Fábio Willians

O segundo turno em Minas será de embate ferrenho entre propostas consideradas liberais. Apesar de habitarem o mesmo campo político, Antonio Anastasia (PSDB) e Romeu Zema (Novo) elaboraram projetos de governo conflitantes. De um lado, o tucano evita promessas específicas e dá preferência às metas genéricas, como concluir obras e não aumentar impostos. De outro, Zema propõe mudanças como a possível revisão do plano de carreira dos professores e a gestão privada da saúde pública.

A pedido do Hoje em Dia, os dois candidatos expuseram suas ideias sobre sete pontos fundamentais dos planos de governo, que contemplam déficit do Estado, previdência, privatizações, educação, segurança, saúde e cultura.

No nicho tucano, Anastasia vem repetindo que não é possível prometer o que não pode cumprir, antes de regularizar o Estado. Nas 18 páginas de seu plano de governo, não constam projetos específicos, mas, como o senador diz, “caminhos para a reconstrução de Minas”.

Em algumas áreas, Anastasia se posiciona de forma contundente.

É o caso das privatiza-ções, as quais o senador se diz contra. “Não pretendemos privatizar nossas estatais. As empresas públicas de Minas representam um importante patrimônio dos mineiros e podem ser usadas para alavancar os investimentos. É isso que pretendemos fazer”, disse Anastasia.

Além disso, uma das promessas específicas do tucano é afirmar que irá trazer Minas Gerais para a liderança no ranking do Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Partido Novo
Zema tem optado por apresentar propostas consideradas mais radicais.

Em defesa das privati-zações das estatais, com exceção da Codemig, o candidato propõe fatiar a Cemig em até seis empresas, segundo ele, para estimular a concorrência e baixar em até 20% a tarifa de energia em Minas.

O problema é que a Cemig deposita sua energia no Sistema Integrado Nacional (SIN), assim como as outras operadoras do país. Dessa forma, para fazer alterações sobre a distribuição de energia, seria preciso uma revisão em legislações federais.

“É uma proposta para baratear a conta. Nós dependemos do governo federal, sim, do Congresso. Mas vamos trabalhar para isso”, admite o candidato do Novo.

Educação
Na área da educação, Zema defende a implemen-tação de um programa de bonificações por méritos aos professores — em detrimento do plano de carreira, que hoje estabelece aumento de ganho salarial por tempo de serviço e também por escolaridade.

Além disso, propõe que alunos com melhor desempenho sejam separados das classes em que estão estudantes com baixo índice de aprendizado.
“Não pode é o aluno que tem bom desempenho ficar preso, sendo puxado para trás, por aqueles que não querem nada com nada. Tem que mudar isso, fazer salas separadas. E também pretendo criar um cartão para que o estudante tenha acesso a benefícios extra-escolares”, diz o candidato do Novo.


Na corrida ao Palácio da Liberdade, faltam propostas concretas para déficit e previdência

Problema mais complexo do Estado atualmente, o déficit de R$ 5,6 bilhões — e que pode chegar à casa dos R$ 20 bilhões — aliado ao drama da previdência, que aumenta anualmente em R$ 16 bilhões o rombo das contas públicas, não receberam propostas específicas de ambos os candidatos.

Romeu Zema propõe reduzir as atuais 21 secretarias do governo para nove, como forma de enxugar a máquina pública. Entre os cortes, o candidato do Novo prevê a fusão das secretarias de esporte, cultura e educação, além de unificar a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) com a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi).

“É preciso cortar 80% dos cargos comissionados também e acabar com o cabide de empregos no governo para garantir uma economia maior”, diz Zema.
O candidato do Novo é favorável à criação de um fundo complementar de previdência. Atualmente, o Estado arrecada R$ 6 bilhões e gasta R$ 22 bilhões com a folha de pagamento, sem conseguir fechar as contas.

Já o senador Antonio Anastasia (PSDB) pretende renegociar as dívidas com os fornecedores para tentar frear o déficit. Além disso, o tucano aposta que uma reforma da previdência em nível federal será alinhada com as reformas dos estados. Nesse âmbito, Anastasia concorda com Zema a respeito da criação de um fundo complementar de previdência.

