Fábio Willians

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, do PSL, usou sua conta no Twitter para informar que pretende doar a sobra do dinheiro arrecadado com doações individuais para a Santa Casa de Misericórdia Juiz de Fora, onde foi socorrido quando recebeu uma facada durante ato de campanha nesse município na Zona da Mata mineira.

“Nossa campanha custou cerca de R$1,5 milhão, menos que a metade do que foi arrecadado com doações individuais. Pretendo doar o restante para a Santa Casa de Juiz de Fora, onde nasci novamente. Acredito que aqueles que em mim confiaram estarão de acordo. Muito obrigado a todos!”, escreveu Bolsonaro em sua rede social.

Porém, a Resolução nº 23.546 do Tribunal Superior Eleitoral impede que o dinheiro seja doado. A sobra precisa ser enviada ao partido e a prestação de contas entregue ao tribunal eleitoral.

"No caso de candidatos a presidente e a vice-presidente da República, esses recursos devem ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido, o qual será o responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização e respectiva prestação de contas no TSE", diz um trecho da resolução.

A campanha do presidente eleito arracadou, por meio da chamada “vaquinha vitual”, em torno de R$ 3,5 milhões. O restante, aproximadamente R$ 2 milhões, poderão ser doados pelo presidente eleito.

Bolsonaro foi encaminhado à Santa Casa de Juiz de Fora logo depois de ser esfaqueado durante ato de campanha naquele município. O então candidato à Presidência passou por cirurgia de urgência. Na ocasião, médicos da instituição informaram que Bolsonaro corria risco de morrer.


Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣

@jairbolsonaro
Nossa campanha custou cerca de R$ 1,5 milhão, menos que a metade do que foi arrecadado com doações individuais. Pretendo doar o restante para a Santa Casa de Juiz de Fora, onde nasci novamente. Acredito que aqueles que em mim confiaram estarão de acordo. Muito obrigado a todos!

A CEMIG irá realizar obras para manutenção da rede elétrica em algumas ruas de Bambuí, nesta quarta-feira (24). Para isso, o fornecimento de energia elétrica será interrompido nos seguintes locais:

Em Bambuí:

Região rural de São Cornélio

Região rural de Estiva

Em Doresópolis:

Região rural de Monjolo

Em Iguatama:

Região rural Retiro

Região rural Rocinha

Região rural Inhumas

Região rural Olhos D'água

Região rural Posses

Região rural Lagoa Preta

Data: 01/11/18

Desligamento: 10:00 h

Religamento: 14:30 h

No início da noite desta segunda-feira (29), um funcionário da Emater, de 67 anos, ficou ferido em um acidente próximo ao km 15 da LMG-827, em Bambuí.

Segundo informações da Polícia Rodoviária de Formiga, um veículo Fiat Uno da frota da Emater, com placas de Bambuí, seguia no sentido Medeiros/Bambuí, e após realizar uma curva, o condutor perdeu o controle direcional, provavelmente devido à velocidade incompatível, rodou na pista e capotou várias vezes, parando fora da rodovia, sobre uma plantação.

O motorista foi socorrido pelo SAMU e encaminhado com ferimentos leves para o hospital Nossa Senhora do Brasil em Bambuí, onde ficou em observação. A perícia criminal de Formiga compareceu ao local para apurar os motivos do acidente.

Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente do Brasil, neste domingo (28), após apuração das urnas. O deputado federal derrotou Fernando Haddad (PT), com quem disputou a cadeira presidencial no segundo turno das eleições de 2018. O capitão do Exército obteve 55,63% de votos, enquanto o petista deixou a competição com 44,37% votos.

O resultado da disputa não é surpreendente, pois é comparável com as indicações apontadas pelas pesquisas de intenção de voto. Desde que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, então candidato do PT, foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral por causa da Lei da Ficha Limpa, em agosto, Bolsonaro liderou nos levantamentos.

Com a saída de Lula, Haddad, por sua vez, começou a crescer nas pesquisas de intenção de voto. Ele ultrapassou seus concorrentes, como Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB), mas acabou não sendo eleito.

Esta é a 10º vez em que um militar ocupa a Presidência desde a proclamação da República, em 1889, sendo a terceira fez por meio do voto direto.

