Escrito por Fábio Willians
Terça, 15 Fevereiro 2022 18:49
As concessões rodoviárias das estradas estaduais têm potencial para gerar cerca de R$ 13 bilhões em investimentos ao longo dos próximos 30 anos, que é o prazo previsto para a duração dos contratos. A expectativa é que a maior parte desses recursos sejam investidos nos primeiros anos. Em torno de 100 municípios mineiros, somando cerca de 5 milhões de habitantes, devem ser impactados com as concessões.
As informações foram passadas nesta manhã, durante audiência pública da Comissão Extraordinária das Privatizações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), pela chefe do Núcleo de Estruturação de Projetos da Coordenadoria Especial de Concessões e Parcerias da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Fernanda Alen Gonçalves da Silva.
Ela detalhou que o programa conta com sete lotes e mais de 3 mil km envolvidos. São eles:
Lote 1 - Triângulo mineiro, o maior de todos;
Lote 2 - Sul de Minas;
Lote 3 - Varginha-Furnas;
Lote 4 - São João Del Rei;
Lote 5 - Itapecerica- Lagoa da Prata;
Lote 6 - Arcos-Patos de Minas;
e Lote 7 - Ouro Preto
Os editais dos dois primeiros lotes já foram publicados. Os outros devem ser publicados ainda no primeiro trimestre de 2022, conforme informou a gestora.
A expectativa, de acordo com Fernanda Alen, é que o leilão referente ao Triângulo seja realizado em 18 de março. Já o do Sul de Minas deve ocorrer em 12 de abril. A assinatura dos dois contratos deve ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano.
A gestora enfatizou dificuldades em investir e manter as estradas do Estado. “Minas tem a maior malha rodoviária do País. Seriam necessários recursos volumosos para manter e investir em tudo isso. Contudo, a crise fiscal tem reduzido a capacidade de investimento. Logo, a malha rodoviária vem piorando ao longo dos anos”, comentou.
Ela citou pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) que mostra que Minas foi, no último ano, líder em ranking de acidentes e mortes em rodovias, o que decorre, em sua opinião, da dificuldade de se investir e conservar as estradas que cortam o Estado.
Segundo Fernanda Alen, atualmente, são 1.654 acidentes por ano ao longo dos trechos incluídos no programa. “Esses acidentes geram um custo estimado de R$ 535 milhões anualmente à população em termos de perda de produção das pessoas ao longo da vida, gastos com saúde e gastos materiais.
Em sua opinião, o modelo de concessões é uma alternativa para fazer frente a isso. “Promover investimentos de forma linear é importante para a melhoria viária e para a redução de acidentes”, falou.
Ela disse que, desde 2000, São Paulo investe em modelo de delegação e concessão, sendo o estado com a maior malha concedida, e tem obtido sucesso.
FONTE: hojeemdia.com.br
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