O PT criou um cargo para manter o candidato derrotado do partido à Presidência Fernando Haddad nos holofotes. O ex-prefeito de São Paulo será o coordenador dos NAPPs (Núcleos de Acompanhamento de Políticas Públicas), que tem o objetivo de monitorar as ações do governo Jair Bolsonaro e elaborar propostas para oferecer à oposição em áreas como economia, políticas sociais, saúde, educação e segurança. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
A ideia é que Haddad viaje o Brasil discutindo alternativas para as ações do Planalto. As primeiras viagens serão ao Ceará e Piauí.
Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cada vez mais distante da viabilidade eleitoral, o partido se esforça para manter o protagonismo em Haddad. A coordenação dos recém-criados NAPPs foi a forma encontrada de criar palanques e capitalizar os 47 milhões de votos recebidos por ele na eleição presidencial de 2018.
“Haddad é hoje a maior liderança do PT, solta”, disse Alberto Cantalice, um dos vices-presidentes do partido, em reunião da Executiva Nacional do PT, neste final de semana, em São Paulo.
Petistas avaliam também que os adversários estão explorando a segunda condenação de Lula para ganhar protagonismo no campo da oposição. Para dirigentes do PT, a fala “Lula tá preso, babaca” de Ciro Gomes na Bienal da UNE em Salvador, na semana passada, não foi apenas um arroubo do pedetista, mas teve como objetivo reforçar a mensagem de que Lula é carta fora do baralho das urnas.
Dirigentes avaliaram, durante a Executiva do PT, que a nova condenação do ex-presidente aliada à proibição de que Lula fosse ao enterro de seu irmão, Vavá, foram formas de excluir o petista do debate político.
No início da terceira semana de buscas por desaparecidos em Brumadinho, as áreas devastadas pela lama às margens do rio Paraopeba começaram a atrair curiosos e até turistas. Com a reabertura do Museu Inhotim, sábado, centenas de visitantes têm passado pela cidade para ver as áreas afetadas pela catástrofe que deixou 165 mortos e 160 desaparecidos até o momento.
Apesar de manter as buscas diárias, há três dias o Corpo de Bombeiros não encontra vítimas do rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, ocorrido em 25 de janeiro. Nesse domingo (10), foram identificadas oito vítimas. No fim de semana, 352 militares divididos em 35 equipes participaram das buscas, mas não obtiveram sucesso, principalmente por causa do endurecimento da lama, que dificulta o uso de maquinário pesado.
Cenário
Na região do Parque da Cachoeira, onde as buscas acontecem com auxílio de helicópteros e cães farejadores, a propriedade rural “Sonho Meu”, destruída pela enxurrada de rejeitos de minério, conserva destroços impactantes, como uma caminhonete revirada e um sofá intacto sobre os destroços do telhado.
Só nessa região, o pedreiro Adenil Silva Santos, de 50 anos, conduziu cerca de 30 pessoas no fim de semana, entre curiosos de outros estados e visitantes do Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo. Ele tem atuado como uma espécie de guia na área afetada pela lama, denunciando a catástrofe e acompanhando as atividades da Vale.
“Não cobro nada para trazer as pessoas aqui. Quero é que todos saibam o que está acontecendo em Brumadinho. Vem muita gente, centenas de pessoas por dia que se impressionam com esse cenário. Muitos turistas do Inhotim e gente de outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Goiás. Param, fazem fotos, postam nas redes sociais. Acho que ajuda”, diz Adenil, que há 30 anos vive em Brumadinho.
O técnico em mecânica Fábio Silva Nogueira, de 37 anos, fretou um serviço de moto-táxi por R$ 10 para conseguir chegar a locais mais difíceis, incluindo os arredores da Mina Córrego do Feijão. Natural de São Paulo, Fábio faz parte da ONG Frente Favela Brasil e está há duas semanas em Brumadinho, ajudando com a distribuição de alimentos e água.
“No meu tempo livre, tenho tentado registrar tudo o que posso da lama. É triste porque às vezes acho que posso encontrar alguém, mas a sensação real é de angústia e impotência”, diz Fábio.
