O Cruzeiro venceu o Atlético por 1 a 0 na manhã deste domingo, no Independência, no primeiro encontro entre os rivais mineiros nesta temporada. Apesar do placar mínimo, o jogo foi muito movimentado. Teve de tudo: expulsão - Edílson deixou o jogo aos 6' da segunda etapa -, polêmica de arbitragem, lances perigosos e tudo que cerca um clássico deste tamanho. O gol de Raniel no segundo minuto da etapa final, porém, garantiu o triunfo celeste e a liderança antecipada do Cruzeiro na primeira fase do Campeonato Mineiro.
Ainda em busca de garantir a melhor colocação na tabela do Campeonato Mineiro de olho nas próximas fases, o Atlético tem compromisso na próxima quinta-feira. O adversário será o Uberlândia, lanterna da competição, às 19h15, no Parque do Sabiá. O Cruzeiro, por sua vez, garantido na ponta da classificação com duas rodadas de antecedência, recebe a URT na quarta-feira, às 21h45, no Mineirão, para cumprir o regulamento.
Nada de partida estudada. Atlético e Cruzeiro começaram o clássico no Independência mostrando vigor físico e partindo para cima do adversário. Visitante na manhã deste domingo, o time de Mano Menezes surpreendeu ao propor o jogo desde os primeiros instantes e apertar a marcação na saída de bola do Galo. A tática foi adotada principalmente nos momentos em que Leonardo Silva foi o responsável por iniciar a transição. Empurrado por seu torcedor, o Alvinegro apostava nas falhas do rival para sair em velocidade e tentar criar oportunidades de gol.
Apesar das estratégias definidas, as principais chances da primeira etapa foram com bola parada. A primeira delas do Atlético. Aos 19’, Otero cobrou falta quase do grande círculo do meio-campo e conseguiu colocar raro efeito na bola. Fábio defendeu com os pés e afastou o perigo. A reposta do Cruzeiro veio na mesma moeda. Aos 36’, Robinho acertou o travessão de Victor em nova cobrança irreparável. Os jogadores da Raposa chegaram a reclamar que a bola entrou quando bateu no chão, mas as imagens mostraram que não.
Se o início da primeira etapa chamou atenção pela velocidade do jogo, a volta do intervalo foi ainda mais intensa. Logo no primeiro minuto, Ricardo Oliveira recebeu livre na pequena área e chutou na rede pelo lado de fora. No lance seguinte, aos 2’, a resposta do Cruzeiro veio com gol. Rafinha deu assistência precisa para Raniel, que, de frente para Victor, abriu o placar do Independência. 1 a 0. Atrás do marcador, o Atlético partiu para cima. Aos 5’, Fábio fez milagre e impediu que Erik igualasse o marcador após lançamento improvável do goleiro atleticano.
Consciente da importância de pelo menos empatar o jogo, o Atlético alterou a estratégia definitivamente e passou a propor o jogo. Aos 6’, Otero recebeu na ponta esquerda, colocou velocidade e deixou Edílson para trás. O lateral do Cruzeiro tentou parar a jogada, mas fez falta, levou o segundo amarelo e acabou expulso. O cartão vermelho alterou a história do jogo. Com um jogador a menos, Mano Menezes tirou Raniel do jogo, recompôs a defesa com Lucas Romero, e passou a acreditar na capacidade da Raposa de ‘saber sofrer’.
A mudança na estratégia garantiu o resultado. O Cruzeiro mostrou organização e se portou muito bem defensivamente. O Atlético ainda criou oportunidades, teve Luan e Cazares nos momentos finais para ajudar na armação das jogadas, acertou o travessão de Fábio em finalização de Leonardo Silva, mas não conseguiu mudar o placar final do jogo.
