Fábio Willians

Diante do avanço do novo coronavírus, representantes do Ministério da Saúde discutem a possibilidade de apresentar proposta para que escolas adiantem o período de férias de dezembro para os meses de inverno.

Outra sugestão em análise é que o período de férias de julho seja ampliado, evitando aglomerações no período em que há mais casos de gripe e resfriados e, agora, de alerta para o novo coronavírus.

A medida, porém, não seria obrigatória, nem seria recomendada a todo o país –a ideia é avaliar a possibilidade de fazer a sugestão a cidades que tiverem maior número de casos de covid-19, por exemplo, a depender de análise do cenário nos próximos meses.

A proposta faz parte de uma lista de ações em estudo do que membros do ministério chamam de medidas não farmacológicas que poderiam ser aplicadas contra o vírus.

Trata-se de ações para tentar reduzir a possibilidade de transmissão em um possível cenário de forte aumento de casos.

Até o momento, o país tem 34 casos confirmados de covid-19 –desses, 29 são importados, de pacientes que viajaram a outros países, e cinco de transmissão local, quando a infecção ocorre pelo contato com casos confirmados. Não há evidências de transmissão sustentada do vírus, ainda restrita a pequenos grupos.

Ainda assim, o aumento de casos em outros países têm elevado o alerta no Brasil –daí planejamento de possíveis recomendações.
Entre as alternativas em análise estão sugerir a empresas que concedam atestado virtual a funcionários doentes e que pessoas com doenças crônicas adiantem prescrições médicas e obtenção de remédios, evitando ir a unidades de saúde.

Há também ações mais simples, como recomendar que empresas de transporte público reforcem a limpeza nos intervalos entre trajetos.

Nos últimos dias, a pasta enviou a secretários de saúde estaduais versão preliminar de espécie de caderno de instruções contra o coronavírus para que façam sugestões.

A ideia é chegar a uma versão final do documento que possa ser distribuída à população. O texto, no formato de um manual, traz recomendações para que as pessoas avaliem deixar de lado saudações como aperto de mão, beijos e abraços e adotem medidas básicas de prevenção, como lavar as mãos com frequência.

Também cita ações que pessoas poderiam adotar em caso de transmissão do coronavírus na comunidade ou região onde vivem, como evitar fazer compras e pegar transporte público em horário de pico.

Há um capítulo dedicado apenas a orientações para isolamento domiciliar. Uma delas é de que o paciente fique em locais separados das demais pessoas. Também deve ficar de máscara, além de evitar compartilhar banheiros e itens domésticos.

Outra medida em análise é recomendar que organizadores de eventos de massa considerem a possibilidade de adiá-los em caso de surto –o que não ocorre agora.

Questionados pela reportagem, membros da pasta dizem que o texto é preliminar e passa por mudanças. A previsão é que a versão final esteja pronta até a próxima semana.

Secretários de saúde, no entanto, têm pedido atenção ao momento em que as medidas devem ser divulgadas. O temor é que isso leve as pessoas a adotarem medidas restritivas sem necessidade.

A avaliação é de que o Brasil ainda está longe do cenário de outros países, como a Itália.

Nos últimos dias, o Ministério da Saúde tem frisado que ainda não há respostas claras sobre como será o comportamento do vírus no Brasil.

A avaliação dentro da pasta, porém, é que há necessidade de aumentar a preparação para o inverno.

Segundo a reportagem apurou, parte das recomendações hoje analisadas pelo ministério tem inspiração em modelo de outros países, como o Canadá.

A discussão ocorre em momento em que crescem os pedidos para que o ministério dê orientações precisas sobre quais medidas devem ser adotadas por escolas e empresas.

Nos últimos dias, representantes da pasta têm se posicionado contra o fechamento de escolas. Já se houver um caso confirmado no local, a pasta tem recomendado que medidas sejam avaliadas com secretarias de saúde –entre as ações possíveis estão desinfecção e monitoramento de contatos, sem necessidade de fechamento por longo período.

Nesta terça, questionado sobre o tema, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse não ver necessidade de fechamento de escolas, mas não descartou uma nova recomendação no futuro.

"Hoje não existe nenhuma determinação sobre isso. Isso vai se manter por muito tempo? Não sabemos."

Para ele, uma das alternativas que podem ser avaliadas é isolar apenas parte da instituição. "Pode ser que não seja necessário o fechamento de uma escola total. Em uma sala de aula onde tem um aluno com coronavírus, por exemplo, é plausível que seja sugerido que não compareça na escola por determinado período. Isso não vai exigir o fechamento da escola como um todo, porque aconteceu um só caso dentro de uma sala de aula. E se acontecer com um grande número de crianças? Vai ter que ser analisado caso a caso."

