O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou na noite desta quinta-feira (11) que afastou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Medida foi tomada após fura-fila na vacinação, por conta de sua própria imunização contra a Covid-19 e de mais 805 servidores da pasta.
"Comunico o afastamento do Dr. Carlos Eduardo da Secretaria Estadual de Saúde. Agradeço o trabalho que realizou à frente da secretaria, em especial no combate à pandemia e na gestão para a futura retomada das obras dos Hospitais Regionais no Estado", escreveu o governador em suas redes sociais.
"Minas Gerais tem um dos melhores resultados no enfrentamento ao coronavírus graças à responsabilidade da gestão. Seguiremos atuando com eficiência e transparência para que a vacina chegue logo a todos o mineiros", completou Zema.
Entenda
Após surgimento de informações de que funcionários da Secretaria de Estado de Saúde haviam sido imunizados e mal-estar dentro do governo por causa disso, Amaral afirmou que 806 servidores tomaram a dose da vacina, inclusive ele. No entanto, de acordo com o secretário, tudo foi feito conforme as regras.
"Toda operação feita foi dentro da legalidade estrita, seguindo as orientações do Ministério da Saúde. Ou seja, estamos dentro do Plano Nacional de Imunização, fizemos deliberações vinculadas a esse plano na esfera máxima de controle", afirmou.
O secretário também disse durante a tarde que a possibilidade sobre sua demissão não havia sequer sido cogitada. "Isso não foi cogitado em momento nenhum até agora", afirmou, de forma taxativa.
O que teria agravado ainda mais a situação foi a pressão por parte do Legislativo. Nesta quinta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu um inquérito nesta semana para apurar eventuais irregularidades. Conforme a promotora de Justiça Josely Ramos, "o objetivo da investigação é apurar a vacinação de servidores de órgãos da Administração Direta e Indireta pela Secretaria de Estado de Saúde, pois as vacinas foram encaminhadas, como sempre, para os municípios. A exceção foi o encaminhamento para a Fhemig e Funed, duas fundações vinculadas ao sistema estadual de saúde".
“Chegamos ao momento mais crítico da pandemia”, em tom de desolação, o prefeito Claudenir José de Melo-Professor Baiano se referiu aos participantes do Comitê Municipal de Enfrentamento da Covid-19, na tarde desta quinta-feira (11), diante da necessária medida de se fechar a cidade. A reunião dos integrantes aconteceu na Casa de Cultura.
Em comum acordo, os membros definiram que fechar a cidade neste momento é essencial. O fechamento será até as 00h do dia 19, podendo ser prorrogado. A Lei Seca permanece em virgor, sem interrupção.
Só hoje foram confirmados 75 casos. Nesta semana, em menos de 24h, o município registrou três mortes.
O médico Antônio Carlos Silva, diretor clínico do Hospital São José, informa o quão preocupante são os números da cidade até agora:
- São 69 pacientes de Arcos internados em outras cidades
- De sábado até hoje, às 11h, o Hospital de Campanha já prestou 600 atendimentos
“A cidade está muito contaminada. Não adianta falar que não tem o vírus no comércio. Até porque tem muita gente assintomática, circulando por aí, e indo ao comércio”, explica Dr. Antônio Carlos. O médico defende que o lockdown é uma medida extremamente necessária.“É lógico que ampliar o atendimento médico é importante; é lógico que a vacina é importante; só que o remédio que temos de imediato é tirar as pessoas um pouco de circulação”.
Membro do Comitê, o capitão da Polícia Militar, César Henrique Bittencourt, defende a iniciativa do fechamento da cidade. “Foi feito todo o possível para postergar este momento, mas agora, é uma questão de saúde pública”.
Confira as medidas que vão constar no decreto, que será publicado nesta sexta-feira (12)
- Toque de recolher: será a partir das 20h às 5h
- Só poderá funcionar o comércio essencial
* São considerados serviços essenciais: Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery); Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.); Bancos; Transporte Público (deslocamento para atividades essenciais); Energia, Gás, Petróleo, Combustíveis e derivados; Manutenção de equipamentos e veículos; Construção civil; Lavanderias; Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação; Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc).
- Escolas: as aulas serão on-line; suspensa presencial de 13 a 19
- Igrejas: poderão funcionar com 20% da capacidade, mas o Comitê recomenda que elas não tenham atividades neste período
- Estão proibidas reuniões com mais de 10 pessoas
- Serviço de delivery até as 22h; disque-busque até as 20h
- Excursões continuam proibidas
As medidas de fiscalização vão ser intensificadas, inclusive, com barreiras sanitárias itinerantes instaladas em pontos estratégicos da cidade.
O vice-prefeito de Arcos e médico, Dr. Sérgio Vilela, explica que estas medidas de contingência não surtirão efeitos imediatos. “É importante que as pessoas saibam que nós só vamos ver os resultados daqui a 3 semanas. Precisamos ter paciência e a colaboração de todos”.
