Fábio Willians

Segunda, 03 Setembro 2018 19:11

Aviso de Interrupção de energia elétrica

Obras de manutenção na rede elétrica.

Para isso o fornecimento será interrompido nos seguintes locais:

. Em Bambuí:

Região rural de Paineiras

Região rural de Boa Vista

. Em São Roque de Minas:

Região rural da Fazenda Guiné

Região rural da Fazenda Capoeira Grande

Região rural da Fazenda Guiné Lagoa

Data interrupção: 05/09/2018

Desligamento: 12:30 h

Religamento: 15:30 h

Caso ocorra algum fato que impeça a realização dos serviços, essa interrupção poderá ser cancelada sem aviso prévio.

Por segurança considere a rede energizada, mesmo durante a manutenção.

Embora Belo Horizonte tenha amanhecido com fila nos postos de gasolina, os rumores de uma nova greve dos caminhoneiros nesta segunda-feira não concretizaram e as estradas mineiras não tiveram qualquer interdição, de acordo com Polícia Rodoviária Federal.

“Não tem nenhum foco de manifestação ou paralisação, as rodovias de Minas estão normais”, afirmou o inspetor Aristides Junior, da PRF. O trânsito também está normal nas rodovias federais.

Apesar dos boatos que circularam no WhatsApp com maior intensidade neste domingo, os representantes da categoria já haviam informado que não havia previsão de paralisação. Também ontem, pelas redes sociais, um dos líderes do movimento grevista de maio, divulgou vídeo negando que haveria greve.

Wallace Landin, conhecido como Chorão, um dos líderes do movimento passado, pediu “entendimento” e “sabedoria” aos caminhoneiros. Ele negou até mesmo a promessa de uma nova paralisação anunciada pela União dos Caminhoneiros (UDC) para depois do feriado. “Não cai nessa não, UDC, essas coisas tudo aí, nós nunca ouvimos falar disso não”, afirmou.

Segundo o caminhoneiro, estão querendo usar a categoria para uma nova paralisação. “Fico muito preocupado de saber que tem gente infiltrada no nosso meio querendo chamar uma paralisação, fico muito triste porque nós lutamos, ficamos 11 dias na beira das estradas e conseguimos a lei, e quero deixar claro não existe paralisação para o dia 7 de setembro”, disse.

Chorão afirmou que a única manifestação programada pelos caminhoneiros é para o dia 12 de setembro, na porta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para forçar a fiscalização da lei do frete, que tem um gatilho prevendo revisão dos valores sempre que houver aumento nos preços do diesel.

Após uma onda de boatos nas redes sociais e em mensagens via aplicativos para celular, o movimento de distribuição de combustível é normal nesta segunda-feira na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Caminhões tanque entram vazios e saem carregados normalmente. O movimento na BR-381, inclusive, é intenso de veículos pesados carregados com óleo diesel, gasolina e etanol, em virtude do desabastecimento de alguns postos causado pela corrida da população em busca de combustível motivada pelos boatos.

Apesar do Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque/MG) ter informado que entrou em estado de greve a partir de hoje, não há qualquer mobilização para cruzar os braços.

Agendado para carregar o caminhão com 36 mil litros de combustível para São Mateus do Sul, no Paraná, o motorista Damazio Braga, de 57 anos, disse que só existe possibilidade de discutir uma nova paralisação após 7 de setembro, caso a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) não fiscalize o preço mínimo do frete a partir da publicação da Lei 13.703/2018.

“Nesse momento estamos trabalhando normal e não há qualquer mobilização para deixar de trabalhar. Mas se o valor mínimo do transporte não for cumprido, a situação pode ser discutida”, afirma.

Caminhoneiros aguardam tabela do frete

O presidente do Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros José Nathan afirmou nesta segunda-feira (3) que a categoria vai aguardar o reajuste da tabela do frete, conforme foi informado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e que se a promessa não for cumprida a categoria pode entrar de greve.

