Fábio Willians

Um incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. O fogo começou por volta das 19h30 deste domingo (2) e até a última atualização desta reportagem seguia destruindo as instalações da instituição que completou 200 anos em 2018 e já foi residência de um rei e dois imperadores.

Segundo a assessoria de imprensa do museu, não há feridos. Quatro vigilantes estavam no local, mas conseguiram sair a tempo. As causas do fogo, que começou após o fechamento para a visitantes, ainda serão investigadas.

A Polícia Civil irá abrir inquérito e deve repassar o caso para que seja conduzido pela Delegacia de Repressão à Crimes de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, que irá apurar se o incêndio foi criminoso ou não.

Testemunhas contaram que houve dificuldade por parte do Corpo de Bombeiros para puxar água para o combate ao fogo. A informação também será investigada.

Pesquisadores e funcionários do Museu Nacional se reuniram com o Corpo de Bombeiros para tentar auxiliar no combate das chamas. O objetivo orientar o trabalho dos bombeiros numa tentativa de impedir que o fogo chegasse em uma parte do museu que contém produtos químicos. Alguns deles são inflamáveis e usados na conservação de animais raros.

Bombeiros precisaram pedir um caminhão pipa para auxiliar no combate ao incêndio. Uma escada magirus atuou na tentativa de debelar o incêndio. Há informações de que os bombeiros estão com dificuldade de encontrar água. O Corpo de Bombeiros não confirmou, até o momento, essa informação.

Calcula-se que o acervo tenha cerca de 20 milhões de itens, que estão sendo destruídos pelo fogo.

O presidente Michel Temer enviou nota sobre o incêndio: "Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros".

O Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, disse à GloboNews que um contrato de revitalização do Museu Nacional foi assinado em junho, mas não houve tempo para que o projeto pudesse acontecer, e a "tragédia" fosse evitada. Segundo ele, houve "negligência" em períodos anteriores.

De acordo com a assessoria de imprensa da UFRJ, o reitor Roberto Leher, diretores e diversos especialistas do Museu Nacional já estão na Quinta da Boa Vista na noite deste domingo (2), acompanhando o trabalho de combate ao incêndio.

Ao G1, a assessoria afirmou que os especialistas estão auxiliando os bombeiros a identificar a localização dos diversos itens do acervo do museu, mas o fogo ainda não foi contido. A assessoria do reitor afirmou que ele está acompanhando os trabalhos e, por isso, ainda não poderia se pronunciar.

Em nota, o Ministério da Educação lamentou "o trágico incêndio ocorrido neste domingo no Museu Nacional do Rio de Janeiro, criado por Dom João VI e que completa 200 anos neste ano. O MEC não medirá esforços para auxiliar a UFRJ no que for necessário para a recuperação desse nosso patrimônio histórico", diz o comunicado.

O diretor do Museu Histórico Nacional, Paulo Knauss, considerou o incêndio "uma tragédia". À GloboNews, Paulo lembrou que o museu foi residência da família real e sede da 1ª Assembleia Constituinte do Brasil.

"É uma tragédia lamentável. Em seu interior há peças delicadas e inflamáveis. Uma biblioteca fabulosa. O acervo do museu não é para a história do Rio de Janeiro ou do Brasil. É fundamental para a história mundial. Nosso país está carente de uma política que defenda os nossos museus", afirmou Paulo Knauss.

Falta de verba e reforma
Apesar de sua importância histórica, o Museu Nacional também foi afetado pela crise financeira da UFRJ e está há pelo menos três anos funcionando com orçamento reduzido, segundo reportagem de maio do Bom Dia Brasil de maio deste ano.

“O fogo está comendo todo o Museu Nacional, completamente. Eu vi uma fumaça saindo e depois começaram as chamas. Está completamente tomado o Museu Nacional. Eu ouvi o carro do Corpo de Bombeiros na Quinta da Boa Vista. Olhando de frente para o museu, o fogo começou do lado direito. Apagaram a luz do parque. Está pegando muito fogo mesmo”, disse a moradora Sylvia Guimarães.

Dois séculos de história
O Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Educação.

Como museu universitário, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem perfil acadêmico e científico.

O museu contém um acervo histórico desde a época do Brasil Império. Destacam-se em exposição:

o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizada de "Luzia", pode ser apreciado na coleção de Antropologia Biológica, entre outros;
a coleção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador Dom Pedro I;
a coleção de arte e artefatos greco-romanos da Imperatriz Teresa Cristina;
as coleções de Paleontologia que incluem o Maxakalisaurus topai, dinossauro proveniente de Minas Gerais.

Após vários boatos de uma nova paralisação dos caminhoneiros em protesto pelo aumento no valor do Diesel e por um aumento na fiscalização pela ANTT, vários motoristas com medo de uma nova falta de combustível à exemplo do que aconteceu no mês de maio estão correndo para os Postos.

Registros de filas já começam a se espalhar.

Alguns líderes sindicais não acreditam em outra paralisação do tipo, visto que a tabela do frete será atualizada.

Outros setores alegam que podem paralisar após 7 setembro.

Por enquanto nada confirmado. Mas os motoristas já estão preocupados.

 ---------------------------------------------------------

Após o aumento de 13% do diesel, os transportadores de combustíveis e derivados de petróleo de Minas Gerais contra-atacam e entram em estado de greve.

A partir de meia-noite, os tanqueiros iniciam negociações pelo aumento do frete e podem paralisar a qualquer momento. Por enquanto, não há confirmação de adesão de caminhoneiros de outros segmentos, apenas boatos.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivado de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG), Irani Gomes, a principal reivindicação é o cumprimento do valor mínimo do frete, previsto na lei 13.703, de agosto deste ano. Ela foi uma resposta do governo federal à greve deflagrada pela categoria em maio deste ano.

(Jornal O Tempo)

 

Um homem suspeito de tentar estuprar uma senhora foi preso na noite desse sábado (01), em Iguatama, por volta das 22h. Segundo informações, o suspeito H.R removeu as telhas da cozinha da casa da vítima e a agarrou a mesma, além de tentar tampar sua boca. A vítima entrou em luta com o suspeito, tentando fugir e pedindo socorro. Um vizinho ouviu os pedidos de socorro e conseguiu quebrar o portão. O vizinho entrou na casa e segurou o autor, nesse momento, vários outros vizinhos cercaram o suspeito H.R. até a chegada da Polícia Militar, que chegou rapidamente ao local e prendeu o indivíduo.

Segundo informações colhidas pelo Iguatama Agora, o suspeito do estupro alegou que estava passando pela rua quando ouviu a vítima gritando e entrou na casa dela para ajudá-la e o que o verdadeiro suspeito fugiu do local. Porém, segundo o vizinho que salvou a vítima, ele viu o indivíduo que foi preso agarrando a vítima.

A polícia prendeu o suspeito e o encaminhou para a Delegacia de Polícia de Formiga.