Até 11/03/2021, a situação com relação ao COVID - 19 em Bambuí é a seguinte, conforme informado pelo Comitê de Crise de Combate ao Coronavírus, Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Saúde e Hospital N. Sra. Brasil.
570 casos confirmados, 06 óbitos, 102 em acompanhamento, 06 internados, 462 curados.
A Prefeitura de Bambuí, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, alerta aos idosos e profissionais para tomarem a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Muitos que já tomaram a primeira dose precisam receber a segunda dose para ficarem imunes a este vírus.
Portanto, estas pessoas devem procurar a sua UBS para a imunização. A Secretaria de Saúde lembra que ao tomarem a primeira dose já é feito o agendamento para a segunda aplicação da vacina.
Bambuí está recebendo as vacinas e é importante que sejam aplicadas as duas doses para a imunização.
Faça a sua parte.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira, 10, um projeto de lei que permite a compra de vacinas contra a Covid-19 por parte dos Estados, municípios e setor privado caso a União não adquira doses suficientes para grupos prioritários previstos no Plano Nacional de Imunização. “O Brasil está fazendo a sua parte. O governo federal tem mostrado o seu trabalho. Já foram entregues vacinas para 100% dos idosos acima de 85 anos de idade, entre eles, a minha mãe, com 93 anos. Até o final do ano, teremos mais de 400 milhões de doses disponíveis aos brasileiros”, prometeu Bolsonaro. Em discurso, ele lembrou da importância do auxílio emergencial e dos acordos com fabricantes de vacinas como a AstraZeneca. O presidente também falou mais uma vez sobre o coquetel de remédios ofertado como “tratamento imediato” para a doença – nenhum deles com eficácia comprovada – e pediu que o povo brasileiro confie no Ministério da Saúde e na Anvisa.
“É importante que não possamos nunca deixar de compreender a necessidade da produção nacional. Sem a produção da Fiocruz e do Butantan, nós, hoje, praticamente não teríamos vacinado ninguém”, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Segundo o general, o país tem “incertezas” em relação ao recebimento de doses internacionais e por isso as deixa de lado na hora de informar ao público brasileiro sobre os imunizantes a serem aplicados. Dentro do ministério, apurou a Jovem Pan, auxiliares de Pazuello defendiam que os contratos com as farmacêuticas fossem assinados após a sanção do projeto de lei que, entre outros pontos, permite que União, Estados e municípios adquiram vacinas e assumam os riscos referentes à responsabilidade civil em relação a possíveis eventos adversos decorrentes da vacinação – integrantes do governo defendiam que era necessário haver a regulamentação do tema. Por isso, cresce a expectativa para que os compromissos com a Pfizer e a Janssen, por exemplo, sejam assinados nos próximos dias.
O autor do projeto, hoje presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o PL foi concebido em cooperação entre o governo e a oposição em prol do país. “Ele representa basicamente um marco de uma segurança jurídica para a União poder contratar, com laboratórios e indústrias farmacêuticas, assumindo riscos inerentes a efeitos adversos da vacina. Algo importante para a segurança jurídica do gestor, para poder avançarmos no aumento da escala da vacina. Mas, além disso, a possibilidade de se implantar no Brasil, através de um marco legal, a possibilidade da iniciativa privada, pessoas jurídicas de direito privado, não competirem com o poder público, mas poderem auxiliar e ajudar o Estado brasileiro na aquisição de vacinas”, afirmou Pacheco, que agradeceu ao presidente e considerou a assinatura como “uma etapa a mais” para o enfrentamento da pandemia.
Como funcionará a compra privada das vacinas?
O projeto de lei assinado nesta quarta-feira permite que pessoas jurídicas de direito privado (como associações, sociedades e fundações) comprem aquelas vacinas que tenham autorização temporária para uso emergencial no país, doando-as integralmente à rede pública de saúde. De acordo com o texto, depois que os grupos prioritários presentes do Plano Nacional de Realização da Vacinação contra a Covid-19 forem imunizados, essas associações poderão distribuir e administrar metade das vacinas que comprarem, doando o resto delas para o SUS para que elas sejam utilizadas de forma gratuita.
Um acidente envolvendo três veículos deixou um motorista ferido na manhã desta quarta-feira (10) na BR-354, em Iguatama. O acidente aconteceu por volta das 07h, na altura do KM 446.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMR), o acidente envolveu uma caminhonete Saveiro com placas de Bambuí, um Fiat/Palio e um caminhão.
Conforme a PMR, a caminhonete seguia no sentido Iguatama/Bambuí, quando ao tentar realizar uma ultrapassagem em local permitido, deparou com outro veículo que seguia no sentido contrário, e ao tentar voltar para sua mão de direção o veículo colidiu na traseira de um caminhão, rodou na pista e atingiu um Palio que seguia no mesmo sentido.
Com o impacto o motorista da caminhonete, que é da cidade de Bambuí, ficou ferido e foi levado para o Hospital de Iguatama.
Os outros motoristas envolvidos no acidente não se feriram. O trânsito ficou lento no local até a retirada dos veículos.