Fabio Willians Dest.Reg.

Um acidente entre duas carretas foi registrado na noite dessa quarta-feira (25) na BR-354, entre Arcos e Iguatama. O acidente aconteceu por volta das 19:00 h.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma carreta, com placas de Atibaia/SP, seguia no sentido Arcos/Iguatama, quando próximo ao KM 469, deparou com uma carreta baú saindo de uma estrada vicinal, entrando na sua frente. O motorista, de 66 anos, acionou os freios, mas devido a pista molhada, a carreta derrapou e deu um "L" na pista e atingiu outra carreta, com placas de Ibiá, que seguia no sentido contrário.

Com o impacto, as cargas dos veículos ficaram espalhadas na rodovia e foram retiradas pelos militares do Corpo de Bombeiros de Formiga.

Ninguém se feriu.

Um acidente envolvendo um caminhão e uma caminhonete foi registrado na manhã desta quarta-feira (25), no km 531 da BR-354, próximo a comunidade de Rodrigues, em Formiga.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma pessoa ficou presa às ferragens, ele foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa de Formiga.

Os dois sentidos da via ficaram interrompidos. As causas do acidente não foram divulgadas.

Neste mês de setembro, o incêndio que secou a principal nascente do Rio São Francisco, localizada no município de São Roque de Minas na região da Serra da Canastra em Minas Gerais, completou cinco anos. A atual situação é bem diferente do cenário mostrado pelo G1 em 2014.

O local foi atingido por um incêndio que começou na vegetação de áreas que compõem a Serra da Canastra. Na ocasião, a direção do Parque afirmou ao G1 que a nascente havia secado com o ocorrido. No ano seguinte, a reportagem também mostrou que a situação da nascente ainda era considerada crítica pela direção do Parque.

Entretanto, a situação parece ter sido revertida. A reportagem conversou nesta segunda-feira (23) com o chefe do Parque na Serra da Canastra, Fernando Tizianel, que afirmou que a nascente está em processo de recuperação. Inclusive no início deste ano, devido as chuvas que caíram na região, a nascente transbordou.

“Estamos no final do período de seca, mas mesmo assim tivemos registros de chuvas bem expressivas e as nascentes se recuperaram bem aqui na região. Tanto que a nascente chegou a transbordar na ponte várias vezes, coisa que não era tão comum”, afirmou Tizianel.

A nascente é a principal de toda a extensão do rio, que tem 2.700 km. O São Francisco é o maior rio totalmente brasileiro, a bacia hidrográfica dele abrange 504 municípios de sete unidades da federação – Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe. Ele nasce na Serra da Canastra, em MG, e desemboca no Oceano Atlântico na divisa entre Alagoas e Sergipe.

Revitalização

A direção do Parque tem executado ações para revitalizar e recuperar a nascente desde o incidente em 2014.

“Nós continuamos fazendo o trabalho de prevenção na nascente, fizemos a construção de um aceiro negro, uma espécie de barreira para ajudar a proteger o local de incêndios, e desde de isso ela está recuperando bem. Estamos em um processo de recuperação da mata nativa, principalmente da mata que foi atingida, e a água na nascente apesar de ter tido períodos de baixa, que é comum, não chegou a secar totalmente como ocorreu no passado”, salientou o chefe do Parque da Canastra.

Além das ações feitas no solo, o local onde está a nascente passou por um processo de revitalização. Próximo de onde corre a água, está uma estátua de São Francisco que foi reformada recentemente.

Turismo

A diretora da Associação de Turismo da Serra da canastra (Atusca), Daniela Labonia, contou em entrevista ao G1 que na época do ocorrido, principalmente após divulgação de que a nascente havia secado, o turismo, carro chefe na região, sofreu fortes impactos. Contudo, a atual situação também é de melhora.

"Temos muito movimento, inclusive era comum ter aumento no fluxo de turistas mais nos meses de janeiro e fevereiro, mas tivemos esse registro nos meses de baixa temporada também, ou seja, ao longo do ano temos percebido o aumento das visitações principalmente de segunda-feira a sexta-feira", acrescentou Labonia.
Ainda conforme a diretora, a nascente é composta por vários pontos onde brotam a água e mesmo que falte água em um destes pontos, os outros não correm riscos de serem prejudicados.

"A nascente do Rio São Francisco não é composta de um só ponto, são 300 olhos d'água que nascem no alto do chapadão da Canastra. Em certas época do ano, nos períodos mais secos, algum dos olhos d'água param de fornecer água para o leito do rio, mas outros continuam", concluiu.
A nascente do rio é um dos principais pontos atrativos da região, seguido pelas diversas cachoeiras.

Relembre a seca

A seca da nascente foi durante um incêndio no mês de setembro de 2014, quando os brigadistas do parque tentavam impedir que o fogo atingisse a nascente do rio. Na época, o G1 entrevistou o brigadista Paulo Moisés da Silva, que disse ter encontrado a nascente sem água.

"Desci 500 metros com a bomba nas costas para colocá-la na nascente e quando cheguei vi o que de fato ninguém esperava. Foi a pior surpresa daquele dia. A nascente estava seca", disse em 2014.
Na ocasião, a seca foi tratada como a pior já vista em todos os tempos. “Não há registros históricos de seca dessa nascente. Essa estiagem simbolizou uma mudança climática rigorosa e serviu de alerta para toda humanidade", afirmou a direção do parque. Veja os fatos que marcaram a nascente:

A nascente voltou a brotar água dois meses após ter secado. A natureza se recompôs com o período de chuvas
Um ano após o ocorrido, a situação ainda era tida como crítica pela direção do Parque

Na madrugada deste sábado (21), mais um acidente foi registrado na BR 354, altura do KM 480.

