A BR-262 foi totalmente interditada na manhã deste sábado (8), por volta das 6h, depois que a pista apresentou uma rachadura no km 566 da rodovia, no município Córrego Danta/MG.
A interdição foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) à TV KZ. Ainda como informado para reportagem não há previsão de liberação. O local será avaliado para verificar se é possível liberar o trânsito ainda hoje.
Para seguir viagem os motoristas têm a opção de passar pela BR-354. Contudo, conforme apurado pela reportagem da TV KZ ocorreu um deslizamento de terra na rodovia no km 398 e também na LMG-891, ambos em Córrego Danta, locais que estão sendo utilizados no desvio, onde o trânsito segue fluindo com lenditão em meia pista.
Desvio
Para quem segue no sentido Leste (Belo Horizonte) deve acessar a BR-354 no km 568, passando pela LMG-891, por Córrego Danta, e retorna para BR-262 no km 544.
Devido as constantes chuvas, na madrugada de sexta (07) para sábado (08) na cidade de Tapiraí, o nível do Rio Perdição subiu e acabou atingindo algumas residências. Em vídeos nas redes sociais os moradores mostraram a situação.
Todas as famílias atingidas foram auxiliadas pela Prefeitura e quem necessitou foi realocado para o Clube Social.
Segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) a semana se iniciará com mais chuva em toda região.
A chuva contínua que vem causando estragos em cidades mineiras não deve dar trégua nos próximos dias. Um temporal pode atingir 690 municípios de Minas durante esta sexta-feira. O alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas de até 100 mm e ventos de até 100 km/h. Na capital e região metropolitana, a previsão é de muita água até o próximo domingo, com possibilidade de tempestades. A tendência é de redução a partir de terça-feira.
A capital segue sob alerta de risco geológico até amanhã. A Defesa Civil recomenda atenção ao grau de saturação do solo, a sinais construtivos e cuidados com quedas de muros, deslizamentos e desabamentos. “O alerta de risco geológico se estende para praticamente todo Estado. Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas são as únicas que não estão incluídas”,disse o meteorologista Claudemir de Azevedo, do Inmet.
Estragos
Nessa quinta-feira (6), a chuva pode ter levado ao desabamento de parte de um telhado de um estacionamento, no bairro Santa Efigênia, na região Leste de BH. A estrutura caiu sobre veículos e deixou uma vítima presas às ferragens. Ela foi retirada do carro sem qualquer ferimento, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Vias também foram interditadas por risco de alagamento, como na rua Joaquim Murtinho com a avenida Prudente de Morais, no bairro Cidade Jardim, na região Centro-Sul, onde nível do córrego do Leitão ficou elevado, e na avenida Silva Lobo com Barão Homem de Melo, no bairro Alto Barroca, na região Oeste.
Somente na região Centro-Sul de BH já choveu 57% do esperado para todo mês. A média climatológica para o mês em toda cidade é de 329,1 milímetros.
Cidades alagadas e estradas fechadas
Em Abaeté, na região Central, o ribeirão Marmelada transbordou e deixou 60 pessoas desalojadas, além de outras três desabrigadas. Algumas famílias foram acolhidas pela prefeitura em uma escola, e outras estão em casas de parentes.
Em São Lourenço e Pouso, no Sul de Minas, a forte chuva derrubou árvores e barreiras, interditando rodovias e estradas rurais. Em São Lourenço, algumas casas foram inundadas. Em Pouso Alto, o ribeirão que leva o nome do município subiu cerca de 2,3 metros e invadiu a praça central da cidade.
Seis pessoas morreram, 3.166 estão desabrigadas e 13.323 ficaram desalojadas em Minas Gerais, desde o início do período chuvoso, em outubro. Dores do Indaiá, na região Centro-Oeste do Estado, é a cidade que registrou o maior volume de chuva entre as cidades mineiras que têm estação meteorológica – 242,2 milímetros.
Um Plano de Ação contra a gripe e outras doenças sazonais foi elaborado em Formiga, no Centro-Oeste de Minas. Desde a primeira semana do ano, a Secretaria de Saúde tem registrado aumento exponencial de sintomas respiratórios. Secretário da pasta, Leandro Pimentel já classifica como início de surto.
O plano, em execução desde essa quarta-feira (5/1), abrange também doenças como dengue, zika, chikungunya, febre amarela, entre outras. Ele visa nortear ações de enfrentamento para mitigar o impacto no sistema de saúde. A principal preocupação é com a H3N2.
Ele foi dividido em quatro fases:
Ausência de surto no território;
início de surto no território com aumento exponencial dos casos notificados;
manutenção do surto por período superior a 15 dias e/ou em curva ascendente;
colapso no sistema de saúde, impossibilitando a oferta de leitos para os doentes.