ATLÉTICO 0 x 1 CRUZEIRO
Atlético
Victor; Patric (Luan), Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adílson e Elias; Róger Guedes (Cazares), Erik (Tomás Andrade) e Otero; Ricardo Oliveira. Técnico: Thiago Larghi
Cruzeiro
Fábio; Edílson, Leo, Murilo e Egídio; Henrique e Ariel Cabral; Robinho, Thiago Neves (Arrascaeta) e Rafinha; Raniel (Lucas Romero). Técnico: Mano Menezes
Cartões amarelos: Raniel, Edilson (2x), Fábio, Egídio, Arrascaeta e Lucas Romero (Cruzeiro) Erik, Otero, Leonardo Silva e Adilson (Atlético)
Cartão vermelho: Edílson (Cruzeiro)
Gol: Raniel (aos 2’2ºT)
Público: 22.196
Renda: R$518.756,00
Motivo: 9ª rodada do Campeonato Mineiro
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data e horário: 4 de março de 2018 (domingo), às 11h
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira
Assistentes: Felipe Alan Costa de Oliveira e Marcyano da Silva Vicente
A atriz Tônia Carrero , um dos ícones da televisão brasileira, morreu por volta das 22h15 deste sábado (3), aos 95 anos, no Rio de Janeiro.
Tônia Carrero, cujo nome de nascimento é Maria Antonietta Portocarrero Thedim, passava por uma pequena cirurgia em uma clínica particular na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando teve uma parada cardíaca e não resistiu, de acordo com a família da atriz.
Ela tinha sido internada na sexta (2) com uma úlcera no sacro e morreu durante procedimento médico, segundo a neta Luísa Thiré.
O velório, segundo a família, será realizado neste domingo (4), das 14h às 22h, no Theatro Municipal. A cremação será realizada na segunda-feira (5), às 12h, no Memorial do Carmo.
Tônia é a matriarca de uma família que tem quatro gerações de artistas: além do único filho, o ator Cécil Thiré, netos e bisnetos também seguiram a carreira. Ela é classificada pelo projeto Brasil Memória das Artes, da Funarte, como "diva e dama" e "referência de beleza, inteligência e talento na história do teatro brasileiro".
54 peças, 19 filmes e 15 novelas
Uma das atrizes mais consagradas do Brasil, Tônia é conhecida por inúmeros papéis marcantes – como Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), e a Rebeca, de "Sassaricando" – e integrou o elenco de 54 peças, 19 filmes e 15 novelas.
Sua última novela foi “Senhora do Destino” (2004), de Aguinaldo Silva, na qual fez uma participação especial. No cinema, sua última aparição foi em “Chega de Saudade” (2008).
Grande homenageada do Prêmio Shell de 2008, Tonia atuou no teatro pela última vez em 2007, em "Um Barco Para o Sonho", de Alexei Arbuzov, peça produzida pelo filho Cécil e dirigida pelo neto Carlos Thiré.
Tônia começou na televisão na década de 60, a convite do autor Vicente Sesso, para fazer “Sangue do Meu Sangue” ao lado de Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco. A novela do diretor Sérgio Britto foi exibida em 1969 pela TV Excelsior.
Formada em educação física
Filha de Hermenegildo Portocarrero e Zilda de Farias Portocarrero, Maria Antonieta Portocarrero Thedim nasceu em 23 de agosto de 1922, em uma família de militares, e se formou em educação física em 1941.
Sua formação artística foi obtida em cursos em Paris, para onde foi com seu então marido, o artista plástico e diretor de cinema Carlos Arthur Thiré. Na capital francesa, teve aula com grandes atores, dentre eles Jean-Louis Barrault.
Em seu retorno ao Brasil, aos 25 anos, estrelou seu primeiro filme, “Querida Suzana”, de Alberto Pieralise, ao lado de Anselmo Duarte, Nicette Bruno e da bailarina Madeleine Rosay.
Dois anos depois, em 1949, subiu aos palcos pela primeira vez em “Um Deus Dormiu Lá em Casa”, com Paulo Autran. A produção havia sido realizada pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, sob direção artística de Adolfo Celi – segundo marido de Tônia.
Nos anos seguintes, estrelou inúmeras peças do TBC, como “Amanhã, se Não Chover” (1950), de Henrique Pongetti; “Uma Mulher do Outro Mundo” (1954), de Noel Coward; “Otelo” (1956), de Shakespeare; “Entre Quatro Paredes” (1956), de Jean-Paul Sartre; e “Seis Personagens à Procura de um Autor” (1960), de Luigi Pirandello.
Grande beleza
Sua beleza chamava a atenção de diversos diretores de cinema. Assim, a convite do empresário Franco Zampari, ela integrou a Cia. Cinematográfica Vera Cruz, da qual tornou-se um dos rostos mais conhecidos.
