Fábio Willians

O Ministério da Saúde anunciou assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina Coronavac contra a covid-19 para o ano de 2021, produzidas pelo órgão em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

O contrato envolve a compra inicial de 46 milhões de unidades, prevendo a possibilidade de renovação com a aquisição de outras 54 milhões de doses posteriormente. Esse modelo foi adotado pela pasta pela falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses. Hoje o Instituto Butantan anunciou que a eficácia da vacina é de 78%.

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto hoje (7), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da pasta informaram o contrato de compra da Coronavac e trataram da situação da vacinação contra a covid-19.

Pazuello afirmou que a aquisição do lote da Coronavac foi possível graças à medida provisória (MP) editada ontem (6) permitindo a contratação de vacinas antes do registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“A MP nos permite fazer contratação de vacinas e outros insumos antes mesmo de estar concluído o registro na Anvisa, coisa que não era permitida. Não podia fazer nenhuma contratação que não houvesse incorporação anterior no SUS [Sistema Único de Saúde] para poder comprar”, declarou o titular do MS.

A perspectiva da pasta é que sejam disponibilizadas em 2021 até 354 milhões de doses. Este total deve ser formado por dois milhões de doses importadas da Astrazeneca da Índia, 10,4 milhões produzidas pela Fiocruz até mês de julho, 110 milhões fabricadas no Brasil pela Fiocruz a partir de agosto, 42,5 milhões do mecanismo Covax Facility (provavelmente da Astrazeneca) e as 100 milhões da Coronavac oriundas do contrato com o Instituto Butantan.

A Coronavac custará cerca de US$ 10 por dose, demandando duas doses para cada pessoa a ser vacinada. Já a da Astrazeneca tem preço de US$ 3,75 por dose. Desta última, o ministro Eduardo Pazuello afirmou que seria aplicada apenas uma dose.

O ministro Eduardo Pazuello atualizou os três cenários de início da vacinação anunciados anteriormente. No melhor caso, o processo começaria em 20 de janeiro se os laboratórios conseguirem autorização em caráter emergencial juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Nesta hipótese, estariam disponíveis oito milhões de doses. A imunização ocorreria com as vacinas que estivessem disponíveis, sejam elas as do Instituto Butantan ou as importadas da Astrazeneca da Índia.

O segundo cenário seria entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. Já o terceiro seria entre 10 de fevereiro e início de março. Pazuello comentou que a estimativa é que os dois produtores nacionais, Butantan e Fundação Oswaldo Cruz, cheguem ainda neste ano à capacidade de fabricação de 30 milhões de doses por mês.

O ministro contou que a equipe do órgão continua negociando com a Pfizer, farmacêutica que já teve vacinas compradas por outros países. Contudo, argumentou que a empresa apresentou exigências mal recebidas pelo MS, como a desresponsabilização por qualquer efeito colateral, a designação dos Estados Unidos como foro para resolver eventuais ações decorrentes de problemas como este e obrigação de o Brasil fornecer o material para diluir o imunizante.

“Não paramos de negociar com a Pfizer. E o que queremos? Que ela nos dê o tratamento compatível com o nosso país, que ela amenize essas cláusulas. Não podemos assinar desta forma. Ela ofereceu 500 mil em janeiro, 500 mil em fevereiro e 2 milhões em março, 2 milhões em abril, 2 milhões em maio e 2 milhões em junho. Pensem se isso resolve o problema do Brasil. Toda a vacina oferecida pela Pfizer no primeiro semestre vacina a metade da população do Rio de Janeiro”, sublinhou o ministro.

Seringas
Os representantes do Ministério da Saúde falaram também sobre o fornecimento de seringas. Um pregão foi realizado, tendo concluído com 3% do total previsto. O presidente Bolsonaro afirmou que suspenderia a compra de seringas até que os preços baixassem novamente.

