Fábio Willians

Quarta, 28 Abril 2021 10:19

Auxílio não é esmola!

O Auxílio Emergencial que começou a ser distribuído na semana passada pelo governo federal com valores que variam de 150 a 375 reais, é insuficiente para contornar os impactos da pandemia de COVID-19 na vida do cidadão brasileiro. Afetadas financeira, emocional e psicologicamente pelo desemprego, pelo isolamento e pela falta de perspectivas a curto prazo, centenas de milhares de famílias enfrentam a fome e o medo da morte pelo coronavírus. Se a intensificação da vacinação traz novas esperanças de futuro, o presente ainda é uma incógnita para quem depende da ajuda de 150 reais do governo para sobreviver. Afinal, uma cesta básica em Minas Gerais não sai por menos de 500 reais por família.

Uma das grandes experiências que tive neste segundo mandato de deputado federal por Minas Gerais foi ter relatado a primeira edição do Auxílio Emergencial, em 2020, na Câmara dos Deputados. Um tema de extrema importância para o povo brasileiro e para a economia da nação. Uma tarefa que me demandou muito estudo e dedicação para entender não apenas as questões sociais envolvidas, mas também os impactos financeiros, orçamentários e econômicos diretamente relacionados com a concessão desse benefício para as pessoas mais carentes de Minas e de todas as regiões do país.


Na época, nossos argumentos ajudaram a convencer o governo federal, em especial o presidente Jair Bolsonaro, de que o valor de 200 reais defendido pelo ministro Paulo Guedes não seria suficiente para atenuar as aflições das famílias carentes. Foi através do nosso relatório e graças à sensibilidade do Parlamento brasileiro, que conseguimos aprovar um auxílio emergencial de 600 reais. Hoje, o governo oferece às vítimas da pandemia um valor quatro vezes inferior ao proposto por mim no Congresso Nacional em 2020. A justificativa de que as contas públicas não vão bem deveria reforçar, a meu ver, uma postura inversa. Afinal, nenhum país cresce sem seu povo. E sem alimento não há pessoas, não há economia, não há desenvolvimento. Um pensamento que, segundo a imprensa, é compartilhado também pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, para quem o auxílio que relatei jamais deveria ter sido suspenso.


Muito se falou sobre o custo expressivo do programa: 300 bilhões de reais ou 4% do nosso PIB. Hoje, pesquisas indicam que foi justamente aquele primeiro auxílio emergencial que impediu uma retração ainda maior da nossa economia. A expectativa girava numa redução entre 8,4 e 14,8%, mas graças ao programa o resultado final do PIB esperado para 2021 está na casa dos 4,5%. A lógica é simples. A população de baixa renda gasta quase todo o seu dinheiro em consumo, o principal componente do nosso PIB. Com o dinheiro gasto na padaria, por exemplo, o padeiro mantém sua família e honra seus compromissos com o distribuidor da farinha de trigo. Este paga o fabricante, que paga os agricultores e assim por diante em toda a cadeia produtiva, preservando empregos e gerando impostos.


Com a experiência de uma relatoria tão importante, posso afirmar que este momento exige ainda mais esforços de todos os dirigentes do nosso país para encontrarmos uma solução que amplie o valor do auxílio emergencial aos patamares do ano passado. É hora de abrirmos os cofres com responsabilidade e criatividade, valendo-nos de uma gestão administrativa mais competente e dos ativos disponíveis, com a realização de leilões de áreas remanescentes do pré-sal, privatizações, concessões de rodovias e aeroportos, entre outros, para que o Brasil se capitalize e seu povo sobreviva. Vivemos em tempos de calamidade e de guerra contra um vírus que mata sem piedade ou distinção de raça, classe ou cor. Tempos extremos que requerem coragem e compromisso de todos, em especial dos governantes. Auxílio Emergencial de 600 reais, já!