Hoje, a cidade está classificada na etapa dois. Ela prevê o monitoramento, treinamento de equipe e informar a população sobre o aumento de casos. As equipes médicas e de enfermagem também foram dobradas. Por enquanto, a atuação será exclusiva do município.
“A única coisa que solicitamos para a Superintendência Regional de Saúde (SRS) foi o fornecimento de medicação para tratamento dos casos graves de gripe”, destaca o secretário.
A cidade ainda tem os medicamentos em estoque e nova remessa deverá ser enviada até o dia 20 de janeiro. Também serão adquiridos testes de RT-PCR para influenza.
Atendimentos
A média diária de atendimento aumentou 36,58%, comparando-se a semana do dia 20 de dezembro com a do dia 27 do mesmo mês. O maior pico foi no dia 27, com 196 pacientes atendidos no ginásio Vicentão, unidade referência no município – número 300% maior que o registrado no dia de menor atendimento da semana anterior, na véspera do Natal.
“Entramos em um novo platô, houve aumento de casos confirmados de COVID-19. Os que não são confirmados achamos que é influenza, mas não há como afirmar no momento se é H3N2, se é a nova variante Ômicron”, explica o secretário. O município aguarda o recebimento de testes.
Formiga não registrou nenhuma morte por COVID-19 em dezembro – foram 355 notificações da doença e 33 confirmações, segundo o boletim mais recente, divulgado nessa terça-feira (4/1).
A Prefeitura de Arcos divulgou, na tarde desta quinta-feira (6), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a confirmação do primeiro caso suspeito de infecção simultânea por influenza e Covid-19. O paciente é um homem de 30 anos que esteve em viagem à Guarapari, no Espírito Santo, no final de 2021. O Executivo divulgou um vídeo com orientações.
De acordo com a secretaria municipal, ele recebeu a vacina contra o novo coronavírus, porém não está vacinado contra Influenza. Ele está em isolamento domiciliar, com sintomas leves de gripe. A infecção simultânea foi apelidada de "Flurona"
O g1 fez contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e a pasta informou em nota que não há nenhum caso confirmado de coinfecção por Covid-19 e Influenza em Minas Gerais, até o momento. A SES-MG informou ainda que há seis casos suspeitos em investigação. Detalhes das notificações em investigação serão divulgados oportunamente, caso estas sejam confirmadas.
A pasta ressaltou a importância de manter os protocolos sanitários tanto para Covid-19 quanto para influenza: lavagem constante das mãos, uso de máscara, distanciamento social e vacinação.
Segundo o município, o boletim epidemiológico desta quinta-feira (6) apontou que os casos de Covid-19 chegaram a 6.503, sendo mais de 117 nos últimos três dias, depois de passar por um período sem casos diários.
Influenza em Arcos
Sobre os casos de Influenza, após análise dos dados de atendimento no Ambulatório Covid-19, na cidade foi identificado um aumento de 185% na procura do serviço - comparativo da 1ª e 3ª semana do mês de dezembro. E na última semana do ano de 2021 foram identificados três casos positivos para 'Influenza A' na cidade.
Flurona
A chamada dupla contaminação é constatada quando os dois testes – para gripe e para Covid-19 – dão positivo. Ela foi apelidada de "flurona" (união dos termos "flu", de influenza, com "rona" de coronavírus) na imprensa internacional, mas o termo não designa um novo tipo de doença, apenas uma forma simplificada de se referir à ocorrência simultânea de contaminações.
O Carnaval não deve ser realizado em Minas Gerais em função do espalhamento da variante do coronavírus, a ômicron. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (6).
“Neste momento, nem podemos pensar em Carnaval. Não vamos incentivar nenhuma aglomeração”, afirmou o secretário destacando como justificativa a alta transmissibilidade da nova variante do coronavírus, responsável pela Covid-19.
“Estamos muito mais preocupados em segurar essa pandemia. Essa ômicron é vista como uma adaptação do vírus. Lembrando que o vírus não quer matar seu hospedeiro para sobreviver. Ou seja, a menor letalidade do vírus é uma evolução do vírus. Por isso, temos que ter cuidado em continuar usando máscara”, falou o secretário.
Uso de máscara continua sendo obrigatório
Também em relação à nova variante, o secretário disse que não há previsão para que o uso de máscara deixe de ser obrigatório no Estado.
“Não existe previsão da retirada de máscara, porque a ômicron transmite muito rapidamente. Mesmo a ômicron gerando menor internação, ela gera internação. Não podemos deixar isso acontecer, e a máscara continua obrigatória”, destacou.