Foi protagonista de “Apassionata” (1952), de Fernando de Barros; “Tico-tico no Fubá” (1952), de Adolfo Celi; e “É Proibido Beijar” (1954), de Ugo Lombardi.
Em 1967, ela se despede da imagem sofisticada e mergulha no universo de Plínio Marcos em “A Navalha na Carne”. Ao lado de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier, e sob a direção de Fauzi Arap, viveu a prostituta Neuza Suely. A montagem incomodou a ditadura militar, se tornou um dos espetáculos mais aplaudidos da temporada e foi um divisor de águas na sua carreira.
Carreira na televisão
Um de seus personagens mais marcantes foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), de Gilberto Braga. Tônia viria a trabalhar novamente com o autor em 1983, na novela “Louco Amor”, desta vez interpretando Mouriel.
Em 1978, integrou o elenco de “Quem Tem Medo de Virgínia Wolf”, de Edward Albee, com direção de Antunes Filho. Em 1984, subiu aos palcos para encenar o espetáculo “A Divina Sarah”, de John Murrell, com direção de João Bethencourt.
Três anos depois, viveu mais um personagem marcante na TV: Rebeca, de “Sassaricando”.
Em 2000, também na Rede Globo, interpretou Mimi Melody em “Esplendor”, de Ana Maria Moretzsohn.
A Prefeitura Municipal de Bambuí, por meio da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Turismo, está oferecendo melhorias na área de esporte e lazer para os bambuienses. Para levar este projeto adiante a Prefeitura está contando com o apoio da comunidade onde estão instaladas as áreas esportivas.
No bairro Nossa Senhora Sant’Ana a Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo está fazendo uma parceria com os moradores para recuperarem a quadra, conhecida como “Quadra das Populares”. A Prefeitura está fazendo melhorias como recuperação da parte elétrica e outras infraestruturas e a comunidade participa oferecendo a mão de obra, além de ajudar cuidando das áreas esportivas. Assim os moradores poderão usufruir melhor de um bem público para o lazer e cuidar da saúde com a prática de esporte.
As fotos mostram como estava o local e agora como está.
A dupla de garis arcoense Juciana e Adélia, que vem chamando atenção nas ruas do Centro de Arcos, recebeu uma surpresa na manhã desta sexta-feira (02). Elas foram surpreendidas pela equipe de reportagem do Programa Hora do Faro da Rede Record, enquanto trabalhavam na Praça da Matriz.
A equipe montou uma estrutura como se fosse gravar um show de novos talentos e no final elas foram convidadas como participantes. Aí elas descobriram que na verdade estavam participando da gravação para um dos quadros do programa, que teria como objetivo contar a história delas.
Juciana Magna de 34 anos, e Adélia Feliciano, de 46, já foram pauta de várias matérias e vídeos que circulam pela internet, mostrando que apesar da humildade elas tem muito talento e vozes muito afinadas. Elas transformam as vassouras em microfones imaginários e ajudam a espalhar alegria por onde passam. Apesar de estarem há anos na profissão, elas contam que passaram a trabalhar juntas em fevereiro deste ano. A ideia de cantar enquanto trabalham partiu de Adélia Feliciano, que faz shows em restaurantes, bares e escolas. A gari diz que canta desde os sete anos, mas agora que se tornou uma profissional.
Juciana, que é carinhosamente chamada de Lu, se diz tímida. Ela não é cantora, mas a bela voz tem garantido a sinfonia perfeita para nas canções da dupla. Ela conta que tem melhorado a timidez e até a autoestima ao lado da parceira de trabalho.
Ainda não se sabe quando a reportagem vai ao ar, na TV, por isso, para nós arcoenses e bom ficar ligado sempre aos domingos na programação da Record, principalmente no programa Hora do Faro.
Elevado à município em 01 de março de 1963, Medeiros completa 55 anos de emancipação política. Cidade calma, conhecida pelo queijo Canastra e suas belezas naturais. Típico tranquilo município do interior de Minas Gerais que tem um grande potencial é um das mais jovens cidades da região.