De acordo com a ANTT, a Lei 13.703/18 – que prevê a publicação de uma nova tabela com frete mínimo sempre que houver oscilação superior a 10% no preço do óleo diesel no mercado nacional – será cumprida.

“O importante é a correção do frete, não importa o preço do diesel. A gente recebeu a informação que vão corrigir a tabela hoje, então vamos aguardar. Se não corrigirem, os caminhoneiros podem fazer greve sim”, disse Nathan.

Além da correção do valor do frete, José Nathan cobrou uma fiscalização maior da ANTT. Segundo o dirigente sindical, muitos caminhoneiros estão sendo obrigados a aceitar o serviço por um valor e colocar outro preço na nota para os contratantes.

Já o presidente do Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque/MG), Irani Gomes, disse que o aumento de 13% no diesel fere o acordo que foi feito com o governo federal, que previa manutenção do preço até dezembro. Gomes informou que a partir de hoje serão iniciadas reuniões com as distribuidoras de combustível, com a possibilidade de novidades no quadro a partir de quinta-feira. "Se não houver o cumprimento da Lei 13.703, haverá sim paralisação e desabastecimento de postos e aeroportos", afirma.

Mesmo assim, com movimento normal de tanqueiros, postos da Região Metropolitana de Belo Horizonte seguem com filas na manhã desta segunda-feira. Um dos postos da BR-381, em Betim, próximo da Regap tem tempo de espera diferente do normal na manhã de hoje. O motorista Ivair Neves, 55, acabou prejudicado, pois precisa abastecer para fazer entregas em Betim e tem que esperar. “Estou ficando sem combustível igual acontece normalmente e agora tenho que esperar para encher e voltar ao trabalho”, diz ele.

A estudante Ana Paula Paixão, 27, mora em Brumadinho e estuda na PUC de Betim e é mais uma que enfrenta dificuldades para abastecer. “Eu encho o tanque toda segunda. O povo fica desesperado demais com boato”, afirma. O engenheiro Igor Maciel, 34, também precisa abastecer por conta de sua rotina normal e criticou quem foi aos postos pelos boatos de greve. “Basta procurar a informação correta, mas as pessoas não fazem isso”, completa.

Um incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. O fogo começou por volta das 19h30 deste domingo (2) e até a última atualização desta reportagem seguia destruindo as instalações da instituição que completou 200 anos em 2018 e já foi residência de um rei e dois imperadores.

Segundo a assessoria de imprensa do museu, não há feridos. Quatro vigilantes estavam no local, mas conseguiram sair a tempo. As causas do fogo, que começou após o fechamento para a visitantes, ainda serão investigadas.

A Polícia Civil irá abrir inquérito e deve repassar o caso para que seja conduzido pela Delegacia de Repressão à Crimes de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, que irá apurar se o incêndio foi criminoso ou não.

Testemunhas contaram que houve dificuldade por parte do Corpo de Bombeiros para puxar água para o combate ao fogo. A informação também será investigada.

Pesquisadores e funcionários do Museu Nacional se reuniram com o Corpo de Bombeiros para tentar auxiliar no combate das chamas. O objetivo orientar o trabalho dos bombeiros numa tentativa de impedir que o fogo chegasse em uma parte do museu que contém produtos químicos. Alguns deles são inflamáveis e usados na conservação de animais raros.

Bombeiros precisaram pedir um caminhão pipa para auxiliar no combate ao incêndio. Uma escada magirus atuou na tentativa de debelar o incêndio. Há informações de que os bombeiros estão com dificuldade de encontrar água. O Corpo de Bombeiros não confirmou, até o momento, essa informação.

Calcula-se que o acervo tenha cerca de 20 milhões de itens, que estão sendo destruídos pelo fogo.

O presidente Michel Temer enviou nota sobre o incêndio: "Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros".

O Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, disse à GloboNews que um contrato de revitalização do Museu Nacional foi assinado em junho, mas não houve tempo para que o projeto pudesse acontecer, e a "tragédia" fosse evitada. Segundo ele, houve "negligência" em períodos anteriores.