“Obviamente, o direito adquirido do aposentado deve ser preservado. Essa reforma precisa ser feita de forma justa. A discussão tem que ser, em especial, para aqueles que ingressarem na administração pública doravante, considerando também a implantação da aposentadoria complementar, cuja adesão é facultativa”, diz o tucano.

Análise
Nesse cenário, o cientista político Eduardo Coutinho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisa que, apesar de os programas de ambos os candidatos serem enraizados na esfera liberal, as diferenças entre os dois são grandes.

“O programa do Anastasia é mais cauteloso, não crava promessas ou soluções mágicas. Já o de Romeu Zema tem propostas mais incisivas e alinhadas a um estilo de privatização bem agressivo”, avalia.

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Nesta sexta feira(12), dia de Nossa Senhora Aparecida, centenas de fiéis Católicos passaram pelo bairro Campos onde se encontra a imagem de N. Sra. Aparecida em Bambuí.

Procissões, Missas, orações marcaram este dia de muita fé.

Os devotos puderam usar a escada de alvenaria que ficou pronta a tempo da festa. São mais de 100 degraus que levam ao alto do bairro de onde se tem uma grande vista da cidade.

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A homilia na principal missa do Dia da Padroeira, na basílica em Aparecida (SP), defendeu uma sociedade solidária aos pobres e unida contra a discriminação e a exclusão racial. A igreja pediu o fim do que chama de 'mundo de separação', citando casais e partidos políticos, como exemplo da falta de união.


A celebração, que começou às 9h e durou quase 2 horas, nesta sexta-feira (12), foi acompanhada por uma multidão que lotou o templo - entre eles, o candidato ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB).

A igreja, no interior de São Paulo, é o principal local de peregrinação do país, por abrigar a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

O sermão na missa do Dia Padroeira da Padroeira ocorre logo depois da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão máximo da igreja católica no Brasil, orientar os eleitores cristãos que, ao escolher seus candidatos, atentem aos que ajudem a preservar, não a destruir, sistemas democráticos.

A missa em Aparecida foi conduzida pelo arcebispo Dom Orlando Brandes e, a homilia, feita pelo reitor da basílica, padre João Batista de Almeida. "O nosso Brasil precisa ser reconstruído e nosso povo precisa recuperar a confiança e pedimos a ela que nos ajude a reconstruir e restaurar a força de vida do nosso povo", disse ele aos fiéis.

A igreja destacou que Nossa Senhora é solidária aos pobres e negros, que vieram ao Brasil inicialmente como escravos, mas que hoje, mesmo livres, são 'escravos' de uma sociedade que exclui, não dando oportunidades.

"Na 'Casa da Mãe' não pode haver a exclusão. A dignidade do negro e do branco é igual, da mulher e do homem. Não pode haver cercas, mas sim pontes", afirmou.

Quase no fim da missa, a igreja divulgou o tema na novena da Padroeira em 2019: Amazônia. Uma cerimônia indígena foi apresentada após o anúncio.


Programação
O Santuário Nacional prevê atividades aos romeiros até a noite desta sexta-feira. Além de outras missas, está prevista uma procissão e um show conduzido pelo cantor Daniel e padres cantores à noite. A atração, seguida de show pirotécnico, encerra as festividades à Santa neste ano.

Fieis vieram de longe para homenagear a Padroeira. "Vim com um grupo de Vitória, no Espírito Santo, cheguei ontem. E a primeira vez que eu venho no dia 12 [de outubro]. Esse ano eu vim pela fé que tenho pelas coisas que Ela já fez por mim. Eu vim só para agradecer. Encaramos essa casa lotada, trânsito e cansaço, mas faríamos de novo, porque vale a pena", disse a devota aposentada Maria da Penha Xavier, de 66 anos.

 

A Justiça suspendeu na última quarta-feira (10) a adoção das placas do Mercosul no Brasil. A decisão é da Desembargadora Federal Daniele Maranhão Costa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, e tem caráter liminar, ou seja, é uma decisão provisória.

O pedido de suspensão foi feito pela associação das empresas fabricantes e lacradoras de placas automotivas de Santa Catarina, a Aplasc.

As placas começaram a ser instaladas no Rio de Janeiro há um mês, em 11 de setembro. Até 1º de dezembro, todos os demais estados deverão fazer o mesmo.

