Fábio Willians

Quarta, 17 Outubro 2018 11:43

Em Bambuí: Vem aí a Festa do Rosário

Fique atento à programação:

festa

A frente democrática sonhada pelo candidato do PT, Fernando Haddad, para tentar virar o jogo eleitoral no segundo turno, está cada vez mais distante da realidade. A sigla, que havia conseguido a adesão formal do PSol e do PSB, além do PCdoB, foi surpreendida por fortes críticas feitas por expoentes do PDT — partido do candidato derrotado Ciro Gomes — ao comportamento do PT durante a campanha e nos governos petistas. A rebelião causou um rebuliço entre as forças de esquerda.

A divisão foi exposta de forma contundente na noite de segunda-feira, em Fortaleza. Durante um ato público, com petistas, o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), irmão de Ciro, afirmou que o PT deveria fazer um mea-culpa se não quiser perder a eleição. “Não tenho raiva do PT. Acho que o Haddad é o melhor. E, para ele ter a mínima possibilidade de ganhar, a companheirada teria de fazer uma autocrítica, um pedido de desculpas”, disse.

“Não admitir os erros que cometeram é para perder a eleição. E é bem feito. Vão perder feio, porque fizeram muita besteira, porque aparelharam repartições públicas, porque acharam que eram donos de um país, e o Brasil não aceita ter dono, é um país democrático”, disse Cid. Quando petistas na plateia começam a gritar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cid elevou o tom: “O Lula está preso. E vai fazer o quê? Isso é o PT, e o PT desse jeito merece perder”.

Ontem, Haddad tentou minimizar o episódio. “Tenho uma amizade pessoal com o Cid. Ele fez elogios à minha pessoa. Prefiro sempre olhar para o lado positivo”, disse a jornalistas, em São Paulo, durante evento de campanha. Mais tarde, em entrevista a uma rádio, o presidenciável afirmou que “Ciro e Cid ficaram ressabiados com o PT por razões locais”. “Eu sei que não é comigo o problema. Entendo essas arestas, que têm que ser aparadas. Meu desejo de que eles participem da campanha continua o mesmo. Vamos seguir a vida”, completou.

Por meio do Facebook, Cid voltou à carga. Ele disse que não tinha o objetivo de se vingar de ninguém. Afirmou, contudo, que o povo brasileiro quer virar duas páginas do passado recente: o PSDB e o PT. “Creio que a única forma de ajudar a evitar que essa ânsia popular coloque o país numa aventura obscurantista seria uma profunda autocrítica da companheirada, seguida de um sincero pedido de desculpas. E, na sequência, uma palavra firme do Haddad de que governará suprapartidariamente. Será pedir demais? Muita ingenuidade?”, questionou.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, respondeu com uma crítica velada ao PDT. “Se o PT não estivesse no segundo turno, apoiaria o adversário do deputado Bolsonaro, porque ele não vai promover a democracia no país. Esperávamos que isso fosse um movimento natural e estou vendo que não é. Adiante, a história avaliará a todos nós”, escreveu no Twitter.

O senador eleito Jaques Wagner (PT-BA), que integra a equipe da campanha de Haddad, foi mais comedido: “Nós já mandamos o recado para todo mundo. Fica na consciência de cada partido, de cada pessoa. Se eles derem a declaração (de apoio), seria melhor. Mas, se não derem e já disserem que não votam no Bolsonaro, já demarcaram um campo”.

O crime brutal chocou a cidade de João Pinheiro na região Noroeste do Estado. Uma jovem de 22 anos, grávida de oito meses, foi assassinada com requintes de crueldade e teve a criança retirada da barriga. A principal suspeita, uma mulher de 40 anos, quase foi linchada por populares na tarde desta terça-feira (16).

De acordo com informações do JP Agora, o corpo de Mara Cristina, 22 anos, foi localizado por populares que ajudavam na busca, em um mato às margens da BR-040. A jovem estava amarrada pelo pescoço em uma árvore de meia altura, com sinais de estrangulamento. A barriga dela foi aberta e a criança retirada com requintes de crueldade.

Mais cedo populares tentaram linchar a suspeita que chegou a cair ao solo. O linchamento só não foi consumado graças à intervenção dos policiais, que conseguiram preservar a integridade da suspeita. Agentes da Polícia Civil levavam a suspeita Angelina Ferreira de 40 anos, até o referido local apontado por ela como último lugar que manteve contato com Mara. Ao avistarem os agentes e a suspeita, diversas pessoas revoltadas com o caso resolveram tentar fazer justiça com as próprias mãos.

Entenda o caso:

Uma mulher que era conhecida da jovem, compareceu ao Hospital Municipal de João Pinheiro, com o bebê enrolado em um pano e com um ferimento na cabeça dizendo que era a mãe do recém-nascido.

