Fábio Willians

O BTG Pactual divulgou, nesta segunda-feira, pesquisa sobre o segundo turno das eleições presidenciais em que o candidato Jair Bolsonaro, do PSL, aparece com 59% e Fernando Haddad, do PT, com 41% dos votos válidos.

O levantamento foi realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, que entrevistou, por telefone, dois mil eleitores com idade a partir de 16 anos nas 27 Unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intevalo de confiança é de 95%.

Realizada nos dias 13 e 14 de outubro, a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-07950/2018.

O instituto mediu também a intenção de voto dos eleitores. Nesse cenário, em pesquisa estimulada, Bolsonaro tem 51% e Haddad, 35%.

Rejeição

O levantamento mediu também o índice de rejeição dos canditatos: 38% disseram não votar de jeito nenhum em Bolsonaro, enquanto 53% não votariam de jeito nenhum em Haddad.

A pesquisa ainda perguntou aos entrevistados em quem eles poderiam votar. Nesse cenário, Bolsonaro aparece com 54% e Haddad tem 39%. Outros 8% reponderam não conhecer o candidato do PSL, e 7% disseram não conhecer o petista.

Razões do voto

O instituto fez ainda a seguinte pergunta aos entrevistados: “você vai votar em Jair Bolsonaro/Fernando Haddad porque acredita que ele é a melhor opção ou vai votar nele porque quer impedir a vitória de Fernando Haddad/Jair Bolsonaro?”

Entre os que acham que é a melhor opção, 84% responderam Bolsonaro e 78% falaram Haddad. Já entre os que querem impedir a vitória do outro candidato, 15% votarão em Haddad por esse motivo e 10% em Bolsonaro. Outros 6% não sabem e 7% não responderam.

O instituto verficou também a possibilidade de voto útil entre eleitores que disseram que não votariam em nenhum dos dois candidatos, incluindo quem informou que votará em branco ou nulo, não sabe ou não respondeu.

Nesse cenário, 27% disseram que votariam em um dos candidatados para evitar a vitória de outro. Já 66% responderam que não votariam em Bolsonaro ou Haddad para evitar que um deles vença as eleições.

Entre os que dissseram que votariam em um dos candidatos para impedir que outro seja eleito, 58% manifestaram voto em Bolsonaro e 35% em Haddad. Outros 7% não sabem ou não responderam.

Decisão de voto

A pesquisa perguntou também aos entrevistados se a decisão de votar é definitiva ou ainda pode mudar até o dia da eleição. Entre os que disseram que a decisão é definitiva, 94% votam em Bolsonaro e 89% em Haddad. Dos que não votam em nenhum dos candidatos, 76% reponderam que a decisão é definitiva. Já entre os que manifestaram votar nulo ou em branco, 69% estão convictos do voto.

O segundo turno em Minas será de embate ferrenho entre propostas consideradas liberais. Apesar de habitarem o mesmo campo político, Antonio Anastasia (PSDB) e Romeu Zema (Novo) elaboraram projetos de governo conflitantes. De um lado, o tucano evita promessas específicas e dá preferência às metas genéricas, como concluir obras e não aumentar impostos. De outro, Zema propõe mudanças como a possível revisão do plano de carreira dos professores e a gestão privada da saúde pública.

A pedido do Hoje em Dia, os dois candidatos expuseram suas ideias sobre sete pontos fundamentais dos planos de governo, que contemplam déficit do Estado, previdência, privatizações, educação, segurança, saúde e cultura.

No nicho tucano, Anastasia vem repetindo que não é possível prometer o que não pode cumprir, antes de regularizar o Estado. Nas 18 páginas de seu plano de governo, não constam projetos específicos, mas, como o senador diz, “caminhos para a reconstrução de Minas”.

Em algumas áreas, Anastasia se posiciona de forma contundente.

É o caso das privatiza-ções, as quais o senador se diz contra. “Não pretendemos privatizar nossas estatais. As empresas públicas de Minas representam um importante patrimônio dos mineiros e podem ser usadas para alavancar os investimentos. É isso que pretendemos fazer”, disse Anastasia.

Além disso, uma das promessas específicas do tucano é afirmar que irá trazer Minas Gerais para a liderança no ranking do Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Partido Novo
Zema tem optado por apresentar propostas consideradas mais radicais.

Em defesa das privati-zações das estatais, com exceção da Codemig, o candidato propõe fatiar a Cemig em até seis empresas, segundo ele, para estimular a concorrência e baixar em até 20% a tarifa de energia em Minas.

O problema é que a Cemig deposita sua energia no Sistema Integrado Nacional (SIN), assim como as outras operadoras do país. Dessa forma, para fazer alterações sobre a distribuição de energia, seria preciso uma revisão em legislações federais.

“É uma proposta para baratear a conta. Nós dependemos do governo federal, sim, do Congresso. Mas vamos trabalhar para isso”, admite o candidato do Novo.

Educação
Na área da educação, Zema defende a implemen-tação de um programa de bonificações por méritos aos professores — em detrimento do plano de carreira, que hoje estabelece aumento de ganho salarial por tempo de serviço e também por escolaridade.

