Fábio Willians

Jovens atletas do Flamengo estão entre os dez mortos em um incêndio em um alojamento no Ninho do Urubu, na Zona Oeste do Rio, no início da manhã desta sexta-feira (8). O Fla-Flu deste sábado, válido pela semifinal da Taça Guanabara, deve ser adiado. O governador Wilson Witzel decretou luto oficial de três dias.

As chamas atingiram as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos que não residiam no Rio. Ainda não há identificação dos mortos. Os bombeiros chegaram a dizer que todos eram adolescentes, mas não há informações oficiais.

Às 9h50, a polícia chegou ao Ninho do Urubu para fazer a perícia. Um inquérito foi instaurado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) para apurar as causas do desastre.

Entre as mortes confirmadas estão:
Christian Esmério: Goleiro das categorias de base do Flamengo. Em abril, ele postou uma foto nas redes sociais de uma conquista com o clube.

Arthur Vinicius: morava com a família em Volta Redonda e completaria 15 anos no sábado (9). A família foi avisada e está a caminho do Rio, segundo informações da TV Rio Sul. Ele faria 15 anos neste sábado (9).

Três adolescentes ficaram feridos, um deles em estado grave, e foram levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra:

Cauan Emanuel Gomes Nunes, 14 anos, de Fortaleza (CE);
Francisco Diogo Bento Alves, 15 anos;
Jonathan Cruz Ventura, 15 anos, em estado mais grave.
Às 8h40, Jonathan foi levado às pressas para o centro cirúrgico. Ele sofreu queimaduras em 40% do corpo e será transferido para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz.

Os três feridos são de fora do Rio de Janeiro. Funcionários e médicos do clube estiveram na unidade e a expectativa é de poder transferir os meninos assim que a situação for estabilizada.

O governador Wilson Witzel manifestou condolências nas redes sociais e disse esperar "minuciosa investigação".

Treinos cancelados
De acordo com um funcionário que trabalha no setor administrativo da base do Flamengo, os meninos seriam transferidos do local onde estavam alojados na semana que vem. Segundo ele, a base do clube migrou para onde era o profissional e já estava em processo de mudança.

O funcionário - que preferiu não se identificar - disse ao G1 que, por causa da chuva na noite de quarta-feira, os meninos estavam de folga.

“Era o dia de folga, pra nossa sorte. Demos folga ontem [quinta] por causa da tempestade e cancelamos o treino de ontem e o de hoje [sexta]. Alguns atletas que moravam mais próximos foram pra casa”, declarou.
Segundo mães de atletas, o treino cancelado liberou os jovens que moram no Rio para dormir em suas casas. Desta forma, só pernoitaram no alojamento adolescentes que vieram de fora, como Cauan Emanuel.

"Se tivesse treino hoje, a tragédia teria sido muito maior", disse uma mãe.
Passagem bloqueada
O funcionário disse que chegava ao Centro de Treinamento no momento em que as chamas começaram. “Chegamos pra trabalhar eram umas 6h, junto com bombeiros. Eu recebi um telefonema quando eu estava chegando”, disse ele.

“O fogo pegou exatamente no local que estavam as crianças. Não espalhou porque os bombeiros chegaram rápido. Ali tinham três ou quatro quartos. O fogo pegou na porta e reteve a passagem”, completou.

O funcionário não soube dizer se a sede tinha brigada de incêndio, mas afirmou que havia extintores no local e que eles chegaram a ser usados no momento do incêndio.

Alexandre Sanz, preparador físico do Flamengo, acha que não tem clima para a realização de um Fla x Flu neste sábado (9). "Fica difícil ter o jogo porque houve uma situação emocional muito forte".


A Zona Oeste foi uma das mais afetadas com o temporal desta quarta-feira (6). Na manhã desta sexta, o Ninho do Urubu continuava sem luz e sem água em decorrência da chuva.


Instalações retorcidas

Imagens feitas pelo Globocop mostraram uma área do CT do clube destruída pelas chamas. Por volta das 7h20, bombeiros atuavam apenas no rescaldo.

O Centro de Treinamento Presidente George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, conta com um módulo profissional, dois campos, campo de treinamento para goleiros e estruturas para musculação e fisioterapia.

Em 2018, ano de inauguração do novo módulo profissional, a estrutura pré-existente foi deixada para as categorias de base e, para o futebol profissional, foi disponibilizado um novo módulo, com novos alojamentos, um parque aquático, academia e mais um campo de futebol (totalizando cinco).

