As aulas das escolas da rede municipal de ensino de Bambuí estão suspensas esta semana devido a falta de combustíveis na cidade em decorrência da greve dos caminhoneiros. A decisão foi tomada pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura após fazer um levantamento real sobre a disponibilidade de combustível para transporte dos alunos. As aulas suspensas dos dias 29, 30 de maio e 1º de junho serão repostas em outras datas.
Nesta segunda-feira(28), motoristas de Bambuí, junto com os caminhoneiros fizeram uma carreata pela Cidade em apoio a paralisação que acontece em todo o Brasil.
O movimento foi organizado através das Redes Sociais e reuniu diversos apoiadores.
Vários caminhões e carros de passeio fizeram o percurso.
No domingo, presidente Michel Temer anunciou redução de R$ 0,46 por litro de diesel para tentar por fim a greve de caminhoneiros. Medida custará R$ 9,5 bilhões ao Tesouro, mesmo assim a paralisação ainda continua.
O carro de boi foi um dos primeiros meios de transporte criados pelo homem, principalmente para transportar cargas, e com o passar dos anos ele ainda está presente em algumas cidades do interior. Em Bambuí ele já não é tão usado como antigamente, mas muitos produtores rurais ainda mantém os seus carros de bois, preservando esta tradição.
Uma das oportunidades da atual população conhecer este meio de transporte é através dos desfiles de carros de bois que acontecem em muitas cidades. E Bambuí até alguns anos atrás tinha o desfile durante a exposição agropecuária e agora em uma ação do Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural, COMPAC em conjunto com a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, está recuperando esta tradição.
No domingo da exposição agropecuária deste ano acontecerá um grande desfile de carros de bois, com a presença de carreiros de Bambuí e de outras cidades vizinhas. E entre eles há uma tradição e um acordo de pagar a visita dos carros de bois. Os carreiros de Bambuí já estiveram em Guarda dos Ferreiros, Luz e Formiga.
O presidente Michel Temer publicou na noite de domingo (27) uma edição extra do Diário Oficial com as medidas prometidas aos caminhoneiros para tentar encerrar a greve do setor.
As medidas foram anunciadas por Temer em pronunciamento. A publicação era uma das condições impostas pelos caminhoneiros para encerrar o movimento.
Com as medidas provisórias publicadas no Diário Oficial, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pode contratar transportadores autônomos para atender até 30% da demanda; fica definida a política de preços mínimos para o transporte de cargas; e fica isenta a cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos para os veículos que circularem vazios.
A greve dos caminhoneiros chegou ao sétimo dia no domingo e provoca um intenso desabastecimento em várias partes do país. Os caminhoneiros protestaram contra o valor do diesel.
Para tentar conter a manifestação, o governo também prometeu uma redução de R$ 0,46 no litro do diesel por meio da redução a zero das alíquotas do PIS-Cofins e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). A queda no valor terá validade por 60 dias. A partir daí, os reajustes no valor do combustível serão feitos a cada 30 dias, decisão que, segundo Temer, visa dar mais "previsibilidade" aos motoristas.
Temer afirmou ainda que não vai incluir o setor de transporte rodoviário de carga da chamada reoneração da folha. A proposta, que na prática eleva a arrecadação federal, já foi aprovada pela Câmara e ainda depende de análise do Senado. Vários setores que haviam sido atendidos com a desoneração perderão o benefício.