Escrito por Fábio Willians
Sexta, 26 Fevereiro 2021 18:36 - Última modificação em Sexta, 26 Fevereiro 2021 18:49
As filas de carros para abastecer nos postos de Bambuí continuam aumentando na tarde desta sexta-feira (26), enquanto a greve dos caminhoneiros transportadores de combustível prossegue. Há relatos de multidões de motoristas aguardando a vez de abastecer em todas as regiões da cidade.
O movimento foi deflagrado pelo Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTanque). A categoria pede redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o preço do óleo diesel de 15% para 12%.
Desabastecimento iminente
Sindicato que representa 4,5 mil postos mineiros, o Minaspetro informou que a greve já afeta empresas em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte, além daquelas situadas em outras cidades que também realizam o carregamento nas bases próximas à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim.
De acordo com a entidade, os postos estão com dificuldade de fazer pedidos às distribuidoras e de abastecer seus caminhões próprios nas bases, já que cerca de 200 caminhões de grevistas bloqueiam o entorno da Regap.
Caso a greve permaneça nas próximas horas, avisa a Minaspetro, certamente haverá desabastecimento em grande parte dos estabelecimentos.
Entenda a greve
O SindTaque estima que 3 mil condutores aderiram ao movimento grevista. Os tanqueiros pedem que o estado reduza a alíquota do ICMS cobrada pelo estado de 15% para 12%, taxa praticada em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.
O governo de Minas argumenta que as recentes variações do combustível não são decorrentes do ICMS, mas da política de preços da Petrobrás. Por enquanto, o Executivo também descarta baixar a tarifa alegando a crise financeira enfrentada pelo estado.
"No momento, em virtude da situação financeira do estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota. A Secretaria de Fazenda esclarece ainda que o ICMS corresponde a 31% para gasolina, 16% para o etanol e 15% para o diesel, do preço total dos combustíveis", diz a nota.
Leia o texto na íntegra
“O estado reafirma seu compromisso de não promover o aumento de nenhuma alíquota de ICMS até que seja possível começar a trabalhar pela redução efetiva da carga tributária. No momento, em virtude da situação financeira do estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota.
Informamos ainda que o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) é atualizado mensalmente levando-se em consideração os preços praticados pelos postos revendedores em todas as regiões do Estado. O resultado da pesquisa realizada pela Secretaria de Fazenda é baseado nas Notas Fiscais emitidas por 4.272 postos revendedores distribuídos em 828 municípios mineiros.
Sobre a manifestação realizada ontem na Cidade Administrativa, o Governo esclarece que esteve disponível para ouvir as demandas dos tanqueiros, mas não houve pedido de reunião por parte dos manifestantes”.
FONTE: http://bambuinews.com.br
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