Fábio Willians

Aproximadamente 300 veículos novos da Secretaria Estadual da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), entre eles ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), estão parados em cinco garagens em 

Belo Horizonte. Comprados na gestão do ex- governador Fernando Pimentel (PT), parte desses automóveis está há pelo menos sete meses acumulando poeira em pátios. Para apurar o motivo de esses carros não terem sido distribuídos para cidades e consórcios, o Estado instaurou uma sindicância.

A reportagem visitou nessa terça-feira dois lugares na capital mineira onde parte desses carros está esquecida. Esses endereços vieram à tona após o deputado estadual Cleitinho Azevedo (PPS) gravar vídeos denunciando o
abandono. As duas publicações tinham até ontem, juntas, cerca de 1,5 milhão de visualizações. O que mais chama atenção é um galpão no bairro Cachoeirinha, na região Noroeste, onde estão estacionados 87 micro-ônibus 0
km.
Em outro pátio do Executivo, localizado no bairro Gameleira, região Oeste, haviam 19 carros da Secretaria da Saúde (SES), sendo 12 deles ambulâncias pequenas, uma picape e seis veículos de passeio. Todos ainda com plásticos nos bancos e sem emplacamento.
"São veículos 0 km abandonados em lugares que não estão cobertos, na chuva e no sol. Isso é o mau uso do dinheiro público. Com o vídeo, a gente mostra para a população o que um requerimento não consegue mostrar. Então, isso pressiona o poder público e, a partir disso, começam a chegar mais denúncias”, explicou Cleitinho Azevedo. O deputado ainda cobrou explicações da SES, por meio de requerimento, e espera resposta.
O assessor estratégico da secretaria, Bernardo Ramos, conta que em um dos endereços há 59 caminhonetes Mitsubishi L200 compradas para atender as equipes de combate à dengue. Segundo ele, foi descoberto que os carros estão parados por  problemas em licitação para instalar o fumacê.
Questionado sobre o valor total empenhado pela gestão de Pimentel para a compra desses 300 veículos, Ramos afirmou que ainda não é possível estimar, mas exemplificou que, se for levado em conta que o valor médio do modelo da picape é de R$ 100 mil, o poder público já teria desembolsado R$ 6 milhões com 20% da frota total desses automóveis parados.

Motivos

Ramos explica que a sindicância foi aberta na segunda semana de governo de Romeu Zema (Novo), após prefeitos e consórcios de saúde procurarem o Estado no dia 3 de janeiro para reivindicar veículos prometidos a eles pela gestão de Pimentel. Em alguns casos, duas cidades apresentaram o mesmo número de chassi.
Além disso, alguns teriam sido entregues no “apagar das luzes”, entre 29 e 31 de dezembro.
Ramos detalha que o processo, conduzido pela Subsecretaria de Inovação e Logística em Saúde, está em fase final de apuração do processo de compra, de liquidação e de entrega (que pode ou não ter ocorrido) no período eleitoral e no final de 2018. Agora, deve-se iniciar a análise dos critérios de distribuição que, se forem técnicos, vão ser mantidos. A expectativa é finalizar a sindicância neste mês para entregar os carros em março.
"Queremos resolver isso o quanto antes porque o governo não tem interesse de ficar com nenhum carro na garagem gerando custo de manutenção, enquanto eles deveriam estar com quem precisa: municípios, cidadãos e consórcios”, disse. Ainda segundo ele, se constatada ilegalidade, os responsáveis vão responder.

Ex-secretário culpa montadora

O ex-secretário de Saúde da gestão de Fernando Pimentel (PT), Nalton Moreira, que esteve à frente da pasta entre fevereiro e dezembro do ano passado, disse que a situação dos veículos estão parados, em especial os micro-ônibus, em razão de um atraso na entrega por parte da montadora.
“Os micro-ônibus foram entregues no final do ano. Quando compramos, a Mercedes ia entregar antes da eleição, mas quando chegaram com o protótipo, as dimensões internas estavam menores do que na licitação. Aí foram produzir nas normas corretas, o que demorou e entregou entre o final de novembro e o início de dezembro”, disse Moreira.
Segundo ele, quando o governo recebeu os veículos, foram feitas algumas doações.
“Alguns micro-ônibus foram entregues, outros não deram tempo. Aí, agora, os que não conseguimos doar, o pessoal do governo do Zema está analisando essas novas entregas”, afirmou.
A destinação dos veículos era o transporte de pacientes para tratamento fora da residência, além de cidades com baixo IDH que seriam beneficiadas com os microônibus. Já sobre as ambulâncias, o ex-secretário disse que algumas não foram doadas por estratégia para caso houvesse uma “catástrofe em algum lugar”. (Com Lucas Henrique Gomes)

SÃO PAULO - O documento único, que propõe o uso do CPF como uma espécie de número geral para o cidadão, está perto de ser aprovado. O presidente Jair Bolsonaro vai assinar o decreto que autoriza a utilização do
documento muito em breve.
A proposta foi elaborada pelo Ministério da Economia e pela Controladoria-Geral da União (CGU) e passa por ajustes nais no Palácio do Planalto.