O médico que atendeu a mulher, disse que queria examinar o recém-nascido, o que foi negado pela mulher de nome Angelina. O médico verificou que a mulher não apresentava evidências de gravidez e de ter ganhado a criança horas antes.

Familiares de Mara Cristina, 22 anos, estiveram no hospital e questionaram Angelina sobre o paradeiro de Mara. Segundo informações, Mara Cristina estava morando com Angelina havia aproximadamente uma semana. Mas a mulher não soube informar o paradeiro de Mara. Questionada pela Polícia Militar, a mulher relatou que Mara estava em uma residência no Bairro Itaipu.

Angelina havia relatado ainda que teve a ajuda de outra pessoa para realizar o parto da criança, porém não deu maiores detalhes. Angelina possui passagens policiais por roubo. Devido a complicações respiratórias e nascer prematuro, o recém-nascido foi transferido para o Hospital São Lucas, em Patos de Minas, onde permanece internado.

Segundo o delegado que estava de plantão, Carlos Henrique Gomes Bueno, a mulher detida tem algum transtorno mental, pois faz uso de medicação muito forte, fato confirmado pelo marido. Bueno também comentou que em depoimento ela informou que não conhece a terceira envolvida no fato.

O casal encaminhado para a delegacia foi ouvido e liberado na madrugada desta terça-feira (16). A outra mulher envolvida no caso ainda não foi identificada.

A Prefeitura de Bambuí e a empresa Unibase fizeram hoje mais uma rodada de negociação para a conclusão da obra de recuperação da rua Santo Antônio, no bairro Açudes. A reunião aconteceu na sede da Unibase, em Betim, e participaram o prefeito Olívio Teixeira, o secretário de Obras, Haroldo Barcelos, a engenheira da Prefeitura, Francielle Leite, o consultor jurídico, Diego Lima, os vereadores Pedro Renato, Lécio José da Silva e Robson Hildebrando, além dos diretores da empresa. O prefeito Olívio Teixeira informou que as duas partes ainda não chegaram a um acordo final, que estão pendentes algumas questões judiciais. Uma nova reunião foi agendada para quinta-feira em Bambuí, quando vão prosseguir na negociação e discutir com a Pedreira Cabal a preparação do material para fazer a base da implantação asfáltica da rua Santo Antônio.

Confira o áudio enviado pelo prefeito Olívio Teixeira sobre a reunião:

O jornalista e radialista Gil Gomes morreu na madrugada desta terça-feira (16) em São Paulo, informou a assessoria do Hospital São Paulo. Famoso na crônica policial, ele tinha 78 anos e sofria havia mais de dez anos de Mal de Parkinson.

Na noite de segunda, o jornalista passou mal em sua casa, no bairro Jardim da Saúde, Zona Sul da capital. Ele foi socorrido por equipe do Samu e levado para o pronto-socorro do Hospital São Paulo. A morte foi confirmada nesta madrugada.

Ele deixa quatro filhos e nove netos. "É uma pessoa única para a comunicação. Sempre muito indignado com as injustiças sociais. Era muito considerado desde os delegados até as classes mais humildes", disse Vilma Gil Gomes, filha do jornalista. Segundo ela, a saúde do pai piorou nos últimos dias.

Jornalistas lamentaram a morte de Gil. No Twitter, o presidente da República, Michel Temer (MDB), disse que "seu estilo único e carismático marcou para sempre o jornalismo brasileiro".

O velório deve ocorrer a partir das 14h na Capela Obelisco, na Vila Mariana. O enterro está previsto para quarta (17), no Cemitério Memorial Vertical de Guarulhos, na Grande São Paulo. O horário ainda não foi informado.

Perfil de Gil Gomes

Cândido Gil Gomes Jr. nasceu em São Paulo, em 1940. Dono de uma voz potente, começou a carreira jornalística aos 18 anos, em uma rádio, como locutor esportivo. Na época, não pensava em cobrir crimes. "Polícia sempre me cheirara a coisa de mundo cão", disse em entrevista à "Folha de S.Paulo" em 2008.

A entrada no "mundo cão" ocorreu em 1968, na Rádio Marconi. Lá, deixou a crônica esportiva para cobrir reportagens de temas variados. Se destacou ao cobrir, ao vivo, um caso de agressão sexual ocorrido no prédio onde trabalhava.

A partir daí, aprimorou a narrativa que o marcou na crônica policial brasileira.

Nos anos 90 integrou a equipe do popular “Aqui Agora”, do SBT. Manteve no vídeo a entonação de suspense que criou no rádio, acrescentando ao estilo um gesto circular que fazia com a mão e camisas com estampas coloridas. Depois do “Aqui Agora”, trabalhou em outras emissoras.

Gil Gomes ficou afastado da TV por mais de 10 anos devido a problemas de saúde relacionados ao Mal de Parkinson, doença diagnosticada em 2005. Em 2016, aos 76 anos, foi convidado a participar com comentários em um programa de TV patrocinado por uma rede de farmácias.