Marcelo Aro, 33 anos, é deputado federal (PP-MG), jornalista e advogado

Boletim epidemiológico 27/04

Nesta terça-feira(27), aconteceu um grave acidente na BR 354 próximo ao Silo, o último vagão de uma carreta de São José dos Pinhas /PR, que seguia sentido trevo de Tapiraí rodou na pista e atingiu uma outra carreta de Itumbiara / GO que seguia no sentido contrário, uma estava carregada de farelo de soja e e outra de calcário.

Um dos motoristas ficou preso às ferragens foi socorrido pelo SAMU, encaminhado ao Hospital Nossa Senhora do Brasil com graves ferimentos e segundo informações não resistiu e veio à óbito.

O outro motorista não sofreu nenhuma lesão.

O tânsito no local ficou impedido nos dosi sentidos.

Em cumprimento de mandado de busca e apreensão no bairro Açudes, um homem de 37 anos foi preso e uma adolescente, de 17, apreendida. Informações sobre intenso tráfico de drogas no local motivaram a ordem judicial e sua sequência.

Na casa foram encontrados: 04 buchas de maconha, 02 papelotes e 01 pedra de cocaína, 01 porção de crack, 01 cigarro de maconha, 01 celular e R$ 805,00.

Os envolvidos foram conduzidos à delegacia de Polícia Civil, bem como a droga apreendida.

O Sindicato dos Bancários confirmou a greve de funcionários da Caixa Econômica para esta terça-feira (27) em todo o Brasil. A paralisação será por 24 horas e deve abranger toda a operação das agências, além dos funcionários em home office, que também estão sendo orientados a paralisar atividades ao longo do dia.

Ainda assim, a entidade afirma que as operações feitas pela internet continuarão funcionando, ainda que de forma reduzida, para atender os beneficiários do auxílio emergencial e de outros serviços.

O sindicato está reivindicando o cancelamento da abertura de capital da Caixa Seguridade, que está marcada para a próxima quinta-feira (29). “Pedimos desculpas à população, no entanto, é melhor um dia não funcionando do que não funcionando sempre”, diz Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e funcionário da Caixa.

Os trabalhadores protocolaram uma denúncia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no último dia 20, apontando irregularidades na operação que prevê a venda de 15% das ações de um dos braços do banco estatal. “O que a gente reivindica é o fim da privatização aos pedaços da Caixa”, diz Dionísio. “Todos os IPOs grandes foram cancelados porque o preço está muito abaixo de qualquer expectativa”.

Contratações e vacinas

Além do cancelamento da venda das ações, o sindicato também reivindica a urgente contratação dos funcionários que passaram em concurso público promovido pelo banco em 2014 e que não foram chamados pela empresa. “No país inteiro, mais de 120 milhões de pessoas utilizaram a Caixa durante a pandemia para acessar o FGTS, o Bolsa Família e o auxílio emergencial. Falta empregados e o banco está recorrendo à Justiça para não contratar mais”, diz Dionísio.

O sindicato afirma que 20 funcionários da Caixa morreram nos dois primeiros meses deste ano de Covid-19, superando os 18 óbitos no ano passado inteiro. Pelo aumento da exposição, em especial por conta do aumento do fluxo de clientes nas agências para resgate do auxílio emergencial, o sindicato pede que os funcionários sejam incluídos entre os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização.

A Caixa foi procurada pela reportagem, mas não havia se manifestado até a publicação desse texto.

A Superintendência Regional de Saúde (SRS), com sede em Divinópolis, recebeu 23.195 mil doses da vacina contra a Covid-19. Serão 4.120 mil da CoronaVac e 19.075 mil da AstraZeneca. O Governo de Minas distribui nesta segunda-feira (26) a 14ª remessa dos imunizantes. Veja abaixo a quantidade de imunizantes por município; só para Divinópolis são mais de quatro mil doses.

São mais de 390 mil doses distribuídas entre as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do Estado. Esta é a 14ª entrega da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), mas é contabilizada pelos municípios como a 13ª remessa, já que a segunda e terceira foram enviadas juntas.