A hanseníase é uma doença muito antiga, conhecida naquela época como lepra, era temida e as comunidades separavam as pessoas que a tinham. Com o avanço da medicina a doença recebeu uma atenção especial e surgiram os tratamentos e a cura para a hanseníase. Entretanto, ela não está erradicada e é preciso que as pessoas mantenham o alerta para evitar a contaminação pelo bacilo Micobacterium leprae.
Atenta à doença a Secretaria Municipal de Saúde fez um treinamento com os Agentes Comunitários de Saúde, ACS, sobre a hanseníase, com abordagem sobre a doença, transmissão, tratamento e metas a serem cumpridas para a redução de casos. O objetivo é orientar os agentes de saúde para que, durante as visitas domiciliares aos bambuienses, repassem as informações e identifiquem possíveis casos.
A hanseníase é uma doença silenciosa que é transmitida pelas vias aéreas superiores (tosse ou espirro) e pode demorar de 5 a 10 anos para aparecer os primeiros sintomas como, manchas, dor e formigamento nos braços e pernas e redução da sensibilidade nas mãos e pés, entre outros. A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito pelo SUS.

O prefeito Olívio Teixeira deu as boas-vindas aos alunos da Escola Municipal Dr. Antônio Torres no início do novo ano letivo da rede municipal de ensino e estende o desejo a todos os estudantes bambuienses. Ele agradeceu, parabenizou e desejou sucesso aos estudantes por estarem iniciando mais um ano de estudos em uma escola modelo e que continuem a elevar a pontuação de Bambuí no ranking do Ministério da Educação. A Escola Dr. Antônio Torres atingiu uma das melhores notas do Brasil, 7,8 do IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, cuja meta estipulada pelo Ministério da Educação era de 6. “Esta nota serve de estímulo para melhorar mais e para que as outras escolas do município sigam o seu exemplo”, disse o prefeito satisfeito com o resultado. Ele aproveitou para alertar aos alunos da importância dos cuidados com a saúde, principalmente com a Dengue, para que Bambuí fique livre desta doença e do mosquito Aedes aegypti, participando do Mutirão da Limpeza. A atual administração determinou o início das aulas da rede municipal de ensino no dia 4 de fevereiro, mesmo com o atraso no repasse dos recursos do Governo do Estado. “Não queremos prejudicar os estudantes e os professores no decorrer do ano letivo com aulas extras para completar a carga horária”, afirmou “e se as aulas forem até dezembro poderemos ter problemas para transportar os alunos com as chuvas no final do ano”, completou.

Quinta, 07 Fevereiro 2019 01:13

Em Bambuí: Mutirão de limpeza

A Prefeitura de Bambuí convoca a população a participar do mutirão da limpeza, uma parceria para deixar a cidade e as casas mais limpas e sem os criadouros de insetos, aracnídeos, répteis e moluscos. Sem estes animais nos quintais e ruas a cidade vai ficar livre de doenças como a Dengue.
O mês de fevereiro foi escolhido para o Mutirão da Limpeza na cidade por ser o verão um período de risco de contaminação de várias doenças causadas por mosquitos, escorpiões e caramujos.
O Mutirão da Limpeza concentrará as ações de recolhimento dos entulhos nas sextas-feiras e sábados deste mês, nos dias 8 e 9, 15 e 16 e 22 e 23. Os caminhões da Prefeitura vão percorrer os bairros para recolher o entulho.
A cada semana a Prefeitura colocará caçambas em alguns bairros para que os moradores possam colocar os entulhos retirados das residências. As caçambas ficarão de segunda-feira a sábado. Confira os locais:

Cronograma do Mutirão de Limpeza:

08/02/2019
Bairro: Cerrado
Caçamba: 04 a 09 de fevereiro
LOCAL: RUA PADRE DOMINGOS, (PRÓXIMO AO SUPERMERCADO DO PAULINHO)

09/02/2019
Bairro: Nações /Candola/ Campos
Caçamba: 04 a 09 de fevereiro
LOCAL: PRAÇA ANTÔNIO NEVES - (NAÇÕES)

LOCAL: RUA ANTONIO TEIXEIRA DE ANDRADE, (PRÓXIMO A CASA DOS PAES) (CANDOLA)

LOCAL: RUA OTAVIANO MAGALHÃES, (PRÓXIMO A CRECHE DOS CAMPOS) - (CAMPOS)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado, nesta quarta-feira (6), a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro no processo da Lava Jato que apura se ele recebeu propina por meio da reforma de um sítio em Atibaia (SP).

