Escrito por Fábio Willians
Quinta, 30 Janeiro 2020 10:05
Três jovens, que têm entre 18 e 20 anos, serão investigados após terem tirado fotos segurando um crânio dentro do Cemitério Municipal de Dores do Indaiá.
A Polícia Civil informou que eles estavam sob efeito de álcool e disseram que o túmulo estava violado. Um inquérito foi aberto para apurar o caso, que ocorreu no último domingo (26).
Como o local é de responsabilidade da Prefeitura, o G1 entrou em contato para saber se a Administração gostaria de se pronunciar e até a publicação desta reportagem ainda não havia retorno.
O caso
Segundo a Polícia Militar (PM), os rapazes entraram no cemitério fora do horário permitido para visitação e foram flagrados perto dos túmulos por um funcionário.
Por volta das 7h do domingo, o funcionário do Cemitério Parque Cristo Rei chegou para trabalhar e viu os três rapazes. Quando eles perceberam, pularam um dos muros, mas um deles esqueceu o celular em cima de um dos túmulos.
Os militares foram chamados e, quando seguiam para o local da ocorrência, viram os jovens e fizeram a abordagem. Os três apresentavam escoriações nas pernas e braços, possivelmente por causa da fuga. A polícia informou que durante depoimento, um deles confessou que estava no cemitério. Em seguida, eles foram detidos e encaminhados para a delegacia.
Investigação
O delegado da Polícia Civil responsável por investigar o caso, Thales Gontijo de Queiroz, informou ao G1 que no dia do crime os três foram detidos, mas que foi estipulada fiança. Um deles pagou e foi liberado. Os outros dois estão no presídio da cidade.
Os três serão investigados pelo crime de violação de túmulo e vilipêndio de cadáver - ou seja, quando ocorre algum tipo de desrespeito ao morto.
“No telefone que foi deixado para trás estavam imagens que eles haviam acabado de tirar. Cada hora um fazia pose com um crânio humano em mãos. Verificando o túmulo, ele estava violado e essa ossada humana estava do lado de fora”, contou o delegado.
Thales Gontijo também comentou que os jovens negaram que tivessem violado o túmulo e disseram que ele já estava aberto. Além disso, estavam sob efeito de álcool.
“Uma versão dita por eles, que também não acreditamos, é que estavam no cemitério para visitar familiares. Mas estavam todos sob evento de bebida alcoólica e entraram pulando o muro. Disseram também que não estavam no cemitério por causa de nenhum jogo e nenhum ritual, apenas uma brincadeira tirando fotos com esse crânio”, destacou o delegado.
Inquérito
O inquérito tem o prazo de 30 dias para ser concluído, após isso será encaminhado para a Justiça na comarca do município. De acordo com o Código Penal, o crime de vilipêndio a cadáver tem pena prevista de 1 a 3 anos prisão.
FONTE: Por Mariana Gonçalves, G1 Centro-Oeste de Minas
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