Oração
Comovido com a catástrofe, um grupo de cinco professoras paulistas resolveu parar em Brumadinho nesse domingo para ver o estrago de perto, antes de seguir para Inhotim. “É difícil ir se divertir passando por aqui e não parar. Fizemos uma oração para as vítimas aqui na entrada da cidade e vamos ver a lama”, disse a educadora Ester Toledo, de 42 anos.
Até mesmo moradores de Brumadinho que não perderam parentes na tragédia têm percorrido as áreas atingidas em busca de algum sinal de esperança. A jornalista Magali Santana, de 50 anos, diariamente visita o Parque da Cachoeira e as redondezas de Córrego do Feijão.
Acompanhada pelo marido, Ronaldo Camargo, de 55 anos, ela tenta encontrar algum dos desaparecidos. “Não quero desistir. Ver crianças chorando a morte de familiares de quem elas não puderam se despedir é revoltante”, diz Magali.
Restrições
Segundo o major Flávio Santiago, chefe da comunicação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), moradores e turistas não estão autorizados a entrar em áreas inundadas pela lama, devido aos riscos, inclusive de contaminação causada pelos rejeitos tóxicos de minério.
“A orientação é não desrespeitar as áreas sinalizadas. Até porque os profissionais que atuam na lama têm tomado medicação para evitar contaminações. A PM está autorizada a retirar moradores flagrados em áreas indevidas”, reforça.
Além disso
A ArcelorMittal informou, por meio de nota, que três famílias retornaram para as casas, nesse domingo, no distrito de Pinheiros, em Itatiaiuçu.
De acordo com a empresa, elas foram autorizadas pela Defesa Civil e pela Polícia Militar (PMMG) após nova avaliação de riscos da barragem Serra Azul, uma das barragens inspecionadas após alerta emitido na sexta-feira (8). A reportagem tentou confirmar a informação com a Defesa Civil, mas não conseguiu contato.
Conforme o texto, a conclusão das autoridades é que os imóveis das três famílias, que totalizam seis pessoas, estariam fora da área de influência da barragem. “A transferência dessas pessoas havia ocorrido em função do rigor necessário adotado nas medidas de segurança e ações preventivas. Um casal com filho, uma mulher e duas senhoras decidiram retornar às suas casas. Outras cinco famílias, que também estavam autorizadas, preferiram permanecer no hotel. Neste momento, há 106 pessoas de 28 famílias hospedadas no hotel em Itaúna. Uma revisão do cadastro apontou que casais não haviam registrado o nome dos filhos”, diz a nota.
A empresa informa ainda que, no hotel, trabalha em plantão um médico do Programa da Saúde da Família (PSF) em Itaúna, realizando atendimento dos moradores. Até o momento, foram feitas 45 consultas e todos os casos foram considerados sem gravidade. Em casos emergenciais, está previsto encaminhamento para exames em laboratórios em Itaúna ou no Hospital Manoel Gonçalves. Segundo a nota, com o início da semana, todos os alocados no hotel de Itaúna terão transporte garantido na região.
Aconteceu neste domingo (10) o 2º Trilhão MTB Bambuí, com etapas de 50 e 30 km e ainda percurso kids, foram mais de 200 participantes que largaram do Rancho JM contando com uma grande equipe de apoio ao longo do percurso e ao final uma confraternização e distribuição de medalhas aos participantes.
Veja como foi a largada:
A Prefeitura de Bambuí começou esta semana o Mutirão de Limpeza por vários bairros da cidade e uma ação mais concentrada acontece na sexta-feira e no sábado. Nestes dois dias os caminhões da Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos vão percorrer os bairros do Cerrado, Nações, Candola e dos Campos para recolher os entulhos que os moradores vão retirar das suas residências, quintais e lotes.
Esta medida adotada é para que, com a importante parceria da população e da Prefeitura, Bambuí fique livre dos criadouros de insetos, aracnídeos, répteis e moluscos que causam ou transmitam doenças. Assim o município ficará sem casos de doenças como a Dengue, que podem causar até mortes. Além disto, Bambuí ficará mais limpa e cada dia melhor para se viver.
O Mutirão da Limpeza tem, além dos caminhões para a coleta do entulho, caçambas em pontos estratégicos de cada bairro para que durante a semana os moradores possam colocar o material a ser descartado. Se todos participarem o Mutirão dará o resultado que todos querem, uma cidade limpa e sem doenças.