A sentença da juíza substituta Gabriela Hardt, da primeira instância, é a segunda que condena Lula na Operação Lava Jato no Paraná. Cabe recurso. Outras 12 pessoas foram denunciadas no processo.

Gabriela Hardt – que substituiu o juiz Sérgio Moro – decretou a interdição de Lula para o exercício de cargo ou função pública pelo período equivalente ao dobro da pena estabelecida. A medida atinge ainda os outros condenados por lavagem de dinheiro – Léo Pinheiro, José Carlos Bumlai, Emílio Odebrecht, Alexandrino Alencar, Carlos Paschoal, Emyr Dinis, Roberto Teixeira, Fernando Bittar e Paulo Gordilho.

A juíza declarou ter ficado comprovado que:

A OAS foi a responsável pelas reformas na cozinha do sítio de Atibaia no ano de 2014;
As obras foram feitas a pedido de Lula e em benefício de sua família, sendo que ex-presidente acompanhou o arquiteto responsável, Paulo Gordilho, ao menos na sua primeira visita ao sítio, bem como o recebeu em São Bernardo do Campo para que este lhe explicasse o projeto;
Foram executadas diversas benfeitorias no sítio, mas consta da denúncia somente o valor pago à empresa Kitchens, no valor de R$ 170 mil;
Toda a execução da obra foi realizada de forma a não ser identificado quem executou o trabalho e quem seria o beneficiário;
Todos os pagamentos efetuados pela OAS à empresa Kitchens foram feitos em espécie, no intuito de não deixar rastros de quem era o pagador;
Não houve ressarcimento à OAS dos valores desembolsados pela empresa em benefício de Lula e de sua família.
LEIA A ÍNTEGRA DA SENTENÇA

Gabriela Hardt afirmou que:

"É fato que a família do ex-presidente Lula era frequentadora assídua no imóvel, bem como que usufruiu dele como se dona fosse. Inclusive, em 2014, Fernando Bittar alegou que sua família já não o frequentava com assiduidade, sendo este usado mais pela família de Lula";
Lula tinha pleno conhecimento de que a OAS era uma das participantes do "grande esquema ilícito que culminou no direcionamento, superfaturamento e pagamento de propinas em grandes obras licitadas em seu governo, em especial na Petrobras. Contribuiu diretamente para a manutenção do esquema criminoso";
O ex-presidente também tinha uma relação próxima com o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, e "tinha ciência do 'caixa geral' de propinas mantido entre a empresa e o Partido dos Trabalhadores";
Consequentemente, Lula tinha plena ciência da origem ilícita dos recursos utilizados pela OAS na reforma da cozinha do sítio. "Portanto, reputo comprovada sua autoria pela contribuição na ocultação e dissimulação de que era o real beneficiário dos valores ilícitos empregados pela OAS na reforma do sítio de Atibaia";
"Foram ouvidas mais de uma centena de testemunhas, anexados dezenas de depoimentos produzidos em feitos correlatos como prova emprestada, deferida realização de prova pericial, anexados diversos documentos, sendo nítido que a produção probatória é farta".
A juíza determinou ainda o confisco do sítio de Atibaia. Ela afirmou que, apesar de o processo não discutir a propriedade do imóvel – mas, sim, as reformas que foram feitas nele –, os valores do terreno e das benfeitorias são equivalentes. Assim, não haveria como decretar a perda das benfeitorias, sem afetar o imóvel.

De acordo com ela, após a venda do sítio, a diferença entre o valor das benfeitorias e o valor pago pelo imóvel deve ser revertida aos proprietários – Fernando Bittar e a esposa. A alienação só deve ocorrer, porém, após o trânsito em julgado do processo.

O ex-presidente está preso em Curitiba desde abril de 2018, cumprindo a pena de 12 anos e um mês determinada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), na primeira condenação dele na segunda instância pela Lava Jato.

O G1 entrou em contato com a defesa de Lula, que informou ainda não ter um posicionamento sobre a condenação.

