“Porque não dar o Nobel da Paz este ano aos bombeiros de Brumadinho que conquistaram simpatia e admiração dentro e fora do país com seu exemplo de abnegação?” A pergunta é do colunista espanhol Juan Arias, do jornal El Pais.
No texto publicado na noite desta quinta-feira, quando o rompimento da barragem da Vale completou sete dias, Arias lembra que o Brasil, “coração econômico do continente”, nunca ganhou a premiação da Academia Sueca.
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“Foram esses bombeiros anônimos, mal pagos, que não hesitaram em arriscar a própria vida para salvar a dos outros, que nos ofereceram um pouco de oxigênio quando começávamos a desconfiar de tudo e de todos. Tínhamos experimentado, de fato, primeiro em Mariana e agora em Brumadinho, que o lucro selvagem das empresas em conivência com os políticos acaba engendrando esses novos campos de extermínio ambiental e humano”, argumenta o colunista.
Ainda no texto, ele defende que o trabalho dos militares na cidade da Grande BH, que fecha a semana contabilizando mais de 100 mortos pela onda de rejeitos de mineração, uniu o país. “Milhões de brasileiros, de fato, se identificaram, sem diferenças políticas, em um movimento de solidariedade com os bombeiros salva-vidas que conseguiram criar um clima de alento em um contexto de polarização asfixiante. Os bombeiros conseguiram o milagre de unificar por um instante um país quase em guerra”, diz Juan Arias.
“Se conceder ao Brasil o Nobel da Paz, não poderia ser neste momento a um político, mesmo que seja o popular Lula. A política não é, certamente, o que hoje entusiasma os brasileiros céticos de um lado e do outro. A política, com todas as suas corrupções e ambiguidades, não está sendo no Brasil um catalisador de esperanças”, destaca o texto. “O que o país precisa é acreditar que ainda é possível encontrar pessoas comuns e anônimas capazes de oferecer um exemplo de abnegação e de luta para salvar vidas e não para humilhá-las e sacrificá-las”.
A Prefeitura de Bambuí concede um reajuste nos vencimentos dos servidores municipais da administração direta e indireta de 3,43% a partir de janeiro de 2019. O índice é correspondente ao INPC acumulado de janeiro a dezembro de 2018.
A Lei foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Olívio Teixeira.
O fim das barragens da Vale a montante em Minas Gerais vai impactar as contas do estado em cerca de R$ 220 milhões. A estimativa é da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF). Após o anúncio da mineradora de acabar com a operação destas estruturas, semelhantes às usadas em Mariana e Brumadinho, o governo de Minas Gerais demonstrou preocupação.
Em nota, o estado informou que deve sofrer uma queda de cerca de 30% na arrecadação de tributos estaduais do setor de mineração.
A redução na Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) –administrada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) – será de cerca de R$ 79 milhões.
As minas de Abóboras, Vargem Grande, Capitão do Mato e Tamanduá, no complexo Vargem Grande; e as operações de Jangada, Fábrica, Segredo, João Pereira e Alto Bandeira, no complexo Paraopeba, incluindo também a paralisação das plantas de pelotização de Fábrica e Vargem Grande, deverão ser desativadas, segundo o governo.
O projeto para o descomissionamento será apresentado dentro de 45 dias. O prazo para execução das ações é de um a três amos.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) informou, no entanto, que “é favorável a empreendimentos que façam uso de tecnologias alternativas à disposição de rejeitos em barragens”.
Suspensão de atividades
A juíza de Brumadinho, Perla Saliba Brito, determinou paralisação imediata das atividades da Mineração Ibirité (MIB) no Córrego do Feijão, que fica perto do local onde houve o rompimento da barragem da Vale que se rompeu em Brumadinho. A decisão atende pedido do Ministério Público.
A interdição foi determinada nesta segunda-feira (28), 48 horas depois do desastre. Esta não é a primeira vez que a MIB é desautorizada a explorar o minério de ferro no Córrego do Feijão. Em 23 de novembro de 2017, a Justiça determinou que a mineradora deixasse de fazer desmontes por explosivos.
Licenças
O Tribunal de Justiça (TJMG) determinou que o governo do estado e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) não concedam ou renovem licenças ambientais para novas barragens a montante, modelo aplicado em Mariana e Brumadinho.
Em caso de descumprimento, a multa fixada é de R$ 100 mil pelo prazo de 180 dias. “Os órgãos deliberativos também não poderão conceder ou renovar licenças ambientais para ampliação de barragens de contenção de rejeitos já existentes”.
O pedido liminar atende ao Ministério Público. Segundo o órgão, este método é o mais econômico, mas não é seguro. O alteamento à montante “mostra-se ineficiente, estando a exigir, com urgência, a conciliação da atividade minerária com o meio ambiente e o capital humano, fauna e flora, ali inseridos”, disse a juíza Renata Bomfim Pacheco, da 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte.
A Prefeitura de Bambuí convoca a população a participar do mutirão da limpeza, uma parceria para deixar a cidade e as casas mais limpas e sem os criadouros de mosquitos, aracnídeos, répteis e moluscos. Sem estes animais nos quintais e ruas a cidade vai ficar livre de doenças como Dengue, Chikungunya, Zika e de picadas de escorpiões, cobras, ratos, baratas e contaminações de caramujos.
A limpeza de quintais e lotes precisa ser uma rotina diária na vida das pessoas para evitar o acumulo de coisas descartáveis e que se tornam moradia para muitos animais indesejáveis. O mês de fevereiro foi escolhido para o Mutirão da Limpeza na cidade por ser o verão um período de risco de contaminação de várias doenças causadas por mosquitos, escorpiões e caramujos.
O Mutirão da Limpeza concentrará as ações de recolhimento dos entulhos nas sextas-feiras e sábados do mês, 8 e 9, 15 e 16 e 22 e 23 com os caminhões da Prefeitura percorrendo os bairros. Para cada fim de semana as ações se concentrarão em regiões que serão avisadas posteriormente através de carro de som e de notícias.
Para que o Mutirão da Limpeza seja um sucesso é preciso que os moradores participem mais uma vez ativamente tirando os entulhos das casas, quintais e lotes. Assim Bambuí ficará melhor de se viver e sem doenças.
Participam do Mutirão da Limpeza as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, de Educação, de Obras e de Saúde.