Perfil: conheça Jair Bolsonaro, eleito presidente do Brasil

Família e formação

Jair Messias Bolsonaro é natural de Campinas, no interior de São Paulo. Ele nasceu em 21 de março de 1955 e ascende de imigrantes europeus (italianos e alemães). Militar do Exército e professor de educação física, é filho de Percy Geraldo Bolsonaro e Olinda Bonturi Bolsonaro. O presidente eleito tem cinco filhos: Flávio, Carlos, Eduardo, Renan e Laura.

Em 1977, Bolsonaro concluiu curso de oficiais pela Academia das Agulhas Negras (AMAN), por onde passaram também os ex-presidentes Deodoro da Fonseca (governo entre 1889- 1891), Floriano Peixoto (1891-1894), Eurico Gaspar Dutra (1946-1951), Castelo Branco (1964-1967), Costa e Silva (1967-1969), Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel (1974-1979) e João Figueiredo (1979-1985).

Posteriormente, Bolsonaro graduou-se em educação física, em 1983, também pelo Exército. Até 1987, Bolsonaro concluiu diversos cursos no Exército, onde chegou a patente de capitão, quando foi para a reserva.

Em 1986, ganhou destaque no país ao ser preso por 15 dias depois de escrever o artigo “O salário está baixo”, na revista Veja. Para ele, os cadetes das Agulhas Negras estavam se desligando da Academia por causa da situação salarial.

Política

Com o fim da Ditadura Militar (1964-1985), Bolsonaro filiou-se ao PDC e concorreu para vereador na cidade do Rio de Janeiro e foi eleito em 1988. A vida na Câmara do Rio de Janeiro foi curta. Isso porque, dois anos depois, ele se elegeu para Câmara dos Deputados, onde permanece até assumir o cargo de presidente da República.

Neste período como vereador e deputado federal, Bolsonaro foi filiado aos seguintes partidos: PDC, PP, PPR, PPB, PTB, PFL, PSC e PSL.

De acordo com dados da Câmara dos Deputados, Bolsonaro tem 642 registros de projetos de lei, requerimentos, pareceres e outras preposições apresentadas.

Uma das propostas que aparecem prontas para votação em plenário é sobre “ações contraterroristas”, que cria o Sistema Nacional Contraterrorista (SNC), uma espécie de grupo de inteligência com a finalidade de evitar ações terroristas em território brasileiro.

“Não podemos nos apoiar no fato de que o Brasil não tem sido, aparentemente, alvo do terrorismo internacional para deixar de nos precaver contra essa ameaça. Nossa tradição pacífica e nosso respeito à diversidade têm emitido sinais à comunidade internacional capazes de desestimular, em parte, vontades antagônicas aos nossos interesses, mas, certamente, não o fazem em relação aos dos nossos visitantes, cuja segurança e integridade, enquanto estiverem em nosso solo, estão entre as mais caras responsabilidades nacionais”, diz trecho da justificativa do projeto.

No período em que esteve na Câmara dos Deputados, a segurança foi um dos principais focos do deputado. Em uma outra proposta, acrescenta a pena de três a oito anos de prisão para “furto de defensivos agrícolas, seus componentes e afins”. Há também propostas que autorizam posse de arma para qualquer cidadão poder se defender da criminalidade que assola o Brasil.

Governos do PT

Bolsonaro ganhou holofotes durante o governo do PT. Isso porque o parlamentar fez forte oposição aos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, especialmente no combate à corrupção. Votou pelo impeachment da petista Dilma e votou pela abertura de investigação contra o presidente Michel Temer (MDB), que como os governos do PT, também foi alvo de acusações de ações não republicanas.

Uma das principais polêmicas ocorreu sobre material de educação sexual infantil propostas pelo Ministério da Educação, conhecido popularmente como “kit-gay”. Acusado de homofobia, Bolsonaro sempre negou. Disse que apenas foi contra – e fez oposição severa – contra a proposta do MEC em distribuir material de educação sexual para crianças com menos de 10 anos.

A partir de fevereiro do ano que vem, Bolsonaro terá 52 deputados na Câmara Federal. Todos eleitos pelo PSL, que conseguiu a segunda maior bancada nas eleições deste ano. Caso consiga articular no Congresso, ele pode ter maioria para aprovar propostas apresentadas durante os quatro anos de mandato.