A orientação do Estado é para que as prefeituras sigam as recomendações do Programa Nacional de Imunização (PNI) e apliquem as doses conforme público-alvo e respectivos quantitativos.

Público prioritário

De acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, os imunizantes desta remessa serão utilizados na vacinação da 1ª dose para pessoas de 60 a 64 anos, e na dose 2 da população de 65 a 69 anos e das Forças de Segurança e Salvamento.

Distribuição das doses

Município Número de pessoas que serão imunizadas
Aguanil 105
Araújos 145
Arcos 305
Bambuí 500
Bom Despacho 965
Camacho 60
Campo Belo 1.170
Cana Verde 140
Candeias 345
Carmo da Mata 215
Carmo do Cajuru 375
Carmópolis de Minas 335
Cláudio 430
Conceição do Pará 105
Córrego Danta 80
Córrego Fundo 110
Cristais 215
Divinópolis 4.455
Dores do Indaiá 305
Estrela do Indaiá 90
Formiga 1.410
Igaratinga 155
Iguatama 180
Itaguara 255
Itapecerica 475
Itatiaiuçu 190
Itaúna 1.730
Japaraíba 70
Lagoa da Prata 870
Leandro Ferreira 75
Luz 365
Martinho Campos 250
Medeiros 70
Moema 135
Nova Serrana 815
Oliveira 835
Onça de Pitangui 55
Pains 170
Pará de Minas 1.625
Passa Tempo 165
Pedra do Indaiá 85
Perdigão 145
Piracema 135
Pitangui 460
Santana do Jacaré 100
Santo Antônio do Amparo 365
Santo Antônio do Monte 470
São Francisco de Paula 135
São Gonçalo do Pará 205
São José da Varginha 85
São Sebastião do Oeste 110
Serra da Saudade 30
Tapiraí 45

O número de pessoas imunizadas corresponde ao grupo prioritário desta remessa, segundo a SES-MG.

Distribuição
A operação logística para distribuição das vacinas é feita por meio aéreo e terrestre. A SES-MG conta com apoio das Forças de Segurança do Estado, que auxiliam no desenvolvimento e execução do transporte aéreo e das rotas terrestres.

A SRS em Divinópolis deve retirar as doses na Central Estadual de Rede de Frio, segundo o Estado.

Remessas recebidas

1ª remessa - 577.480 doses da CoronaVac em 18/1/2021
2ª remessa - 190.500 doses de AstraZeneca em 24/1/2021
3ª remessa - 87.600 doses da CoronaVac em 25/1/2021
4ª remessa - 315.600 doses da CoronaVac em 7/2/2021
5ª remessa - 357.400 doses da AstraZeneca e CoronaVac em 23/2/2021
6ª remessa - 285.200 doses da CoronaVac em 3/3/2021
7ª remessa - 303.600 doses da CoronaVac em 9/3/2021
8ª remessa - 509.800 doses da CoronaVac em 17/3/2021
9° remessa - 86.750 doses da AstraZeneca e 455.800 da CoronaVac em 20/3/2021
10º remessa - 116.600 AstraZeneca e 359.000 Coronavac em 26/3/2021
11º remessa - 73.250 doses de AstraZeneca e 943.400 doses de CoronaVac em 1/4/2021
12ª remessa 257.750 da AstraZeneca e 220.400 da Coronavac, em 8/4/2021
13ª remessa 426.000 da AstraZeneca e 275.200 da Coronavac, em 16/4/2021
14ª remessa 316.750 doses da AstraZeneca e 73.800 da CoronaVac, 23/4/2021

Intenção de compra de vacinas

Em março, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que facilita a compra de vacinas; entenda abaixo o que pode ocorrer a partir disso. A proposta do vereador Edsom de Sousa (CND) - líder do Governo na Câmara - foi aprovada por 15 votos favoráveis em único turno da Casa durante sessão ordinária. A reunião ocorreu sem a presença da população por causa das restrições da Onda Roxa.