Questionado sobre eventos como os protestos marcados para 15 de março, Gabbardo nega que haja orientações neste momento sobre eventos ao ar livre. Por outro lado, há recomendações para ambientes fechados. "Não acho adequado, por exemplo, alguém gripado ir em um evento."

Ele pede que não haja pânico, já que os dados mostram cenário diferente de outros países. "Na Itália, tem justificativa. No Brasil é diferente. Não tem nenhuma motivação para que tenhamos que tomar medidas drásticas como essas. As recomendações continuam as mesmas: lavar as mãos, sugerir que as pessoas doentes evitem contato com outras pessoas, e evitar aglomerações", disse.

O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta terça-feira (10), da sessão de abertura da Conferência Internacional Brasil-Estados Unidos: um novo prisma nas relações de parceria e investimentos, organizada pelo Fórum das Américas, em Miami, EUA. Durante seu discurso, destacou que Brasil e Estados Unidos deram o primeiro passo para o acordo de livre comércio entre os dois países.

“Como conversei com o senhor Donald Trump, no último sábado, há um interesse de começarmos a discutir uma política de livre comércio entre Brasil e Estados Unidos. Isso, no meu entender, é fantástico para todos nós. Nós estamos demonstrando que queremos, sim, o livre comércio, que a livre iniciativa se faça presente nesses momentos”, disse Bolsonaro. Na saída do evento, o presidente foi questionado sobre o acordo de livre comércio. Aos jornalistas, disse que "foi dado o primeiro passo. Discutimos as questões pontuais de interesse dos norte-americanos, como etanol e carne de porco, e eu pedi para ele que deixássemos as questões pontuais e discutíssemos de forma mais ampla. Ele concordou e então as nossas assessorias irão começar a discutir um acordo comercial mais amplo", disse Bolsonaro.

A aproximação bilateral representa uma mudança nas relações EUA-Brasil e começou ao longo de 2019, quando o presidente Donald Trump recebeu Bolsonaro na Casa Branca. Esta é a quarta vez que o Bolsonaro viaja aos Estados Unidos após tomar posse.

Ainda em sua exposição ao público de empresários, o presidente destacou avanços na economia brasileira e na agenda de reformas. “Nós queremos transformar o País. Hoje em dia, somos um dos países mais difíceis ainda de se fazer negócio. Vamos simplificar tudo isso daí”, disse. “Restabeleceremos de vez a confiança do Brasil junto ao mundo. Assim sendo, eu sei que a vontade, a certeza e a garantia de os senhores em investir no Brasil serão muito fortes, para o bem dos nossos países", completou.

Durante sua visita aos Estados Unidos, entre os dias 7 e 10 de março, o líder brasileiro foi recebido em um jantar oferecido pelo presidente americano, Donald Trump; assinou acordo bilateral na área de defesa; e participou de um seminário com 300 lideranças empresariais e formadores de opinião nos EUA e no Brasil.

O último compromisso da agenda presidencial nos EUA será na tarde desta terça-feira, quando ele visitará a unidade da Embraer em Jacksonville, Flórida, onde é fabricada a aeronave Super Tucano A-29, um dos produtos de maior referência no mercado de segurança e defesa produzido pela empresa.

No Centro-Oeste de Minas, Córrego Fundo aparece com um caso suspeito da doença e Formiga tem dois.

Córrego Fundo

Em nota de esclarecimento publicada no último dia 2 de março, a Prefeitura de Córrego Fundo esclareceu que a paciente esteve na Itália e retornou à cidade no dia 28 de fevereiro apresentando sintomas gripais leves.

Segundo o coordenador epidemiológico da Prefeitura, Douglas Luís de Araújo, já foram feitos exames para confirmar ou descartar a suspeita. A paciente está em isolamento domiciliar, conforme protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde.

A secretária de Saúde de Córrego Fundo, Keli Cristina da Silva, ressaltou que não há motivos para que a população se alarme e que mantenham as medidas de prevenção. Ela destaca ainda que não houve mudança na funcionalidade dos serviços de saúde e que todas as equipes estão treinadas para o atendimento de qualquer caso suspeito.

Formiga

Na última terça-feira (3), a Santa Casa de Formiga informou que uma funcionária da unidade foi afastada por suspeita de coronavírus. Em nota publicada na data, a assessoria de comunicação da instituição a funcionária voltou recentemente da Itália e apresentou sintomas gripais. Ela está em isolamento domiciliar e a Vigilância Epidemiológica da Prefeitura foi notificada.

A nota explicou ainda que o isolamento foi uma medida de precaução até que se tenha o diagnóstico correto. Para preservar a integridade da funcionária, a unidade não pode divulgar mais dados sobre a mesma.

“A funcionária encontra-se em bom estado clínico, sem necessidade de internação e será mantida em isolamento respiratório domiciliar, sendo o acompanhamento feito pela Secretária Municipal de Saúde”, diz a nota da Santa Casa.