De acordo com a assessoria de imprensa da UFRJ, o reitor Roberto Leher, diretores e diversos especialistas do Museu Nacional já estão na Quinta da Boa Vista na noite deste domingo (2), acompanhando o trabalho de combate ao incêndio.

Ao G1, a assessoria afirmou que os especialistas estão auxiliando os bombeiros a identificar a localização dos diversos itens do acervo do museu, mas o fogo ainda não foi contido. A assessoria do reitor afirmou que ele está acompanhando os trabalhos e, por isso, ainda não poderia se pronunciar.

Em nota, o Ministério da Educação lamentou "o trágico incêndio ocorrido neste domingo no Museu Nacional do Rio de Janeiro, criado por Dom João VI e que completa 200 anos neste ano. O MEC não medirá esforços para auxiliar a UFRJ no que for necessário para a recuperação desse nosso patrimônio histórico", diz o comunicado.

O diretor do Museu Histórico Nacional, Paulo Knauss, considerou o incêndio "uma tragédia". À GloboNews, Paulo lembrou que o museu foi residência da família real e sede da 1ª Assembleia Constituinte do Brasil.

"É uma tragédia lamentável. Em seu interior há peças delicadas e inflamáveis. Uma biblioteca fabulosa. O acervo do museu não é para a história do Rio de Janeiro ou do Brasil. É fundamental para a história mundial. Nosso país está carente de uma política que defenda os nossos museus", afirmou Paulo Knauss.

Falta de verba e reforma
Apesar de sua importância histórica, o Museu Nacional também foi afetado pela crise financeira da UFRJ e está há pelo menos três anos funcionando com orçamento reduzido, segundo reportagem de maio do Bom Dia Brasil de maio deste ano.

“O fogo está comendo todo o Museu Nacional, completamente. Eu vi uma fumaça saindo e depois começaram as chamas. Está completamente tomado o Museu Nacional. Eu ouvi o carro do Corpo de Bombeiros na Quinta da Boa Vista. Olhando de frente para o museu, o fogo começou do lado direito. Apagaram a luz do parque. Está pegando muito fogo mesmo”, disse a moradora Sylvia Guimarães.

Dois séculos de história
O Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Educação.

Como museu universitário, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem perfil acadêmico e científico.

O museu contém um acervo histórico desde a época do Brasil Império. Destacam-se em exposição:

o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizada de "Luzia", pode ser apreciado na coleção de Antropologia Biológica, entre outros;
a coleção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador Dom Pedro I;
a coleção de arte e artefatos greco-romanos da Imperatriz Teresa Cristina;
as coleções de Paleontologia que incluem o Maxakalisaurus topai, dinossauro proveniente de Minas Gerais.

Após vários boatos de uma nova paralisação dos caminhoneiros em protesto pelo aumento no valor do Diesel e por um aumento na fiscalização pela ANTT, vários motoristas com medo de uma nova falta de combustível à exemplo do que aconteceu no mês de maio estão correndo para os Postos.

Registros de filas já começam a se espalhar.

Alguns líderes sindicais não acreditam em outra paralisação do tipo, visto que a tabela do frete será atualizada.

Outros setores alegam que podem paralisar após 7 setembro.

Por enquanto nada confirmado. Mas os motoristas já estão preocupados.

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Após o aumento de 13% do diesel, os transportadores de combustíveis e derivados de petróleo de Minas Gerais contra-atacam e entram em estado de greve.

A partir de meia-noite, os tanqueiros iniciam negociações pelo aumento do frete e podem paralisar a qualquer momento. Por enquanto, não há confirmação de adesão de caminhoneiros de outros segmentos, apenas boatos.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivado de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG), Irani Gomes, a principal reivindicação é o cumprimento do valor mínimo do frete, previsto na lei 13.703, de agosto deste ano. Ela foi uma resposta do governo federal à greve deflagrada pela categoria em maio deste ano.

(Jornal O Tempo)