Fábio Willians

Dia 02 de novembro, Dia de Finados, e em Bambuí uma grande movimentação foi verificada no cemitério municipal.

Logo pela manhã dezenas de pessoas passaram pelo local; ao lado do velório foi montado um palco para a celebração de uma Missa pela manhã.

Vendedores de flores também lucraram com seus produtos expostos logo na entrada.

O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para chefiar o Ministério da Justiça.

Os dois estiveram reunidos nesta manhã no Rio de Janeiro. Moro chegou na casa de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, um pouco antes das 9h. Ele veio de Curitiba em voo de carreira e sem seguranças.

Após o encontro, Moro divulgou nota dizendo que aceitou "honrado" o convite. Moro disse, ainda, que aceitava o cargo com "certo pesar" pois terá que abandonar a carreira de juiz após 22 anos de magistratura.

"No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão", escreveu Moro.

"Na prática, significa consolidar os avancos contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior", concluiu.
Segundo o juiz, a Operação Lava Jato seguirá em Curitiba "com os valorosos juízes locais". Ele disse que desde já vai se afastar de novas audiências.

Durante voo de Curitiba para o Rio de Janeiro, Sergio Moro afirmou à reportagem da TV Globo que não havia nada definido e que aceitar o convite para assumir o ministério dependia de agenda anticorrupção e anticrime organizado para o país.

"Se houver a possibilidade de uma implementação dessa agenda, convergência de ideias, como isso ser feito, então há uma possibilidade. Mas como disse, é tudo muito prematuro", afirmou Moro.

Moro diz que aceitar o ministério depende de agenda anticorrupção e anticrime organizado


Moro é o quinto ministro anunciado pelo governo Bolsonaro. Outros quatro já foram anunciados: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), general Augusto Heleno (Defesa) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

Nota divulgada pelo juiz Sérgio Moro

Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justica e da Seguranca Publica na proxima gestao. Apos reuniao pessoal na qual foram discutidas politicas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a pespectiva de implementar uma forte agenda anticorrupcao e anticrime organizado, com respeito a Constituicao, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisao. Na pratica, significa consolidar os avancos contra o crime e a corrupcao dos ultimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operacao Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juizes locais. De todo modo, para evitar controversias desnecessarias, devo desde logo afastar-me de novas audiencias. Na proxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.

Curitiba, 01 de novembro de 2018.

Sergio Fernando Moro

Em sua rede social Facebook, o Prefeito Olívio se manifestou sobre a polêmica envolvendo falas do secretário de esportes de Bambuí.

O caso veio a tona após a divulgação pelo Whatsapp.

Segue o que diz o Prefeito Olívio Teixeira:

OLIVIO

Um áudio feito logo após a vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no domingo (28) levou o secretário de Esportes de Bambuí, município da Região Centro-Oeste de Minas, Ramon Gabriel, a se desculpar nas redes sociais. Nele, o funcionário do primeiro escalão da prefeitura diz que o país mudou e que, agora, vai perseguir os homossexuais.

O titular da pasta, que também é dono de uma academia de Crossfit e usa o slogan de campanha de Bolsonaro e um “PT não” na foto do perfil, também diz querer que a esquerda do grupo (de Whatsapp) se exploda.

“Quero que essa esquerda desse grupo se exploda. Eu quero nego demitido, perseguido, eu quero nego viado que toma uma arrombada no c…, ele vai gostar, só pode. Quero que se exploda. Agora mudou, o país mudou e agora nós vai (sic) perseguir mesmo, nós é mau. Agora mudou o negócio, fica velhaco aí, galera”, diz o secretário no áudio.

Em conversa com o Estado de Minas, o secretário Ramon Gabiel disse que estuda processar a pessoa que vazou a mensagem. Segundo ele, o áudio foi para um grupo de Whatsapp do qual participam 25 pessoas. Um dos amigos lhe contou ter enviado a mensagem para outra pessoa, que divulgou nas redes.

'Estava zoando'

“Esse áudio está distorcido, fora de contexto. Estava zoando os integrantes do próprio grupo dentro de outra conversa. Se alguém pega uma fala só é lógico que dá essa descontextualidade”, afirmou Ramon.

O secretário disse que quando falou em perseguição se referia aos integrantes do grupo e era “zoação”. “Meu amigo já pediu desculpas, infelizmente confiou em uma pessoa maldosa e enviou o áudio. Mas não tenho nenhum preconceito, quem me conhece sabe que sempre convivi (com gays) e para mim não tem nenhum diferença”, afirmou.

O secretário disse não acreditar que a eleição de Bolsonaro vá causar perseguição a homossexuais. Segundo ele, tal ideia viria da “própria classe” e da mídia. “Mas creio que o Brasil com Bolsonaro vai ser até mais unido”, disse.

O secretário divulgou um pedido de desculpas em seu Facebook. Ele disse ter conversado com o prefeito da cidade Olívio Vieira, que o orientou a se retratar. Ramon afirmou ainda que, após comentários negativos, tornou o texto privativo aos amigos na rede social.

No texto, ele dizia estar embriagado e ter feito uma brincadeira. “Desculpa a quem se sentiu ofendido”, diz.

O prefeito da cidade foi procurado pelo EM.Com mas estava viajando.

Confira o texto de desculpas postado pelo secretário no Facebook

Boa tarde a todos!

Como já deve ser de conhecimento de todos o áudio que anda circulando pelo WhatsApp. Esse mesmo áudio foi tirado de um grupo de WhatsApp de amigos onde a zuaçao (sic) acontece o tempo todo e um áudio vazado por uma pessoa maldosa querendo ver o mau (sic) do próximo. Quem me conhece sabe a educação que tenho com as pessoas e que nunca descriminei (sic) ninguém. Tudo que é dito no áudio foi uma brincadeira caricata do personagem "Bolsonaro" realizada com alguns amigos em momento de embriagues (sic) estampada e se de alguma forma ofendi alguém peço desculpas. Na fala que digo que vamos perseguir as pessoas passa outro tipo de contexto da real empregada na "brincadeira", quando a pessoa que escuta não é integrante do grupo, pois o sentido da brincadeira é que nós iríamos perseguir os membros de dentro do grupo na zuaçao (sic) todos os dias. Infelizmente um áudio sem o seu contexto deixa as pessoas com uma má impressão de minha pessoa e que o estrago que fez não tem volta e espero que quem me conhece de verdade saiba que nunca recriminei ninguém e sempre respeito todos com suas diferenças.
Obrigado e desculpa a quem se sentiu ofendido.