Segundo a Polícia Rodoviária, um automóvel Ford / Ka, com placas de Brasília/DF, seguia pela BR 354, deslocando de Arcos para Formiga, quando na altura do KM 480, nas proximidades de uma Boate, ainda no município de Arcos, seu condutor de 29 anos, residente em Brasília/DF, dormiu ao volante e colidiu na traseira de uma carreta Volvo/FH 12, com placas de Capivari/SP, que seguia pela terceira faixa à sua frente.

Devido a colisão, a namorada do condutor do Ford/Ka de 26 anos, sofreu ferimentos leves, foi socorrida pelo SAMU de Arcos e encaminhada para o de Arcos.

O condutor da carreta de 25 anos, residente em Perdões não se feriu.

A situação das estradas rurais em São Roque de Minas tem prejudicado a escoação do queijo canastra, o principal item de comércio na região, além de ser exportado para diversos países e vendido em todo Brasil. Segundo moradores, as estradas estão intransitáveis e os compradores de queijo estão cobrando posicionamento de quem fabrica o produto, já que o queijo não tem chegado ao consumidor final. A situação também afeta produtores de frutas e vários itens de comércio local.

Buracos, poeira, ribanceiras e lama são alguns dos problemas listados. O fato levou vários produtores a uma praça pública, no Centro da cidade, nesta quarta-feira (18). O grupo protestou e pediu a solução do problema ao Executivo.

O G1 tentou falar com a secretaria responsável e com o prefeito Roldão de Faria Machado (DEM) sobre o assunto nesta quinta-feira (19). No entanto, as ligações não foram atendidas.

Problema que se arrasta

A situação em São Roque de Minas se estende há mais de três anos e tanto tempo já é suficiente para produtores serem cobrados por compradores de queijo, que alegam que o produto não chega ao destino ou registra algum atraso. Vários acidentes já foram registrados nas estradas rurais de Serrinha, Leites e Buracas, São João Batista da Canastra e São José do Barreiro. As cinco localidades são as mais afetadas pelo problema.

Tânia da Silva é produtora de queijo canastra há 13 anos e segundo ela, a situação da estrada que liga Serrinha a São Roque de Minas se agravou nos últimos anos e agora é ainda pior. Ela entrega semanalmente mais de 80 kg de queijo a uma distribuidora do produto na cidade que leva o queijo para São Paulo e de lá segue como exportação. Tânia conta que chegou a ficar 15 dias sem ter condições de entregar o queijo e o prejuízo é sempre grande.

“Não temos estradas. Até para manifestar nesta quarta tivemos dificuldade para chegar na cidade. O pessoal que compra queijo cobra de todos nós. Outro problema grave é perder a produção, se o queijo passa da data prevista ele vai perdendo a característica de queijo canastra”, ressaltou.
Além disso, o turismo também está abalado pela falta de estrutura nas estradas.

"Os turistas não conseguem sair da cidade para comprar queijo. Eles querem ir nas fazendas conhecer o processo de produção, mas não conseguem por conta das estradas, que são também ferramentas para o trabalho do povo de São Roque de Minas. Sem essas estradas em condições mínimas para trafegar, os produtores deixam de lucrar e o turismo é afetado diretamente, ou seja, todos perdem”, disse a diretora da Associação de Turismo da Serra da Canastra, Daniela Labônia.

Uma moradora, que não quis ser identificada, disse que a Prefeitura é omissa aos problemas e quando as pessoas reclamam de situações como as estradas, são ameaçadas. "Há intimidação e compra de o silêncio das pessoas com ameaças", destacou a moradora.

O prefeito não atendeu às ligações do G1 para tratar pontualmente sobre o assunto.

Além do queijo canastra

Além do queijo, café, frutas, artesanatos e vários outros itens que, segundo os moradores, são vendidos para a capital mineira Belo Horizonte, para o Ceará, Alagoas e São Paulo, estão sendo prejudicados. "Todos os anos os moradores enfrentam esse problema e a pior fase para nós, que somos produtores de manga, é no começo do ano. Tivemos que comprar um trator especial para levar as frutas para a cidade porque com caminhões normais não é possível em dias de chuva, ou mesmo na seca por conta da poeira. Se não houver manutenção agora, pelo menos nos pontos mais críticos, vai ser impossível", disse a produtora Simone Wolf.

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Formiga (MG), registrou na tarde desta quarta-feira (18), o tombamento de uma carreta carregada com bobinas de aço.

Segundo a Polícia Rodoviária, uma carreta Scania / T113 azul de Matias Barbosa (MG), seguia pela BR-354, deslocando de Formiga para Campo Belo (MG), quando na altura do KM 517, ainda no município de Formiga, logo após passar sobre a ponte do rio Pouso Alegre, nas proximidades da Fazenda Velha, ao realizar uma curva para a direita, devido a velocidade incompatível com a via, perdeu o controle direcional da carreta, tombou sobre a pista, atingiu a contramão e chocou-se contra o paredão de pedras existente no local. O condutor de 59 anos residente em Juiz de Fora (MG), teve apenas escoriações nos dedos e nas pernas, foi atendido pelos militares do Corpo de Bombeiros, porém recusou atendimento médico. A carga de Bobinas de Alumínio transportada pela carreta ficou espalhada no acostamento e em parte da pista.