O secretário executivo da pasta, Élcio Franco, colocou que há 80 milhões de seringas passíveis de mobilização imediata para o início da vacinação, incluindo as existentes em estados e municípios. Ele acrescentou que o Ministério obteve juntamente a fabricantes 30 milhões de seringas por meio do instrumento de requisição administrativa.

Outras 40 milhões podem ser adquiridas por meio de uma compra internacional da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), das quais 8 milhões podem chegar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.

Até 07/01/2020, a situação com relação ao COVID - 19 em Bambuí é a seguinte, conforme informado pelo Comitê de Crise de Combate ao Coronavírus, Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Saúde e Hospital N. Sra. Brasil.

946 notificações . 93 casos descartados por sintomas . 00 caso suspeito aguardando resultado . 693 casos descartados por exame . 160 casos confirmados (00 internado, 01 óbito, 32 em acompanhamento, 127 curados)

Na manhã desta quinta-feira (07), por volta das 11h, durante patrulhamento pelo KM 32 da rodovia de ligação LMG-827, no município de Medeiros, os policiais rodoviários de Formiga, depararam com um trator de rodas vermelho, tracionando um reboque de cor verde, em baixa velocidade e sem nenhum tipo de dispositivo de sinalização ligado, sendo que o reboque também não tinha sistema de iluminação e sinalização.

Durante a abordagem os policiais constataram que a condutora de 50 anos, residente na zona rural de Medeiros, não é habilitada.

Os veículos foram removidos para o pátio do guincho credenciado da cidade de Bambuí.

Uma Operação realizada pela Polícia Militar Rodoviária (PMR) nesta quinta-feira (07), resultou na apreensão de seis veículos na LMG-827, entre Bambuí e Medeiros.

De acordo com a PMR, durante a operação os policiais de apreenderam seis veículos e autuaram cinco condutores inabilitados.

Ainda durante a operação uma CNH foi apreendida, além de um cigarro e uma bucha de maconha.

“Nós chegamos no limite da Covid”. Com essa frase e um olhar lúgubre, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) comunicou que, pela terceira vez durante a pandemia, o comércio não-essencial de Belo Horizonte vai ter que baixar as portas - e sem previsão oficial de retorno.

Além do comércio essencial, também poderão funcionar somente as praças públicas e o zoológico. A decisão, unânime, foi tomada após reunião realizada com o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19. A medida vale a partir da próxima segunda-feira (11), e detalhes serão informados em decreto a ser publicado na sexta (8). A expectativa é que as restrições durem cerca de três semanas, mas o cenário é incerto.

O avanço galopante dos índices de ocupação de leitos na cidade foi o principal item que motivou o prefeito a tomar a medida. Somente nesta semana, a ocupação de UTIs para Covid passou de 80,5% (no dia 4) para os 86,1% desta quarta-feira. “A ocupação chegou em um ponto insustentável. Pode morrer gente sem médico e sem respirador”, informou Estevão Urbano, infectologista que integra o comitê de enfrentamento à Covid. A prefeitura não deve autorizar o funcionamento do comércio até que esse índice saia do nível vermelho e chegue ao patamar de 70% de ocupação.

Mas esse índice não foi o único que balizou o aperto nas regras. O esgotamento das equipes médicas também influenciou a medida. Uma das estratégias da prefeitura para mitigar o avanço das mortes por Covid tem sido a criação de novos leitos, mas atualmente a Secretaria Municipal de Saúde sofre dificuldades na contratação de médicos especializados em tratamentos intensivos, dedicados a pacientes com quadros graves. Os profissionais estão se desdobrando em trabalhar horas a mais, algo igualmente insuficiente. “Os médicos estão esgotados. Não tem (mais) médico capacitado para trabalhar. O treinamento exigido é muito demorado. Não tem como arregimentar mais médicos, nem que se queira. É uma questão de recursos humanos”, desabafou Urbano.

