Escrito por Fábio Willians
Sexta, 07 Janeiro 2022 10:45 - Última modificação em Sexta, 07 Janeiro 2022 10:53
A chuva contínua que vem causando estragos em cidades mineiras não deve dar trégua nos próximos dias. Um temporal pode atingir 690 municípios de Minas durante esta sexta-feira. O alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas de até 100 mm e ventos de até 100 km/h. Na capital e região metropolitana, a previsão é de muita água até o próximo domingo, com possibilidade de tempestades. A tendência é de redução a partir de terça-feira.
A capital segue sob alerta de risco geológico até amanhã. A Defesa Civil recomenda atenção ao grau de saturação do solo, a sinais construtivos e cuidados com quedas de muros, deslizamentos e desabamentos. “O alerta de risco geológico se estende para praticamente todo Estado. Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas são as únicas que não estão incluídas”,disse o meteorologista Claudemir de Azevedo, do Inmet.
Estragos
Nessa quinta-feira (6), a chuva pode ter levado ao desabamento de parte de um telhado de um estacionamento, no bairro Santa Efigênia, na região Leste de BH. A estrutura caiu sobre veículos e deixou uma vítima presas às ferragens. Ela foi retirada do carro sem qualquer ferimento, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Vias também foram interditadas por risco de alagamento, como na rua Joaquim Murtinho com a avenida Prudente de Morais, no bairro Cidade Jardim, na região Centro-Sul, onde nível do córrego do Leitão ficou elevado, e na avenida Silva Lobo com Barão Homem de Melo, no bairro Alto Barroca, na região Oeste.
Somente na região Centro-Sul de BH já choveu 57% do esperado para todo mês. A média climatológica para o mês em toda cidade é de 329,1 milímetros.
Cidades alagadas e estradas fechadas
Em Abaeté, na região Central, o ribeirão Marmelada transbordou e deixou 60 pessoas desalojadas, além de outras três desabrigadas. Algumas famílias foram acolhidas pela prefeitura em uma escola, e outras estão em casas de parentes.
Em São Lourenço e Pouso, no Sul de Minas, a forte chuva derrubou árvores e barreiras, interditando rodovias e estradas rurais. Em São Lourenço, algumas casas foram inundadas. Em Pouso Alto, o ribeirão que leva o nome do município subiu cerca de 2,3 metros e invadiu a praça central da cidade.
Seis pessoas morreram, 3.166 estão desabrigadas e 13.323 ficaram desalojadas em Minas Gerais, desde o início do período chuvoso, em outubro. Dores do Indaiá, na região Centro-Oeste do Estado, é a cidade que registrou o maior volume de chuva entre as cidades mineiras que têm estação meteorológica – 242,2 milímetros.
FONTE: JOSÉ VITOR CAMILO, NATÁLIA OLIVEIRA E VITOR FÓRNEAS O TEMPO
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