"O objetivo é o Governo enxergar o cidadão com um único cadastro. Todos os sistemas de atendimento terão campo de CPF. É o único número que o cidadão precisará decorar. Hoje se você vai ao Detran sem o número da sua CNH você não é atendido, com o documento único será possível", disse o Secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Salin Monteiro.
De acordo com ele, a previsão é que seja publicada ainda esta semana no “Diário Ocial da União” e no dia seguinte já o documento único já passa a valer. A partir disso, os órgãos tem três meses para fazer os ajustes no procedimento de atendimento e sistema e depois mais nove meses para alterar as bases de dados para as os cidadãos já cadastrados em seus respectivos sistemas.

A ideia é que o documento simplique o atendimento do cidadão na estrutura federal e na prática, o número geral poderá substituir o título de eleitor, CPF, RG, carteira de trabalho, registro do Pis-Pasep e Cadastro Único. A carteira nacional de habilitação (CNH) e passaporte cam de fora porque são passíveis de apreensão. O documento ficará disponível também em formato digital.
O decreto não vai eliminar todos os outros documentos que são utilizados hoje e não dispensará o uso de documentos para situações especícas previstas em lei - como a CNH, que deverá estar com o motorista ou o cartão do Bolsa Família que será exigido como é atualmente.
Monteiro explicou ainda que o documento único diz respeito a uma unicação da base de dados e o decreto vale apenas para o Poder Executivo Federal. "Não é um novo documento e complementa o Documento Nacional de Identidade [DNI] que sairá mais para frente. A inclusão do CPF nas bases federais é uma etapa para a implementação do DNI", afirma.

A conta do presidente Jair Bolsonaro na rede Twitter publicou neste sábado, 9, nota dizendo que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciará a ampliação da validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o fim da obrigatoriedade de aulas com simuladores, exigidas desde janeiro de 2017. Na postagem, o texto diz ainda que "medidas que afetam os caminhoneiros serão extintas ou revistas" e "revisões na questão do emplacamento".

O texto diz ainda que "o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) emite cerca de 100 resoluções/ano atrapalhando a vida de quem transporta no Brasil".

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro citou que iria aumentar de cinco para dez anos o prazo de validade da CNH, que passará por um processo de substituição em 2022, quando um novo modelo do documento, com chip, será adotado.

O Contran e o Departamento Nacional do Trânsito (Denatran) eram vinculados ao Ministério das Cidades, que foi extinto e teve suas funções assumidas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Entretanto, esses dois órgãos foram para a pasta da Infraestrutura.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, também postada pelo presidente, o ministro Freitas afirmou conhecer piloto da Força Aérea que não precisou passar por simulador para exercer sua profissão. "Vão dizer que é importante... coisa nenhuma. Isso é para vender hardware e software", diz a reportagem.

A Prefeitura de Bambuí convoca a população a participar do mutirão da limpeza, uma parceria para deixar a cidade e as casas mais limpas e sem os criadouros de insetos, aracnídeos, répteis e moluscos. Sem estes animais nos quintais e ruas a cidade vai ficar livre de doenças como a Dengue.
O mês de fevereiro foi escolhido para o Mutirão da Limpeza na cidade por ser o verão um período de risco de contaminação de várias doenças causadas por mosquitos, escorpiões e caramujos.
O Mutirão da Limpeza concentrará as ações de recolhimento dos entulhos nas sextas-feiras e sábados deste mês, nos dias 15 e 16 e 22 e 23. Os caminhões da Prefeitura vão percorrer os bairros para recolher o entulho.
A cada semana a Prefeitura colocará caçambas em alguns bairros para que os moradores possam colocar os entulhos retirados das residências. As caçambas ficarão de segunda-feira a sábado. Confira os locais:

