O projeto de lei de reajuste salarial dos vereadores de 3,43% com base no INPC que foi aprovado por 7 votos favoráveis, 03 contrários e 01 ausência, gerou imediato repúdio por parte da população que se viu indignada com tal situação.
Embora seja reconhecido o caráter legal do ato, o momento de crise financeira que Federação, Estado e Município passa não é oportuno para tal feito, visto que são os próprios vereadores que aprovam ou não o reajuste de seus vencimentos.
Desta forma movimentos nas redes sociais já se formam para manifestar e pressionar os vereadores para a revogação.
Segunda-feira(04) às 19:00 h em reunião ordinária o assunto será discutido e o projeto de lei pode cair.
Em uma sessão extraordinária realizada dia 30 de janeiro, os vereadores por maioria aprovaram o reajuste salarial de 3,43 % para seus vencimentos, reajuste real para cada um é de cerca de R$ 211,00 (duzentos e onze reais). Em um ano este reajuste irá gerar um custo adicional de quase 28 mil reais.
Votaram a favor: Regina, Valdevino, Robson, Luciano, Edílson, Edson, Lécio
Contra: Serginho da Saúde, Pedro Renato, Magno Terêncio
Vereador Anderson Miguel não compareceu à reunião, segundo o mesmo, por não ter sido convocado oficialmente ficando sem saber os detalhes dos projetos que seriam apresentados. Ainda comunicou em suas redes sociais que sempre foi contra e não usará o valor do reajuste, doará para alguma entidade.
Também na reunião foi aprovado, projeto de lei com reajuste de 3,43 % para os vencimentos dos servidores municipais.
“Porque não dar o Nobel da Paz este ano aos bombeiros de Brumadinho que conquistaram simpatia e admiração dentro e fora do país com seu exemplo de abnegação?” A pergunta é do colunista espanhol Juan Arias, do jornal El Pais.
No texto publicado na noite desta quinta-feira, quando o rompimento da barragem da Vale completou sete dias, Arias lembra que o Brasil, “coração econômico do continente”, nunca ganhou a premiação da Academia Sueca.
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“Foram esses bombeiros anônimos, mal pagos, que não hesitaram em arriscar a própria vida para salvar a dos outros, que nos ofereceram um pouco de oxigênio quando começávamos a desconfiar de tudo e de todos. Tínhamos experimentado, de fato, primeiro em Mariana e agora em Brumadinho, que o lucro selvagem das empresas em conivência com os políticos acaba engendrando esses novos campos de extermínio ambiental e humano”, argumenta o colunista.
Ainda no texto, ele defende que o trabalho dos militares na cidade da Grande BH, que fecha a semana contabilizando mais de 100 mortos pela onda de rejeitos de mineração, uniu o país. “Milhões de brasileiros, de fato, se identificaram, sem diferenças políticas, em um movimento de solidariedade com os bombeiros salva-vidas que conseguiram criar um clima de alento em um contexto de polarização asfixiante. Os bombeiros conseguiram o milagre de unificar por um instante um país quase em guerra”, diz Juan Arias.
“Se conceder ao Brasil o Nobel da Paz, não poderia ser neste momento a um político, mesmo que seja o popular Lula. A política não é, certamente, o que hoje entusiasma os brasileiros céticos de um lado e do outro. A política, com todas as suas corrupções e ambiguidades, não está sendo no Brasil um catalisador de esperanças”, destaca o texto. “O que o país precisa é acreditar que ainda é possível encontrar pessoas comuns e anônimas capazes de oferecer um exemplo de abnegação e de luta para salvar vidas e não para humilhá-las e sacrificá-las”.
A Prefeitura de Bambuí concede um reajuste nos vencimentos dos servidores municipais da administração direta e indireta de 3,43% a partir de janeiro de 2019. O índice é correspondente ao INPC acumulado de janeiro a dezembro de 2018.
A Lei foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Olívio Teixeira.