Causas da decisão
De acordo com a decisão, há duas causas para a suspensão. A primeira é que, na resolução que implementou as placas Mercosul, o Denatran ficaria responsável por credenciar as fabricantes de placas.

No entanto, segundo a desembargadora, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que esta função é dos Detrans.

O texto diz ainda que "a União não traz nenhum argumento que legitime a transferência de atribuição quanto ao credenciamento das empresas pelo Denatran, embora traga como justificativa a necessidade de solucionar problema relacionado ao direcionamento das atividades a determinadas empresas e o monopólio existente no setor."

A juíza ainda conclui, dizendo que, "sem adentrar na pertinência dessas afirmações, o fato é que não pode, a despeito de solucionar um problema, criar outro, abstraindo da previsão expressa em lei que diz ser dos Detrans a competência para a atividade de credenciamento."

A outra razão, segundo a desembargadora, é que o Brasil deveria ter implantado o sistema de consultas e troca de informação das novas placas antes que as placas passassem a ser adotadas nos veículos, como diz o trecho abaixo:

"É impensável a adoção de um novo modelo de placas automotivas, que com certeza vai gerar gastos ao usuário, sem a contrapartida da implementação do sistema de informação integrado, sob pena de inverter indevidamente a ordem das coisas, pois a mudança do modelo visa a viabilizar a integração das informações com vistas à maior segurança e integração entre os países signatários do tratado."


O prazo para que todos os estados adotem as placas do Mercosul é 1º de dezembro. Elas só serão obrigatórias para carros novos, transferidos de munícipio ou de proprietário, e em outras situações que exigem a troca de placas.

As novas patentes foram lançadas em 2014, e tiveram o prazo de adoção adiado três vezes.

O novo padrão tem quatro letras e três números, diferente do modelo usado até então, com três letras e quatro números.

Outra diferença é que a cor do fundo das placas será sempre branca. O que varia, é a cor da fonte. Para veículos de passeio, cor preta, para veículos comerciais, vermelha, carros oficiais, azul, em teste, verde, diplomáticos, dourado e de colecionadores, prateado.

Além disso, o nome do país estará na parte superior da patente, sobre uma barra azul. Brasões da cidade e do estado estarão na lateral direita.

Só no Rio, por enquanto
Por enquanto, apenas o Rio de Janeiro já utiliza o novo padrão. Por lá, desde o dia 11 de setembro, os veículos novos já recebem as patentes com padrão diferente.

No entanto, até o final de setembro, pelo menos, o novo modelo ainda não era reconhecido pelo próprio sistema do Detran-RJ.


Porém, com a decisão, ainda não se sabe se o estado deverá voltar a usar o antigo padrão.

A Associação Grupo Arcanjos Solidários em parceria com o Movimento Amigos de Cristo da Paróquia de Sant'ana e do Encontro de Jovens com Cristo realizaram neste sábado dia 06/10 uma Rua de Lazer totalmente gratuita para as crianças da cidade de Bambuí em comemoração ao Dia das Crianças. O evento foi realizado no Salão de Festas da Igreja Sagrado Coração de Jesus que foi gentilmente cedida pelo Pároco Padre Samuel, o evento é um projeto realizado em parceria pelos três movimentos. Durante o evento foram distribuídos lanches (cachorro quente, pipoca, algodão doce, suco e geladinho) para todos que estavam presente, foram realizadas brincadeiras e atividades como: pinturas, corrida do saco, corrida da batata na colher e gincanas diversas, ainda contou a disponibilização de brinquedos coletivos fixos como: Cama elástica, piscina de bolinha entre outros. Segundo a Presidente da AGAS Bambuí (Associação Grupo Arcanjos Solidários) a estudante de Administração Karoline Miranda de Oliveira Ferreira: "Gostei muito da energia no evento, do trabalho em equipe entre as três organizações. É uma alegria ver o sorriso no rosto de cada criança, o fruto de um trabalho realizado de coração, não existe nada mais gratificante que a expressão do amor". Este foi o quinto ano consecutivo que os Arcanjos Solidários realiza este projeto em parceria com movimentos e associações caritativas da cidade de Bambuí.