Atualmente à frente do Executivo Municipal tem-se o Prefeito Francisco Martins Ribeiro e seu Vice Celso Rodrigues da Cunha
O legislativo é composto pelos seguintes vereadores:
Edmilson Honório de Souza, Belchior Fortunato Alves, Hélio Jose Chaves, Flávio Ribeiro Silva, Adolfo Valeriano e Resende, Fabrícia das Chagas Andrade, Washington Sanábio Lourenco, Jose Aparecida Teixeira, Renato José da Silva
Conheça um pouco da história da cidade de Medeiros: (informações Câmara e Prefeitura de Medeiros)
As primeiras noticias sobre a existência da região, contam da doação de vinte (20) sesmarias, confiadas á Inácio Correa Pamplona, Manuel Medeiros e Jacinto Medeiros, (para alguns historiadores trata-se de João e José Medeiros, também conhecidos como, irmãos Medeiros), isto por volta do ano de 1765, pela Lei 148, de 17.1238, e instalado a 01.01.39, elevou-se a Distrito do Município de Bambuí. Em 30.12.62, pela Lei 2.764, obteve a sua emancipação política, sendo elevado á categoria de Município, e este, instalado oficialmente no dia 01.03.63.
O município possui algumas regiões de maior densidade populacional como Desempenhado, Café, Cerrado, Cervo, Pimenteira, Paiol Queimado, Mantibio, Gurita, Lagoa Seca – todos com população inferior a 350 habitantes e estes dispersos nas proximidades dessas localidades. Desde os primeiros habitantes da região, índios Caiapós e Araxás e também quilombos, a região se prestava a caminho entre o Centro/Sul de Minas, para as regiões do triangulo Mineiro/Alto Paranaíba/ Goiás.
As atuais terras, que hoje formam o município de Medeiros, estão situadas em região servida pela antiga picada de Goiás, que ligava Pitangui á Vila Boa, em Goiás.
O povoado que originou Medeiros foi criado nos idos do século passado com a utilização de uma área de 14 alqueires de terra, doada por Militão Inácio de Miranda, conforme titulo particular, transcrito no cartório de registro de imóveis de Bambuí, embora tenha sido os irmãos Medeiros os Primeiros fazendeiros da localidade.
A origem do nome se explica no transito de boiadas, vindas do triangulo mineiro, com destino a Oeste e Sul de Minas, cujos condutores faziam costumeiramente ponto de almoço ou pousada na fazenda dos irmãos Medeiros. Assim com o correr dos anos ficou caracterizada a denominação Medeiros. Em alguns dados encontramos a denominação, Potreiro para o local, onde está edificada a cidade, o que coincide com o sobrenome de um dos irmãos Medeiros.
Os próprios sitiantes é que faziam a repartição das terras. E assim foram surgindo as primeiras fazendas do município. Eram todas cobertas de árvores e cerrados; uma das árvores mais importantes que existia e hoje quase não se vê á a cabiúna.
Lugar montanhoso provido de muitas nascentes, córregos e ate rios. Muitos animais que existiam aqui, hoje quase extintos, como por exemplo a onça pintada.
O tempo foi passando. Em 1938, Medeiros tornou-se Distrito de Bambuí, reconhecido por lei.
Em 1958, uns homens uniram-se formando uma comissão pelo pro - emancipação do Distrito de Medeiros.
Medeiros haveria de desmembrar-se de Bambuí. Esta comissão lutou por isso quatro anos, até que em 30 de novembro de 1962, sai o Decreto de Emancipação do município, assinado pelo governador: Dr. José Magalhães Pinto. Fizeram parte da comissão: Clodovel Leite de Faria (presidente), José Faria Leite: (vice). José Bahia Gontijo: (tesoureiro). José Nametalla: (secretário e redator do processo). E outros: José Teotônio Filho, Osmar José Pereira, Chicrala Miguel Elias, Venâncio Elias Machado e Juca Ipólito, finalmente em 1° de março de 1963, instalou-se o município de Medeiros, assumido a direção o Sr. José Alípio Faleiro (intendente) que permaneceu à frente da prefeitura mais ou menos três meses até a posse do prefeito, o Sr. José Veríssimo Gomes.
Salientaram-se na Campanha de Emancipação do Município: Clodoveu Faria Leite, José Teotônio Filho,José Nametalla, Estevão Dionízio Resende,José Bahia Gontijo, Venâncio Elias Machado, José Faria Leite, Osmar José Pereira, Avelino Rodrigues da Silva.