Além disso, propõe que alunos com melhor desempenho sejam separados das classes em que estão estudantes com baixo índice de aprendizado.
“Não pode é o aluno que tem bom desempenho ficar preso, sendo puxado para trás, por aqueles que não querem nada com nada. Tem que mudar isso, fazer salas separadas. E também pretendo criar um cartão para que o estudante tenha acesso a benefícios extra-escolares”, diz o candidato do Novo.


Na corrida ao Palácio da Liberdade, faltam propostas concretas para déficit e previdência

Problema mais complexo do Estado atualmente, o déficit de R$ 5,6 bilhões — e que pode chegar à casa dos R$ 20 bilhões — aliado ao drama da previdência, que aumenta anualmente em R$ 16 bilhões o rombo das contas públicas, não receberam propostas específicas de ambos os candidatos.

Romeu Zema propõe reduzir as atuais 21 secretarias do governo para nove, como forma de enxugar a máquina pública. Entre os cortes, o candidato do Novo prevê a fusão das secretarias de esporte, cultura e educação, além de unificar a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) com a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi).

“É preciso cortar 80% dos cargos comissionados também e acabar com o cabide de empregos no governo para garantir uma economia maior”, diz Zema.
O candidato do Novo é favorável à criação de um fundo complementar de previdência. Atualmente, o Estado arrecada R$ 6 bilhões e gasta R$ 22 bilhões com a folha de pagamento, sem conseguir fechar as contas.

Já o senador Antonio Anastasia (PSDB) pretende renegociar as dívidas com os fornecedores para tentar frear o déficit. Além disso, o tucano aposta que uma reforma da previdência em nível federal será alinhada com as reformas dos estados. Nesse âmbito, Anastasia concorda com Zema a respeito da criação de um fundo complementar de previdência.

“Obviamente, o direito adquirido do aposentado deve ser preservado. Essa reforma precisa ser feita de forma justa. A discussão tem que ser, em especial, para aqueles que ingressarem na administração pública doravante, considerando também a implantação da aposentadoria complementar, cuja adesão é facultativa”, diz o tucano.

Análise
Nesse cenário, o cientista político Eduardo Coutinho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), analisa que, apesar de os programas de ambos os candidatos serem enraizados na esfera liberal, as diferenças entre os dois são grandes.

“O programa do Anastasia é mais cauteloso, não crava promessas ou soluções mágicas. Já o de Romeu Zema tem propostas mais incisivas e alinhadas a um estilo de privatização bem agressivo”, avalia.

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Nesta sexta feira(12), dia de Nossa Senhora Aparecida, centenas de fiéis Católicos passaram pelo bairro Campos onde se encontra a imagem de N. Sra. Aparecida em Bambuí.

Procissões, Missas, orações marcaram este dia de muita fé.

Os devotos puderam usar a escada de alvenaria que ficou pronta a tempo da festa. São mais de 100 degraus que levam ao alto do bairro de onde se tem uma grande vista da cidade.

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A homilia na principal missa do Dia da Padroeira, na basílica em Aparecida (SP), defendeu uma sociedade solidária aos pobres e unida contra a discriminação e a exclusão racial. A igreja pediu o fim do que chama de 'mundo de separação', citando casais e partidos políticos, como exemplo da falta de união.


A celebração, que começou às 9h e durou quase 2 horas, nesta sexta-feira (12), foi acompanhada por uma multidão que lotou o templo - entre eles, o candidato ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB).

A igreja, no interior de São Paulo, é o principal local de peregrinação do país, por abrigar a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

O sermão na missa do Dia Padroeira da Padroeira ocorre logo depois da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão máximo da igreja católica no Brasil, orientar os eleitores cristãos que, ao escolher seus candidatos, atentem aos que ajudem a preservar, não a destruir, sistemas democráticos.

A missa em Aparecida foi conduzida pelo arcebispo Dom Orlando Brandes e, a homilia, feita pelo reitor da basílica, padre João Batista de Almeida. "O nosso Brasil precisa ser reconstruído e nosso povo precisa recuperar a confiança e pedimos a ela que nos ajude a reconstruir e restaurar a força de vida do nosso povo", disse ele aos fiéis.

A igreja destacou que Nossa Senhora é solidária aos pobres e negros, que vieram ao Brasil inicialmente como escravos, mas que hoje, mesmo livres, são 'escravos' de uma sociedade que exclui, não dando oportunidades.

"Na 'Casa da Mãe' não pode haver a exclusão. A dignidade do negro e do branco é igual, da mulher e do homem. Não pode haver cercas, mas sim pontes", afirmou.

Quase no fim da missa, a igreja divulgou o tema na novena da Padroeira em 2019: Amazônia. Uma cerimônia indígena foi apresentada após o anúncio.


Programação
O Santuário Nacional prevê atividades aos romeiros até a noite desta sexta-feira. Além de outras missas, está prevista uma procissão e um show conduzido pelo cantor Daniel e padres cantores à noite. A atração, seguida de show pirotécnico, encerra as festividades à Santa neste ano.

Fieis vieram de longe para homenagear a Padroeira. "Vim com um grupo de Vitória, no Espírito Santo, cheguei ontem. E a primeira vez que eu venho no dia 12 [de outubro]. Esse ano eu vim pela fé que tenho pelas coisas que Ela já fez por mim. Eu vim só para agradecer. Encaramos essa casa lotada, trânsito e cansaço, mas faríamos de novo, porque vale a pena", disse a devota aposentada Maria da Penha Xavier, de 66 anos.