Fábio Willians

O ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o cargo nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Em nota, a pasta informou que ele pediu demissão.

Teich tomou posse em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta.

Assim como Mandetta, Teich também apresentou discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus.

Nos últimos dias, o presidente e Teich tiveram desentendimentos sobre:

o uso da cloroquina no tratamento da covid-19 (doença causada pelo vírus). Bolsonaro quer alterar o protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do tratamento.
o decreto de Bolsonaro que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica
detalhes do plano com diretrizes para a saída do isolamento. O presidente defende uma flexibilização mais imediata e mais ampla.
Teich foi chamado para uma reunião no Palácio do Planalto nesta manhã. Ele esteve com Bolsonaro e depois voltou para o prédio do Ministério da Saúde. A demissão foi anunciada logo depois.

Entrou em vigor novamente nesta quinta-feira (14) o toque de recolher em Arcos. A medida havia sido instituída no dia 23 de março, mas foi revogada um mês depois. A Prefeitura justificou a volta da medida por conta do aumento no número de casos de coronavírus.

Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) desta quinta, Arcos tem oito casos confirmados da Covid-19 e nenhum óbito. Já o município aponta 10 casos confirmados, sendo que três confirmações ocorreram nesta semana.

Prefeitura decreta toque de recolher em Arcos


Medida
O toque de recolher obriga que no período das 21h às 5h as pessoas fiquem em casa. Está permitida apenas o trânsito de pessoas que trabalham à noite, mediante comprovação de trabalho noturno. A ação foi regulamentada por meio da publicação do decreto nº 5589.

Segundo o Executivo, a publicação do decreto ocorreu devido ao aumento dos casos confirmados e monitorados da Covid-19 em Arcos, desde a última segunda-feira (11).

A Prefeitura esclareceu que os estabelecimentos que estão autorizados a atender na modalidade de entrega em domicílio, poderão funcionar até as 0h, já o disque e busque só deve funcionar até as 21h. No primeiro decreto que instituiu a medida, o horário para recolhimento era às 20h.

“Não podemos esmorecer. O toque de recolher se faz indispensável para que as pessoas entendam que ainda não é o momento de festas ou encontros sociais. Deve-se evitar ao máximo promover aglomerações, para que o vírus não encontre caminho para proliferar”, argumentou o prefeito Denílson Teixeira (MDB).
A secretária municipal de Administração Roseli Rodrigues lembrou ainda que o uso de máscaras é obrigatório para quem vai acessar o comércio.

“Nas filas e nos locais onde há espera, as pessoas precisam se conscientizar do distanciamento de pelo menos um metro e meio e utilizar a máscara. Se todos colaborarem venceremos essa batalha sem grandes perdas”, orientou.

A expectativa é que o governador Romeu Zema (Novo) e sua equipe vão para o embate direto com outros Poderes em coletiva de imprensa, marcada para o início da tarde desta sexta-feira (15). Diante da crise econômica vivida pelo Estado, agravada pela pandemia do novo coronavírus, o esperado é que o chefe do Executivo peça que Ministério Público, Judiciário e Legislativo, principalmente este último, contribuam para que a administração estadual não entre em colapso. Isso pode resultar em mudanças nos repasses de dinheiro para esses Poderes, o que significa parcelamento ou atraso.

No início da noite de quinta-feira (14), a assessoria do governo de Minas convocou a imprensa para uma coletiva presencial, o que já mostra que as medidas anunciadas vão ser duras. Isso porque toda a comunicação do Executivo com os jornalistas estava sendo feita por meio de videoconferência. Além de Zema, vão participar do anúncio “sobre a situação financeira do Estado e desdobramentos”: o secretário geral, Mateus Simões; o secretário de Governo, Igor Eto; o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa; e o secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy.

Internamente, a leitura feita pela equipe estadual é que o governador já está passando por uma situação difícil politicamente e não há mais saídas para a questão fiscal. Por isso, é hora de ir para o enfrentamento e chamar todos os Poderes para cada um assumir sua responsabilidade. O intuito é mostrar, com um discurso duro, que Zema está fazendo todo o possível para tentar tirar as contas públicas do caos, mas não está encontrando apoio e, por isso, precisou “apelar”. “É o jeito do Partido Novo mostrar que tem quem faça a velha política e estamos fazendo o impossível”, resumiu uma fonte do alto escalão.

