Escrito por Fábio Willians
Sexta, 09 Julho 2021 19:32
O governo de Minas Gerais autorizou a volta ao trabalho presencial "seguro e gradual" em órgãos, autarquias e fundações do poder Executivo. A determinação foi publicada no Diário Oficial do Estado e passa a valer a partir desta sexta-feira (9). O texto estabelece regras de prevenção à Covid-19 como o distanciamento previsto no plano Minas Consciente para cada uma das ondas do programa.
O Sindpúblicos-MG contesta a capacidade das instalações do serviço público de atender às normas de prevenção a ponto de garantir a segurança dos servidores e do público. O sindicato entende que a volta ao regime presencial deveria acontecer após a vacinação do público maior de 18 anos.
O Comitê Extraordinário Covid-19 do governo prevê que os dirigentes de cada órgão devem definir o percentual de funcionários que irão trabalhar em regime presencial, podendo revezar com os funcionários em regime remoto.
Os servidores em regime presencial devem ser preferencialmente aqueles que já se vacinaram contra o coronavírus, segundo o texto assinado pelo secretário de Saúde, Fábio Bacheretti.
Contestação.
O diretor educacional do Sindpúblicos-MG, Eduardo Sérgio Coelho, defende que o retorno dos servidores ao trabalho presencial deveria acontecer após a vacinação da população adulta.
"A prudência e o bom senso nos leva, por parte do Sindpúblicos, a reivindicar que esse tipo de retorno, que deveria se dar a partir de outubro, já que o calendário de vacinação prevê que em setembro haveria vacinação de 18 a 24 anos. O servidor que vai voltar para o trabalho presencial teria que tomar as duas doses ou a vacina de dose única. Nós pedimos ao governo para que seja implantado o trabalho híbrido", diz.
Outra crítica feita pelo diretor sindical é em relação ao espaço físico dos órgãos e autarquias do Estado.
"Os servidores deveriam ser testados antes de entrar no local de trabalho. Pode ter um servidor que está com Covid e pode espalhar o vírus no ambiente mesmo com o distanciamento, porque tem autarquias e órgãos que não tem a menor estrutura física para se fazer o distanciamento", afirma.
A reportagem questionou o governo de Minas sobre as contestações do sindicato e aguarda resposta.
FONTE: O Tempo
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