O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria na tarde desta quinta-feira (10) para autorizar a realização da Copa América no Brasil.

Dez dos onze ministros votaram a favor da manutenção da competição: Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Rosa Weber, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Edson Fachin concordou, mas impôs protocolos sanitários para o evento. Os magistrados podem inserir os votos no sistema virtual da Corte até as 23h59.

Com a decisão, o início da competição fica mantido para domingo (13), com quatro cidades-sede confirmadas: Brasília, Rio de Janeiro, Cuiabá e Goiânia.

O Supremo analisa três ações distintas. Uma delas é da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, que pede a suspensão da competição em caráter liminar por conta do risco de aumento de casos e mortes por Covid-19. A outra, do PSB (Partido Socialista Brasileiro), defende que sediar o evento viola os direitos fundamentais à vida e à saúde. Ambas são relatadas pela ministra Cármen Lúcia.

A terceira ação, apresentada pelo PT (Partido dos Trabalhadores), tem como relator o ministro Ricardo Lewandowski. No pedido, o partido também argumenta que a autorização do evento no Brasil viola o direito à saúde. Até o momento, o placar nesta ação é de 4 a 3. Lewandowski, Fachin, Gilmar e Moraes foram a favor, enquanto Marco Aurélio, Nunes Marques e Barroso foram contra.

"Definir-se a realização, ou não, de evento no Brasil não se situa nas atribuições do Supremo", justificou Marco Aurélio.

O país receberá as partidas após as anfitriãs originais, Argentina e Colômbia, desistirem de abrigar a competição em razão da pandemia e de uma situação política conturbada, respectivamente. A mudança de sede foi anunciada pela Conmebol no último dia 31 e gerou controvérsia.

Para o PSB, a entrada de estrangeiros no país poderia aumentar a transmissão da Covid-19 e a chegada de novas variantes.

Dez delegações participarão da primeira fase, o que totaliza cerca de 650 pessoas, entre jogadores e comissões técnicas, de acordo com o Ministério da Saúde. O ministro Marcelo Queiroga, porém, avaliou que o campeonato não posa "risco adicional".

Após a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJGM) que autoriza o retorno das aulas presenciais no Estado, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) comunicou que a volta dos estudantes às salas está marcado para o dia 21 de junho. Já os profissionais da educação devem comparecer às insitutuições de ensino no dia 14.

O retorno às atividades presenciais é opcional. Os pais que preferirem podem manter seus filhos no ensino remoto. "A volta será gradual, começando com as turmas de 1º ao 5º ano do ensino fundamental", informou a SEE, em nota.

As aulas presenciais na rede estadual ocorrerá nas cidades que estiverem na onda verde ou amarela do programa Minas Consciente e depende ainda da autorização de cada prefeitura.

A secretária de Educação, Júlia Sant'Anna, disse que as pasta garante a segurança sanitária das escolas. "Desde fevereiro as escolas estão em processo de conclusão da adaptação de infraestrutura, ítens de segurança, produtos de limpeza. Fizemos um checklist para que cada um dos diretores fizessem um tratamento individualizado de cada escola, disponibilizamos R$ 90 milhões para viabilizar as adaptações necessárias", detalha.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) afirmou que vai recorrer da decisão do TJGM e que vai fiscalizar a convocação de profissionais ao trabalho presencial.

"A categoria deverá estar atenta a todos os atos de convocação para o trabalhado presencial e ao cumprimento das medidas de segurança necessárias, denunciando as irregularidades eventualmente encontradas nas unidades escolares", disse o sindicato em nota.

Ministério da Saúde prepara o envio de mais 4,04 milhões de doses da vacina covid-19 da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz. A previsão é de que, em menos de 24 horas, todas as capitais tenham recebido as vacinas.

A distribuição está ocorrendo nesta quarta-feira (9) para 19 estados e Distrito Federal. O restante dos estados receberá as novas remessas nas primeiras horas da madrugada desta quinta (10).

As doses do imunizante são destinadas para continuidade da vacinação de pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, trabalhadores da Educação do Ensino Básico, forças de segurança, salvamento e Forças Armadas, povos ribeirinhos e trabalhadores do transporte aéreo.

Além de mais essa remessa, o Ministério da Saúde conclui nesta quarta a distribuição de 2,3 milhões de doses da Pfizer/BioNTech, que começaram a ser enviadas aos estados na última segunda (7). No total, a pasta terá entregado, somente nesta semana, mais de 6,3 milhões de doses de vacinas covid-19.

O Ministério da Saúde trabalha para acelerar ainda mais o ritmo da vacinação contra a Covid-19 no país. Desde o início da campanha, contando com esse novo lote, já foram destinadas a todas as Unidades Federativas mais de 109,1 milhões de doses de imunizantes contratados. Até o momento, mais de 74 milhões foram aplicadas.