Prefeitos que passaram na História de Medeiros: José Veríssimo Gomes,Vicente Elias Miguel,José Fernandes Vieira,Valdemar Gomes,Vicente Elias Miguel, Sebastião Lemos Tôrres, Weber Leite Cruvinel, José Francisco Leite, Aparecida Beatriz Silva,Vicente Chiclara da Fonseca, Mário Cândido de Mendoça Filho, Manuel Bahia Gontijo (por duas vezes).
Quanto aos costumes, me contaram tanto sobre os casórios. Eram realizados em Bambuí, os noivos e convidados partiam de Medeiros, a cavalo, e o festejo era feito pelo caminho com fogos e cantaria. Ao chegarem a Bambuí, vestiam-se formalmente para a cerimônia; após esta, iam para a festa na casa dos noivos onde havia diversidades de doces e salgados. Dançavam valsa, chote, mazuca, tango... enquanto isso, os tocadores cantavam versos oferecendo a alguém.
Não existia carnaval, as pessoas excomungavam, achavam um absurdo.
Sexta-feira da Paixão era sagrada, todos jejuavam, não faziam comida e nem penteava cabelo e não varriam as casas; no sábado da aleluia, faziam o tal do “boneco Judas”, batiam e queimavam-no.
Havia muitas festas na roça com diversos tipos de comida, destacando o arroz doce e o doce de leite; dentre estas festas “folia de reis” com costume de passar a coroa de uma pessoa para outra; as famosas festas do padroeiro São José e festa de São Sebastião que eram abrilhantadas com fogos e banda de música, cavalgadas e roda de violeiros, festas juninas com trajes típicos, que até hoje acontece.
Naquela época as damas usavam roupas tais como: vestidos, saias, blusas compridas, fabricadas com tecido de algodão na própria localidade; os homens vestiam como hoje, enquanto que os meninos e as meninas vestiam de maneira igual até a idade da pré-adolescência (tipo camisola).
Quando as moças saiam da linha eram muito mal vistas. Recebiam o nome de “raparigas” e eram excomungadas pelos pais. Algumas eram assassinadas encorbertamente, perante a sociedade, pelos pais.
Os doentes eram levados a Bambuí, carregados no bangüê, no caminho havia trocas de pessoas para carregar-lhes. No caso de uma pessoa ser picada por cobra era levado aos benzedores, sendo mais famoso Elias Vargas, que só benzia pra o bem. O primeiro médico foi o Dr. Tonico, residente em Bambuí. Para consultar ia-se na casa dele. Quanto a dentistas, nada; folhas de goiabeiras eram usadas para escovar os dentes. Algumas mulheres mastigavam fumo, havia muita bebida, fabricada no alambique dos “mesquitas” situado nas Penas, o que também era usado como remédio.
Não existia açúcar, o café e os doces eram feitos com rapadura.
Mais tarde, nos anos sessenta apareceram os famosos salões de baile (na casa de Paulo Tomaz) Praça Militão Miranda, onde a juventude curtia uma música e até cinema teve por aqui.
O clube do Sr. Chico do Dico onde eram organizadas as famosas quadrilhas da cidade (Casa D. Bela).
Mais tarde, Monsenhor José Aparecida, trouxe um cineminha onde toda comunidade curtia um faroeste.
Nos anos setenta, Medeiros evoluiu mais um pouco sua cultura, sob direção de Sr. José Nametalla, e Sr. Vicente Elias Miguel surge o Ginásio Comercial de Medeiros. Com este evento trouxeram grande desenvolvimento na cultura de nossa cidade. Surgiu o grêmio estudantil que apresentava atividade diversificada. Peças teatrais, campeonatos de vôlei, futebol, bailes, grandes desfiles de sete de setembro. Neste período surge o famoso sapezinho do Sr. Osmar, onde era uma boa opção para a garotada que curtia uma boa música.Também surgiu o cinema do Cazito, onde toda a criançada e jovem assistam um bom filme, localizado na Praça José de Faria Leite, ao lado do sapezinho.
Mais tarde construíram um clube recreativo de Medeiros, eram muito animados os bailes, formaturas, carnavais e festas juninas pelo conjunto “Meder Som”. Eram apresentado show e feiras culturais.