15/02/2019
Bairro: Açudes
Caçamba: 11 a 16 de fevereiro
LOCAL: PRAÇA TANCREDO NEVES, (AÇUDES) 

15/02/2019
Bairro: Nossa Senhora das Graças
Caçamba: 11 a 16 de fevereiro
LOCAL: RUA LINDOLFO CHAVES, (PRÓXIMO AO BAR DO ITAMAR) – (NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS)

16/02/2019
Bairro: Centenário
Caçamba: 11 a 16 de fevereiro
LOCAL: AVENIDA JORGE HABIB, (PRÓXIMO A RECICLAGEM DO GILBRAN) - (CENTENÁRIO)

16/02/2019
Bairro: Nossa Senhora de Fátima
Caçamba:11 a 16 de fevereiroLOCAL: RUA AMAZONAS, (PRÓXIMO AO POSTO BAMBUÍ - (NOSSA SENHORA DE FÁTIMA)

Entre os dias 11 e 22 de fevereiro de 2019, das 12h às 17h, no fórum da comarca, estarão abertas as inscrições da seleção pública de estagiários de pós-graduação em direito da comarca de Bambuí.

A prova será realizada no dia 1 de março de 2019, das 09h às 12h, no salão do júri do fórum da comarca.

Confira o edital:

http://www.tjmg.jus.br/data/files/CB/E0/74/CC/91DD861069BBCD86A04E08A8/Comarca%20de%20Bambui%20-%20Edital%2001-2019%20-%20pos-graduacao.pdf

O jornalista, apresentador e radialista Ricardo Eugênio Boechat morreu no início da tarde desta segunda-feira (11), aos 66 anos, em São Paulo.

O jornalista estava em helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, e bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via. O piloto também morreu no acidente.

Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e colunista da revista IstoÉ. Ele também trabalhou nos jornais “O Globo”, “O Dia”, “O Estado de S. Paulo” e “Jornal do Brasil” e foi comentarista no Bom Dia Brasil, da TV Globo. Ele ganhou três vezes o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo brasileiro (leia mais abaixo).

Boechat estava dando uma palestra em Campinas, no interior do estado, e retornava a São Paulo nesta segunda, de acordo com jornalistas da TV Band.

O jornalista da TV Band, José Luiz Datena, anunciou a morte do colega às 13h51 durante programação da emissora.

"Com profundo pesar, desses quase 50 anos de jornalismo, cabe a mim informar a vocês que o jornalista, amigo, pai de família, companheiro, que na última quarta, que eu vim aqui apresentar o jornal, me deu um beijo no rosto, fingido que ia cochichar alguma coisa, e, no fim, brincalhão como ele era, falou: “É, bocão, eu só queria te dar um beijo". Queria informar aos senhores que o maior âncora da televisão brasileira, o Ricardo Boechat, morreu hoje num acidente de helicóptero, no Rodoanel, aqui em São Paulo. Ele foi a Campinas fazer uma palestra e o helicóptero que ele estava não chegou ao seu destino, que era o heliporto da Band. Ele caiu no Rodoanel e bateu num caminhão e as pessoas, segundo informações iniciais, teriam morrido na hora".

Acidente
O chamado de socorro foi feito às 12h14. A queda ocorreu perto do quilômetro 7 do Rodoanel, sentido Castelo Branco. De acordo com a CCR Rodoanel Oeste, que administra o Rodoanel, houve uma terceira vítima com ferimentos, o motorista do caminhão.

Segundo informações iniciais, o helicóptero era do hangar Sales, no Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista, que ficou destelhado após um vendaval nas últimas semanas.

Foram enviadas ao menos 11 viaturas para o local. A Polícia Rodoviária Estadual informou que a alça de acesso do Rodoanel à Rodovia Anhanguera precisou ser interditada. Já a rodovia não teve bloqueio.

Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), começaram a investigação, que chamam de "ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-HPG".

A ação inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos. Segundo nota, a investigação realizada pelo CENIPA tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.

Carreira
Filho de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. O pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores na Argentina.

Ao longo de uma carreira iniciada na década de 1970, esteve jornais como “O Globo”, “O Estado de S. Paulo”, “Jornal do Brasil” e “O Dia”. Na década de 1990, teve uma coluna diária no “Bom Dia Brasil”, na TV Globo.

O perfil de Boechat no site da Band News FM informa que ele era o recordista de vitórias no Prêmio Comunique-se – e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV). Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado. Boechat lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua história” (DBA).

Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado. Boechat lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua história” (DBA).