partidários – o PSB e o PT – “conspiraram” contra sua candidatura ao governo e conseguiram retirá-lo da disputa “de forma antidemocrática e arbitrária, fizeram, na calada da noite, nos porões sombrios dos gabinetes em Brasília” e com “o mais podre dos conchavos políticos”.

Lacerda disse que resistiu e que sua indignação não aceitou a “negociata”, que agride “a vontade soberana dos mineiros”. Segundo o ex-prefeito, a disputa judicial com o PSB poderia durar até a véspera do 1º turno, gerando insegurança jurídica. Com isso, Lacerda afirma que as candidaturas do partido ficariam fragilizadas.

“Além disso, manter uma campanha eleitoral, muito curta e de grandes desafios como essa, com tamanha indefinição jurídica, poderia prejudicar muito o crescimento que vínhamos detectando nos últimos meses em torno da nossa proposta para Minas Gerais”, disse.

Na carta, o ex-prefeito creditou o fim de sua candidatura a representantes da ‘velha política’. Disse que Minas Gerais precisava de uma terceira via e que sua candidatura era muito viável. O ex-prefeito estava em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, em situação e empate técnico com o governador Fernando Pimentel.

“Por isso os grandes interesses agiram dessa maneira covarde. Infelizmente essa é a política que ainda impera no Brasil. Sou retirado da disputa esperando, sinceramente, que esse fato deplorável que ocorreu com a minha candidatura sirva de exemplo para ajudar a transformar de fato a nossa política. Não podemos mais deixar que acordos e conchavos de gabinete predominem sobre a vontade popular”.

Lacerda agradeceu o ex-presidente da Assembleia Adalclever Lopes (MDB), que seria o candidato a vice na chapa, e o deputado federal Jaime Martins, que seria candidato ao Senado.

“Aproveito este comunicado para também anunciar a minha desfiliação do Partido Socialista Brasileiro, o qual nos últimos onze anos fui filiado, honrando com dignidade seus princípios e valores. Infelizmente, este conchavo de sua direção nacional terá reflexos ainda mais profundos no PSB e, rincipalmente, nos olhos de quem enxergava neste partido alguma coisa diferente na vida partidária este país”, disse.

Leia a íntegra da carta de Lacerda

A velha política conseguiu me tirar dessa eleição

Dois comandos partidários, de forma antidemocrática e arbitrária, fizeram, na calada da noite, nos
porões sombrios dos gabinetes em Brasília, o mais podre dos conchavos políticos. A cúpula do PSB e
do PT conspiraram para retirar a minha candidatura a Governador de Minas Gerais, impedindo a
desvinculação definitiva do tradicional papel de braço do PT, desempenhado pelo PSB.

Todos sabem que lutei e resisti. Minha indignação não aceitou essa negociata, essa imposição que
agride não apenas a minha candidatura, mas a vontade soberana dos mineiros.

No entanto, a impossibilidade do julgamento definitivo do assunto, desenhada nos últimos dias no
âmbito da Justiça Eleitoral, conduz esta insegurança jurídica até a véspera do 1o turno, o que me leva a retirar minha candidatura.

Esse prazo alongado dificulta e muito a mobilização de apoiadores e, especialmente, tornará muito fragilizada a situação dos candidatos a deputado do PSB, que estão contra sua vontade, presentes em duas coligações.

Além disso, manter uma campanha eleitoral, muito curta e de grandes desafios como essa, com tamanha indefinição jurídica, poderia prejudicar muito o crescimento que vínhamos detectando nos últimos meses em torno da nossa proposta para Minas Gerais.

Os representantes da velha política conseguiram impedir minha candidatura.
Minas Gerais precisava de uma terceira via. E a nossa candidatura era, sim, muito viável. Todas as
pesquisas divulgadas até o momento apontaram o meu nome com reais possibilidades de chegar ao segundo turno e obter uma vitória. Por isso os grandes interesses agiram dessa maneira covarde.
Infelizmente essa é a política que ainda impera no Brasil. Sou retirado da disputa esperando,
sinceramente, que esse fato deplorável que ocorreu com a minha candidatura sirva de exemplo para audar a transformar de fato a nossa política. Não podemos mais deixar que acordos e conchavos de abinete predominem sobre a vontade popular.