Em MG, 213 casos são investigados. Confira os casos suspeitos nas cidades mineiras:

Alfenas (1)
Araguari (2)
Barbacena (2)
Arcos (4)
Belo Horizonte (77)
Betim (3)
Conselheiro Lafaiete (2)
Caratinga (1)
Conselheiro Lafaiete (3)
Contagem (14)
Córrego Fundo (1)
Divinópolis (5)
Formiga (2)
Governador Valadares (1)
Ipatinga (6)
Itabira (1)
Itajubá (1)
João Monlevade (1)
Juiz de Fora (10)
Juiz de Fora (4)
Lavras (1)
Nova União (1)
Montes Claros (1)
Mutum (1)
Naque (1)
Nova Lima (4)
Ouro Preto (2)
Passos (1)
Patos de Minas (1)
Poços de Caldas (1)
Pouso Alegre (1)
Sabará (2)
Santana do Paraíso (1)
São Gotardo (1)
São João Del Rei (4)
São Sebastião do Paraíso (1)
Sete Lagoas (4)
Três Corações (4)
Uberlândia (17)
Varginha (8)
Vespasiano (1)

Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, a pasta informou que os exames para diagnosticar o coronavírus serão feitos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) em Belo Horizonte e não mais pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.

“O que nós estamos agora fazendo é de estruturar a Funed para fazer o exame aqui no estado de Minas. Os kits de exame já chegaram, para o corona, e nós vamos ter o treinamento da equipe, Provavelmente nesta semana. Provavelmente semana que vem já têm os exames feitos aqui em Minas”, disse o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.

A preocupação agora é com aproximação da temporada de frio quando aumenta o risco de transmissão para todas as doenças respiratórias. A SES-MG informou que já está se preparando para ampliar a rede de assistência aos pacientes com suspeita de coronavírus.

“O governo vem se preparando desde a notificação na China. Fizemos plano de contingência, educação da equipe técnica, treinamento, agora junto com ministério, estruturar a rede. Preparar o estado para desde número pequeno até número muito grande”, disse o secretário.

No Brasil

O Ministério da Saúde atualizou os dados sobre o coronavírus no país nesta terça-feira. Os principais números são:

893 casos suspeitos, eram 930 caso na segunda
34 casos confirmados, eram 25 no balanço anterior
780 casos descartados
5 pacientes estão hospitalizados
5 dos casos confirmados foram por transmissão local por contato próximo com pessoas que foram infectadas no exterior
Não há registro de casos de "transmissão comunitária", quando as autoridades de saúde não conseguem rastrear de onde veio a contaminação
Ao todo, são 19 casos em São Paulo, oito no Rio de Janeiro e dois na Bahia. Além disso, há um caso confirmado no Distrito Federal e nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas e Minas Gerais.

O Ministério da Saúde informou que 5 casos confirmados no país foram transmitidos internamente, ou seja, os pacientes infectados pegaram o vírus dentro do Brasil por contato próximo com pessoas infectadas no exterior. São quatro pacientes em São Paulo e um na Bahia.

Estão abertas as inscrições para os queijeiros bambuienses participarem do 1º Concurso de Qualidade do Queijo Minas Artesanal Canastra de Bambuí. O concurso será realizado no dia 03 de abril, no Cantinho do Céu como uma das atrações do 3º Festival Gastronômico da Goiaba.
As inscrições vão até o dia 16 de março e podem ser feitas na Secretaria Municipal de Agricultura. Esta é uma ótima oportunidade para os produtores de queijo de Bambuí mostrarem seus produtos e conseguirem vagas no concurso regional. Podem participar produtores cadastrados no IMA, no Serviço de Inspeção Municipal, SIM e os não cadastrados.
Os vencedores serão conhecidos na noite do Festival Gastronômico da Goiaba e receberão troféu, brinde e medalhas. O concurso de Queijo Canastra de Bambuí é uma realização da Prefeitura com a parceria da Emater.

CÚRIA DIOCESANA DE LUZ
COMUNICADO

MEDIDAS PREVENTIVAS, PARA AS CELEBRAÇÕES, ENQUANTO PERDURAR A CRISE RELATIVA AO CORONAVÍRUS:

• EVITAREMOS UNIR AS MÃOS NA ORAÇÃO DO PAI NOSSO… permanecendo unidos de coração sincero;

• EVITAREMOS DAR O ABRAÇO DA PAZ e/ou saudação com o aperto de mão… Há outras maneiras de expressar fraternidade e carinho pelo outro… basta um simples
aceno, um olhar…

• EVITAREMOS DAR A COMUNHÃO NA BOCA, acolhendo, nas mãos, o Cristo, que se dá a nós como alimento de vida eterna.

Dom José Aristeu Vieira,
Bispo Diocesano
Luz, 06/03/2020

Em Bambuí: Missa do 2º Domingo da Quaresma Santuário de N. Sra. Graças