A primeira Missa foi celebrada debaixo de uma árvore, trecho onde se situa Praça José de Faria Leite.
A primeira Igreja era de pau-a-pique e não tinha reboco, direcionada pelo Capelão de Bambuí. Edificada na ponta direita da Praça Militão Miranda, cujo nome era “CAPELA DE SÃO JOSÉ”. A assistência religiosa Católica era dada em Medeiros pelo Padre mais velho de Bambuí, Padre João Veloso, que mandava avisar o pessoal quando haveria missa.
O primeiro padre que passou a residir na região veio do Rio de Janeiro, seu nome era Padre Juca, possuía terras e lavouras de café na Gurita perto do “Tope da Gurita” era muito popular. O primeiro padre que ficou mesmo de morada foi o Monsenhor José Aparecida.
A primeira casa era localizada do lado direito pra quem sobe a Praça José de Faria Leite mais ou menos até sua metade (atual casa do Sr. Revalino) era uma casa de pau-a-pique, piso de chão batido do Sr. Honório José Teotônio, pai do Sr. Juca Honório, juiz de paz de Medeiros, por muitos anos. Lá funcionou a primeira sala de aula sob direção dos primeiros professores Chico Bahia e Zé Bahia.
As compras eram feitas através de mascates e nas outras localidades, iam-se á cavalo, a pé ou em carro de boi e o dinheiro usado era réis.
Nessa época 1919, a população pobre morava nas fazendas dos latifundiários, constituindo de 20 a 40 empregados em cada fazenda. Trabalhavam em troca dos produtos, como: café, arroz e outros cereais. Participaram do comércio: Sr. Natal, Gui, Roque Resende, entre outros. Os brinquedos eram fabricados em casa; só mais tarde apareceram bonecos de papelão e cabeça de plástico, encontrado em Bambuí.
Aos domingos, a cidade ficava despovoada a não ser em época de festa (de santos).
As estradas de carro de boi existiam de Pratinha a Bambuí. Com mutirão, foi ampliada a estrada de Medeiros a Bambuí, para uso de automóveis, em 1919. E o primeiro automóvel, era do Veveu, um Ford 29, “Caminhão Chevrolet de Bigode”, e o dono cobrava o equivalente a um dia de serviço de cada pessoa que queria dar uma volta no caminhão pela cidade, fazendo um percurso numa velocidade 10 a 30 Km/h, sendo movido a óleo, provocando uma grande nuvem de fumaça. Por causa da falta de estradas gastava 6 horas de Bambuí até aqui.
As pessoas ouviam falar em avião, mas não conheciam, viram passar o primeiro em 1936, o aeroplano, onde a maioria do povo ficou com muito medo e se escondeu, devido ao seu barulho. Muitos acharam que era o fim do mundo. Provocou desmaios, correria e imploração de misericórdia a Deus.
A primeira loja da cidade era de propriedade do Sr. Zé Turco, vendia-se óleo de Rícino, sorrizal, azeite caseiro, aspirina, sal de gado etc... É bom lembrar também da casa do João Rosa, Baiano Manco e casa do Janjão onde foram construídas primeiras casa populares de Medeiros.
A segunda Escola de Medeiros funcionou do lado direito, pra quem desce a Praça José de Faria Leite (atual casa do Pedro Firmino).
A terceira Escola funcionou em frente a Praça Militão Miranda, com aulas de quarta-feira á sábado, das onze às dezesseis horas, tinha por professora a Sra. Marica que veio da vizinha cidade de Pratinha; as séries eram multiseriadas, com uma média total de 22 crianças; vinham dos diversos locais e fazendas, a pé ou a cavalo.
Medeiros teve homens ilustres:
Pichara Miguel Elias: construiu a estrada Medeiros a Bambuí.
Francisco Rodrigues da Silva: construiu a estrada de Medeiros a Campos Altos.
Roque Resende: construiu a Estrada de Medeiros a Pratinha.
Joaquim Calisto de Souza Andrade: doou o cemitério. Entre outros como até hoje tem.
Muitos já se foram, mas deixaram algo de bom pra nós, como outros que irão e deixarão também rastros saudosos.
Medeiros hoje tem quase tudo... mais tem o principal: “gente boa alegre e hospitaleira”.