Veja quais os crimes e a condenação ou absolvição de cada um dos réus:
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República: condenado a 12 anos e 11 meses pelos crimes de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro;
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht: seria condenado a 5 anos e 4 meses pelo crime de corrupção passiva, mas teve a condenação suspensa por causa do acordo de delação premiada;
José Adelmário Pinheiro (Léo Pinheiro), ex-presidente da OAS: condenado a 1 ano, 7 meses e 15 dias pelos crimes de lavagem de dinheiro;
José Carlos Bumlai, pecuarista: condenado a 3 anos e 9 meses pelo crime de lavagem de dinheiro;
Emílio Odebrecht, ex-presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht à época: condenado a 3 anos e 3 meses pelo crime de lavagem de dinheiro;
Alexandrino de Alencar, ex-executivo da Odebrecht: condenado a 4 anos pelo crime de lavagem de dinheiro;
Carlos Armando Guedes Paschoal, ex-diretor da Odebrecht: condenado a 2 anos pelo crime de lavagem de dinheiro;
Emyr Diniz Costa Junior, ex-engenheiro da Odebrecht: condenado a 3 anos pelo crime de lavagem do dinheiro;
Roberto Teixeira, advogado: condenado a 2 anos pelo crime de lavagem de dinheiro;
Fernando Bittar, empresário, sócio de um dos filhos de Lula: condenado a 3 anos pelo crime de lavagem de dinheiro;
Paulo Roberto Valente (Paulo Gordilho), ex-engenheiro da OAS: condenado a 1 ano pelo crime de lavagem de dinheiro;
Agenor Franklin Medeiros, ex-executivo da OAS: absolvido da acusação de corrupção ativa;
Rogério Aurélio Pimentel, ex-assessor especial da Presidência: absolvido da acusação de lavagem de dinheiro.
A denúncia
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu propina do Grupo Schahin, de José Carlos Bumlai, e das empreiteiras OAS a Odebrecht por meio da reforma e decoração no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que o ex-presidente frequentava com a família. Outras 12 pessoas foram denunciadas no processo.

A acusação trata do pagamento de propina de pelo menos R$ 128 milhões pela Odebrecht e de outros R$ 27 milhões por parte da OAS.

Para os procuradores, parte desse dinheiro foi usada para adequar o sítio às necessidades de Lula. Segundo a denúncia, as melhorias na propriedade totalizaram R$ 1,02 milhão.

O MPF afirma que a Odebrecht e a OAS custearam R$ 850 mil em reformas na propriedade. Já Bumlai fez o repasse de propina ao ex-presidente no valor de R$ 150 mil, ainda conforme o MPF.

Segundo o MPF, Lula ajudou as empreiteiras ao manter nos cargos os ex-executivos da Petrobras Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre empreiteiras e a estatal, descobertos pela Lava Jato.

Outra condenação
O ex-presidente já havia sido condenado a nove anos e seis meses de prisão, na primeira instância da Lava Jato, pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, em julho de 2017, no processo referente ao triplex de Guarujá (SP).

Em 24 de janeiro, por unanimidade, a 8ª Turma do TRF4 manteve a condenação e aumentou a pena de prisão do ex-presidente de 9 para 12 anos e 1 mês. Ele recorreu e, com todos os recursos esgotados, começou a cumprir a pena em abril de 2018.

Desde então, o petista está preso uma sala especial na PF, na capital paranaense.

Veja, abaixo, o que diz a defesa de Fernando Bittar:
"Fernando Bittar foi condenado por uma única lavagem de dinheiro que será objeto de recurso. De qualquer modo, é importante frisar que o próprio MPF reconheceu que ele era - e é - o verdadeiro proprietário do sito de Atibaia. Nem ele e nem o ex-presidente Lula foram condenados por dissimulação quanto à propriedade do sítio". (Alberto Zacharias Toron, advogado, em nota)

O governo Jair Bolsonaro vai acionar a AGU (Advocacia-Geral da União) para evitar o pagamento de indenizações concedidas pela Comissão de Anistia a ex-militares da FAB (Força Aérea Brasileira), que somam R$ 7,4 bilhões.

A cifra corresponde a valores retroativos de decisões ocorridas nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A decisão de acionar a AGU foi tomada em conjunto pelo Palácio do Planalto e pelo comando da Aeronáutica.

Até o ano passado, a conta total envolvendo anistiados políticos chegava a R$ 17,4 bilhões. Desse valor, R$ 9,9 bilhões já foram pagos – R$ 3,5 bilhões para ex-militares da Aeronáutica, do Exército e da Marinha e R$ 6,4 bilhões para civis. Os contemplados alegam perseguição política entre 1946 e 1988.