E é essa vontade popular que sustenta a esperança que estava depositada em nossa candidatura. Nos últimos dezoito meses visitei mais de duzentas cidades em Minas, vendo de perto a situação de cada região do estado. Dialogando e ouvindo pessoas de todos os segmentos da população aprofundei meus conhecimentos sobre Minas Gerais e sobre a realidade das pessoas em mais de mil reuniões que participei nesta que eu chamei de peregrinação de aprendizado.

Quero agradecer a todos que nos acompanharam e participaram dessa caminhada. A todos os
cidadãos que estavam dispostos a construir uma nova alternativa para Minas e que viam em nossa candidatura a esperança de algo diferente.

Nas pessoas do meu candidato a vice-governador, deputado estadual Adalclever Lopes, e do meu
candidato a senador, deputado federal Jaime Martins, quero agradecer profundamente a todos os
partidos, dirigentes, parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, enfim, todos os políticos de bem que estiveram ao nosso lado neste momento e que também estão profundamente indignados.

Desejo boa sorte a todos os candidatos a deputado da coligação Minas tem Jeito, em especial aos do PSB que apoiaram minha candidatura a Governador.

Apesar do sentimento de frustração, digo a todos que esta foi uma experiência extremamente
proveitosa. Ouvir de perto os mineiros permitiu a mim, ao lado de outros colaboradores e de lideranças
partidárias que confiaram em nosso projeto, apresentar um programa de governo chamado “Pacto Pela Retomada da Grandeza de Minas”, que está registrado no Tribunal Regional Eleitoral e publicado em marciolacerda.com.br. São ideias e conceitos que permitiriam que Minas Gerais voltasse a olhar para a frente de novo.

Aproveito este comunicado para também anunciar a minha desfiliação do Partido Socialista Brasileiro, ao qual nos últimos onze anos fui filiado, honrando com dignidade seus princípios e valores.
Infelizmente, este conchavo de sua direção nacional terá reflexos ainda mais profundos no PSB e,
principalmente, nos olhos de quem enxergava neste partido alguma coisa diferente na vida partidária deste país.

A política continua sendo o grande instrumento de transformação social no Brasil, mas transformação mesmo precisa acontecer primeiro na forma de se fazer política.

Marcio Lacerda, 21/08/2018

Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (20) apurou os percentuais de intenção de voto para presidente da República em dois cenários com candidatos diferentes do PT – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro cenário e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no segundo.

Cenário com Lula

No cenário que inclui como candidato do PT o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pesquisa apresentou o seguinte resultado:

Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 37%
Jair Bolsonaro (PSL): 18%
Marina Silva (Rede): 6%
Ciro Gomes (PDT): 5%
Geraldo Alckmin (PSDB): 5%
Alvaro Dias (Podemos): 3%
Eymael (DC): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
João Amoêdo (Novo): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 0
Vera (PSTU): 0
João Goulart Filho (PPL): 0
Branco/nulos: 16%
Não sabe/não respondeu: 6%
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo". É o primeiro levantamento do Ibope realizado depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral.

Cenário com Haddad
Lula está preso em Curitiba, condenado em segunda instância no caso do triplex no Guarujá. Pela Lei da Ficha Limpa, ele está inelegível.

Por essa razão, a Procuradoria Geral da República impugnou (questionou) a candidatura.

O caso está sendo analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso e será decidido pelo TSE depois de ouvir a defesa de Lula, a favor do registro da candidatura.

Em razão desse quadro jurídico, o Ibope pesquisou outro cenário, com o atual candidato a vice na chapa de Lula, Fernando Haddad.

Nesse cenário, o resultado seria:

Jair Bolsonaro (PSL): 20%
Marina Silva (Rede): 12%
Ciro Gomes (PDT): 9%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Fernando Haddad (PT): 4%
Alvaro Dias (Podemos): 3%
Eymael (DC): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Henrique Meirelles (MDB): 1%
João Amoêdo (Novo): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 1%
Vera (PSTU): 1%
João Goulart Filho (PPL): 1%
Branco/nulos: 29%
Não sabe/não respondeu: 9%

Sobre a pesquisa

Margem de erro: dois pontos percentuais para mais ou para menos
Quem foi ouvido: 2002 eleitores em 142 municípios
Quando a pesquisa foi feita: de 17 a 19 de agosto
Registro no TSE: protocolo nº BR‐01665/2018
O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro;
0% significa que o candidato não atingiu 1%; traço significa que o candidato não foi citado por nenhum entrevistado.