Impacto do Réveillon pode piorar o cenário

Além disso, a rede de saúde, tanto a particular quanto a pública, está perto do seu limite de capacidade. Mas os especialistas avaliam que a demanda por atendimento vai continuar nessa tendência de subida, já que o reflexo atual é fruto ainda das festas natalinas. “Estava na cara que as pessoas que fizessem festas e viajassem (na virada de ano) deixariam os números insustentáveis. O impacto do réveillon ainda não aconteceu. Será visto a partir deste fim-de-semana”, calculou o especialista.

A prefeitura irá revelar detalhes das restrições na sexta-feira (8), mas é provável que os termos sejam os mesmo do decreto que fechou o comércio no início da pandemia. Naquela época, tinham permissão para funcionar somente estabelecimentos essenciais, como supermercados, padarias, farmácias, açougues, postos de combustível, agências bancárias e lotéricas, entre outros. Shoppings, clubes, estádios, bares, restaurantes e lojas devem ficar proibidos de funcionar, bem como academias e parques de lazer.

“Peço desculpas, mas não tive outra alternativa”, disse prefeito

Belo Horizonte foi a primeira capital do Brasil a fechar o comércio, em 18 de março de 2020, para conter a Covid-19. Depois de 135 dias fechada, a capital foi reaberta parcialmente a partir de 31 de julho do ano passado, quando o prefeito começou a editar decretos que permitiram setores do comércio a voltarem gradualmente.

Diante desse histórico, a alternativa de fechar o comércio agora visa conter a disseminação atual do vírus, e principalmente bloquear o aumento de casos graves. Assim, quando os infectados na virada do ano chegarem aos hospitais, a rede de saúde esteja menos congestionada. “São números impressionantes”, avaliou Kalil, a respeito dos índices atuais de ocupação de leitos.

A pressão sobre a rede de saúde tem atingido tanto casos mais graves quanto aqueles que demandam menos atenção, e isso amplia ainda mais a complexidade do caos que se encaminha. Atualmente há mais pacientes com Covid internados em UTIs privadas (252) do que no SUS (217).

Toda essa engenharia que envolve criação de leitos, restrições no comércio e contratação de mão-de-obra especializada, tem como objetivo diminuir ao máximo também o impacto do fechamento no comércio e na vida do belo-horizontino. “Foi esperado o (prazo) máximo possível para não prejudicar outros setores”, pontuou Urbano.

Nem mesmo a criação de leitos tem sido suficiente para dar conta de tanta gente infectada. Somente nesta semana, a cidade já abriu 112 novos leitos para Covid, segundo dados do boletim epidemiológico desta quarta (6), sendo 36 para enfermaria SUS, além dos destinados à rede particular (62 de enfermaria e 14 de UTI). No comunicado de ontem, Kalil informou a criação de outros 46 leitos. A previsão é que outros mais ainda sejam abertos. “Mesmo assim a ocupação ficou alta”, observou o infectologista.

O aperto nas regras de funcionamento do comércio deve-se ao fato de que a proibição de venda de álcool nos bares e restaurantes não tem sido suficiente para conter o aumento no número de infectados, conforme explica Urbano. “A partir do momento que os números vão piorando, temos que atuar nos locais de menor transmissão, como comércio, shopping, academia e clube. Não temos mais muita abertura e espaço dentro dos hospitais. Qualquer ganho que tiver, mesmo em situações de menor transmissão, é um ganho importante”, observa.

No comunicado sobre a decisão do novo decreto, Kalil informou que lamenta que a cidade tenha que ser fechada novamente. “Peço desculpas, mas não tive outra alternativa. Me desculpem, mas governar não é agradar”, disse.

Faleceu em Bambuí:

Gislene Isabel Felipe

Residência: Rua Juca Nunes, 178

Filho: Luís Felipe Bertolino

Pais: Onofre Felipe, Isabel Felipe Camargos (em memória)

Irmã: Ângela Isabel Felipe

Velório: Jardim das Rosas

Sepultamento: Cemitério Municipal

Data: 07/01/2021

Horário: 12:00 h