As orientações sobre a vacinação e a divisão das doses por Unidade Federativa estão no 22° informe técnico do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

Iniciada em 18 de janeiro no Brasil, a vacinação contra a Covid-19 não ocorre de maneira uniforme. Assim, Minas Gerais tem cerca de 11,7% da população imunizada com duas doses até o momento, mas algumas cidades possuem bem mais que isso, como São João das Missões, no Norte do Estado, que, com quase 6.000 pessoas imunizadas, já vacinou 44,9% de sua população.

São João das Missões é uma das cidades com mais indígenas em Minas (5.649 em uma população total de 13.125 habitantes), o que explica a velocidade da imunização, já que o grupo foi considerado prioritário pelo Ministério da Saúde.

Abaixo, veja a lista dos municípios, em ordem decrescente, que proporcionalmente mais vacinaram em Minas (entre parênteses, está o número de pessoas imunizadas com duas doses em cada cidade). Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e do IBGE.

São João das Missões (5.897): 44,9%
Paiva (531): 34,9%
Matutina (1.301): 34,8%
Monte Azul (5.607): 27,1%
Serra da Saudade (203): 26,2%
Sem-Peixe (679): 26,1%
Antônio Prado de Minas (398): 25,1%
Rio Espera (1.294): 24,0%
Arapuá (666): 23,5%
Ataléia (2.945): 23,2%
Grupiara (320): 23,1%
São Sebastião do Rio Preto (341): 22,9%
Cedro do Abaeté (264): 22,8%
Santana do Garambéu (528): 21,3%
Bonfim (1.449): 21,1%
Senador José Bento (308): 21,1%
Rio Doce (549): 21,0%
Santa Rita de Ibitipoca (712): 20,9%
Bertópolis (960): 20,8%
Passabém (337): 20,6%
Aracitaba (423): 20,5%
Água Comprida (409): 20,5%
Estrela Dalva (474): 20,4%
Fama (481): 20,2%
Desterro do Melo (578): 20,0%
Carmésia (526): 19,9%
Pedra do Anta (594): 19,8%
Natércia (934): 19,8%
Córrego do Bom Jesus (727): 19,7%
Ressaquinha (943): 19,6%
Passa Vinte (395): 19,4%
Queluzito (377): 19,4%
Biquinhas (482): 19,3%
Santa Helena de Minas (1.224): 19,2%
Estrela do Indaiá (668): 19,1%
Dom Silvério (998): 19,1%
Jeceaba (925): 19,1%
Rubelita (1.105): 19,1%
Douradoquara (362): 18,9%
Alto Rio Doce (2.031): 18,7%
Umburatiba (485): 18,7%
Itambé do Mato Dentro (384): 18,7%
Barra Longa (936): 18,7%
Rio Piracicaba (2.653): 18,5%
Pescador (777): 18,3%
Seritinga (336): 18,1%
Piranga (3.189): 18,1%
Santo Antônio do Grama (699): 18,0%
Barão de Monte Alto (962): 18,0%
Santo Antônio do Rio Abaixo (315): 17,9%
Paineiras (797): 17,9%
Serro (3.726): 17,8%
Argirita (479): 17,7%
Santana dos Montes (665): 17,7%
Aiuruoca (1.052): 17,6%
Córrego Danta (558): 17,5%
Dom Cavati (881): 17,5%
Chiador (466): 17,4%
Ipiaçu (731): 17,3%
Tombos (1.358): 17,3%
Piau (472): 17,3%
Carvalhópolis (620): 17,2%
Ibitiúra de Minas (600): 17,2%
Olaria (295): 17,2%
Ibertioga (858): 17,1%
Dores do Indaiá (2.294): 17,1%
Crucilândia (863): 17,1%
Bonfinópolis de Minas (929): 17,1%
Lamim (575): 17,0%
Gurinhatã (948): 17,0%
Santa Cruz de Salinas (697): 17,0%
Piedade do Rio Grande (753): 16,9%
Guiricema (1.402): 16,8%
Liberdade (842): 16,7%
São Brás do Suaçuí (628): 16,7%
Cajuri (664): 16,7%
Rio Pomba (2.995): 16,7%
Morro do Pilar (525): 16,7%
Cascalho Rico (512): 16,6%
Canaã (752): 16,5%
Araçaí (388): 16,5%
Bias Fortes (548): 16,5%
Maripá de Minas (491): 16,4%
Presidente Bernardes (876): 16,4%
Alagoa (437): 16,4%
Doresópolis (251): 16,4%
Desterro de Entre Rios (1.187): 16,4%
Baependi (3.140): 16,4%
São Lourenço (7.543): 16,3%
Aguanil (738): 16,3%
Bambuí (3.900): 16,3%
Simão Pereira (427): 16,3%
Caranaíba (516): 16,3%
Senador Modestino Gonçalves (669): 16,3%
Fortuna de Minas (483): 16,3%
Pratinha (590): 16,2%
Vieiras (583): 16,2%
Dionísio (1.236): 16,2%
Casa Grande (366): 16,2%
São Gonçalo do Rio Preto (515): 16,2%