Petrobras reduzirá em 10% o preço do diesel nas refinarias por 15 dias. A medida foi anunciada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, em coletiva de imprensa no início da noite desta quarta-feira.
A medida faz parte de uma reação do governo aos protestos dos caminhoneiros e encarada como “um gesto de boa vontade”, em relação às demandas apresentadas. “É uma medida de caráter excepcional. Não representa uma mudança de política no preço da empresa”, afirmou Parente.
Ainda de acordo com informações do presidente da Petrobras, a empresa, neste momento, não tem condições de assumir uma mudança na forma como vem conduzindo a política de preço desde o ano passado.
A dificuldade seria de bancar o risco de mercado, tanto por parte do produto quanto do câmbio. Apesar disso, ele afirmou que a empresa tem uma margem de e pode discutir o assunto. “Existe uma lei, que estabelece uma liberdade de preço e, portanto, estamos prontos a discutir essas questões e defender o nosso ponto de vista”, afirma.
A decisão, segundo informou Parente, foi tomada pela diretoria da Petrobras, para permitir que governo e movimentos possam tentar chegar a um acordo sobre o impasse.
Durante a coletiva, o presidente da Petrobras afirmou que metade do preço do diesel é constituído de tributos. Ele estimou que a redução do valor no preço do combustível nas refinarias terá impacto de R$ 350 milhões nos cofres da estatal.
“Não tivemos pressões do governo ou de movimentos sociais. Estamos fazendo uma avaliação realista da situação do país”, afirmou.
Movimento grevista
Nesta quarta-feira o governo enfrentou o dia de maior mobilização dos caminheiros que estão em movimento de paralisação. Em Minas, os reflexos já foram sentidos com o início da falta de combustíveis em alguns postos.
Nas Centrais de Abastecimento de Minas (Ceasa/MG), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os preços de alguns produtos também estão sendo afetados pelo movimento. A batata inglesa, por exemplo, teve alta de 470%, comparando com essa terça-feira.
Nesta quarta-feira(23), vários motoristas fizeram um buzinaço em apoio a manifestação dos caminhoneiros que ocorre em todo país pela redução no preço dos combustíveis.
A Polícia Militar acompanhou a manifestação para orientar o trânsito.
A manifestação teve saída do Posto Girassol e reuniu automóveis e caminhões. Os integrantes foram reunidos através de convite feito pelas Redes Sociais.
Enquanto o buzinaço ocorria, outros tantos motoristas ainda estava nas filas dos postos tentando abastecer.
Com medo do desabastecimento de combustível, motoristas lotam os postos da Cidade que ainda tem estoque.
Fato inusitado foi registrado em um estabelecimento localizado na rua Santos Dumont local de grande fluxo de veículos, a via quase parou devido a enorme fila que se formou.
O trânsito ficou bastante complicado devido os carros parados esperando a vez de abastecer.
Não são todos os Postos que ainda tem principalmente gasolina para vender por isso está ocorrendo esta correria.
O Protesto
Os caminhoneiros protestam contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.
Entretanto, a Petrobras anunciou nesta quarta que o preço do diesel deve cair 1,54% nas refinarias. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de cerca de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ex-senador e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) se entregou às 14h45 desta quarta-feira (23) em uma delegacia de Belo Horizonte. Ele é o primeiro político a ser detido no mensalão tucano.
Os cinco desembargadores da 5ª Câmara Criminal rejeitaram, nesta terça-feira (22), o recurso da defesa do ex-senador e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) no processo do mensalão tucano e determinaram a execução imediatada da prisão.
Azeredo foi condenado em segunda instância a 20 anos e um mês de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, no mensalão tucano, em agosto passado. A condenação em primeira instância foi em 2015.
Eduardo Azeredo chegou à 1ª Delegacia de Polícia Civil Sul, no bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, acompanhado de um dos filhos e de um dos advogados.
Eles entraram na delegacia em um carro seguido de uma viatura da Polícia Civil.
De acordo com a denúncia, o mensalão tucano teria desviado recursos para a campanha eleitoral de Azeredo, que concorria à reeleição ao governo do estado, em 1998.
O esquema envolveria a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e teria desviado ao menos R$ 3,5 milhões por meio de supostos patrocínios a três eventos esportivos: o Iron Biker, o Supercross e o Enduro da Independência. Todos os réus negam envolvimento nos crimes.
Além de Azeredo, o ex-senador Clésio Andrade foi também condenado há 5 anos de prisão por envolvimento no esquema. O político recorreu da decisão. Sua defesa sempre alegou que Clésio é inocente.
“Confiamos na independência e na qualidade do Poder Judiciário mineiro. A douta juíza já demonstrou isso quando o absolveu do crime mais grave, após aprofundado exame da prova. A condenação pelo delito menos grave deveu-se a equívoco de interpretação, que temos certeza que será corrigido no Tribunal”, afirmou o defensor de Andrade por meio de nota no dia que apresentou o recurso.
O jornalista Eduardo Guedes, que atuou como secretário adjunto de Comunicação Social na gestão de Azeredo, foi recentemente condenado por envolvimento no esquema. No início deste mês, a juíza Lucimeire Rocha, titular da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, determinou que ele cumpra 17 anos e cinco meses de prisão.
O MPMG informou que a promotora Patrícia Varotto, da 17ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, pediu o aumento da pena. O advogado Sânzio Baioneta, que defende Guedes, disse que recorreu da decisão. “Entrei com embargos declaratórios em decorrência das omissões da sentença, que não apreciou as teses de defesa”, afirmou.
Os ex-diretores da Comig Renato Caporali e Lauro Wilson foram julgados em um mesmo processo.
Em outubro do ano passado, Caporali foi condenado a 4 meses e 15 dias de detenção em regime aberto por desvio de dinheiro público. Na ocasião, o advogado Hermes Guerrero, que representa Caporali, negou que o seu cliente tenha desviado recursos públicos. Guerrero recorreu da sentença.
Em relação a Lauro Wilson, a Justiça considerou extinta a punibilidade. O prazo prescreveu porque o réu completou 70 anos em 2017.
As penas em relação a Cláudio Mourão e Walfrido dos Mares Guia também prescreveram ao completarem 70 anos. O réu Fernando Moreira Soares morreu em 2015.
Outros quatro réus ainda respondem ao processo na Justiça de Minas Gerais.
Com o 3º dia seguido de paralisação dos caminhoneiros pela redução no valor do Diesel nas rodovias da região; o abastecimento de combustível nos Postos ficou comprometido.
Já há falta em Bambuí.
Nos estabelecimentos que tem estoque, os motoristas já enfrentam filas e altos preços. A Gasolina está entre R$ 4,96 e R$ 5,06.
Os caminhões tanque estão parados nas rodovias e ainda não há previsão de volta a normalidade.
O Protesto
Os caminhoneiros protestam contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.
Entretanto, a Petrobras anunciou nesta quarta que o preço do diesel deve cair 1,54% nas refinarias. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de cerca de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).