A gota d’água para a gestão mineira decidir chegar a essa situação se deu após a Assembleia Legislativa (ALMG) ter aprovado, na quinta-feira (14), um projeto de lei que estipula que o governador pode responder por crime de responsabilidade caso não repasse integralmente e dentro dos prazos os recursos destinados aos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, os chamados “duodécimos”. Essa possibilidade se deu após os deputados alterarem o texto que era de autoria do próprio governo.

O Palácio da Liberdade entendeu a aprovação como uma afronta. Isso porque, mesmo em meio à crise, o governo não atrasou os repasses de duodécimos a Assembleia, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Defensoria Pública e Ministério Público. Mas, neste mês, ainda não depositou os salários dos servidores públicos referentes à folha de abril nem tem previsão para que ocorra essa quitação.

“Basicamente, (o projeto de lei) está dizendo que a gente vai ter que ficar sem pagar ninguém dos servidores do Estado para pagar salário de juiz e de deputado”, disse a fonte. Ela completou que os deputados alteraram o texto que tratava de prazos de emendas parlamentares “para falar que, se o governador atrasar, parcelar ou de qualquer forma restringir o pagamento dos repasses aos Poderes, está praticando crime, mesmo durante a pandemia de coronavírus”.

Desde fevereiro de 2016, ainda na gestão de Fernando Pimentel, os servidores do Executivo recebem de forma parcelada o salário. “Está na hora de dividir a responsabilidade, chega de o peso ficar somente nas costas dos servidores do Estado”, explicou o interlocutor.

Silêncio

Em conversa com a reportagem, o secretário geral do Estado, Mateus Simões, afirmou que há uma determinação do governador pra que ninguém se manifeste até a realização da coletiva, marcada para 12h30. O pedido é para tentar manter os ânimos tranquilos e não aumentar os problemas já existentes. Porém, ao ser questionado se a economia com a possível restrição de repasses para outros Poderes seria aplicada no pagamento da folha do funcionalismo, ele afirmou que o “caixa é um só”. “Do mesmo lugar sai o pagamento de todo mundo, inclusive dos Poderes”.

Sobre a aprovação do projeto na ALMG, o secretário declarou que não analisa que a proposição foi a gota d'água, mas sim extrapolou todos os limites da capacidade financeira do Executivo. Segundo ele, a proposição é inconstitucional e deve ser vetada.

“Você não pode criar hipótese de crime de responsabilidade. Quem pode fazer isso é o governo federal. Matemática não comporta devaneios. A situação é muito menos política e mais financeira. Não sei se estamos falando em gota d’água ou do momento em que a situação chegou no limite da capacidade de pagamento do governo. Coincidência acho que não, o movimento feito ontem pode ter tido essa percepção. Aí, sim, mais político que de efeito prático”, afirmou.

Questionado sobre uma previsão para o pagamento do salário do funcionalismo público, Simões explicou que o governo está trabalhando desde segunda-feira para construir calendário, inclusive conversando com outros Poderes envolvidos: “Vamos trabalhar até o início da tarde para conseguir uma data. É possível que hoje consiga apresentar uma proposta de cronograma. Temos um problema que é a imprevisibilidade da receita. Quando eu falo que é proposta, tem menos a ver com discussão, e sim com fiscal”.

Até 14/05/2020, a situação com relação ao COVID - 19 em Bambuí é a seguinte, conforme informado pelo Comitê de Crise de Combate ao Coronavírus, Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Saúde e Hospital N. Sra. Brasil.

. 42 notificações

. 01 caso aguardando resultado

. 00 paciente positivo

. 07 pacientes negativo

. 00 óbito em investigação

Em Bambuí: Missa 5ª Semana da Páscoa - 5ª Feira - Santuário N. Sra. Graças

A população de Iguatama está preocupada com uma possível contaminação por parte da namorada de um rapaz que testou positivo para o COVID- 19 na cidade de Arcos. Ela é de Iguatama e teve contato direto com o rapaz. Em contato com a Secretária de Saúde Ana Paula Moura da cidade de Iguatama nessa manhã de quarta -feira (13), foi passado que uma equipe de enfermeiras foi a casa da garota para a realização de testes rápidos para Coronavírus. Caso algum dos resultados dos testes dê positivo, as próximas medidas de quarentena e investigação das outras pessoas que tiveram contato com a garota e a família serão postas em ação.

A Secretária ressaltou que estão tomando todos os procedimentos necessários e logo mais estarão lançando todas as informações à população.