Escrito por Fábio Willians
Sábado, 27 Janeiro 2018 14:27
Neste sábado (27), moradores da Avenida Emanuel Dias, próximo ao quartel da PM no centro de Bambuí encontraram um mico morto na via.
Pelo que foi visto o animal estava morto há poucas horas devido seu estado.
Segundo a Secretaria de Saúde não há como determinar as causas da morte do animal devido ter sido encontrado em via pública e não na zona rural que seria caso suspeito de febre amarela (silvestre).
Dias atrás outro animal foi encontrado morto no bairro Cerrado, mas devido seu avançado estado de decomposição não foi possível fazer a análise necessária.
Atenção! Macacos não transmitem febre amarela, são vítimas.
Na verdade, os macacos, assim como os seres humanos, são vítimas da doença, que também pode matá-los, e não efetivos causadores, como muitos podem erroneamente pensar. Não há como vacinar os macacos que vivem em áreas de mata, contrariamente ao que ocorre com os humanos, que podem se vacinar.
Na verdade, no ciclo silvestre da febre amarela, os macacos são os principais hospedeiros do vírus, mas os vetores, ou seja, aqueles que carregam o vírus e o transmite, são os mosquitos com hábitos estritamente silvestres, que vivem nas matas.
Durante essa fase do ciclo, o ser humano pode se tornar um hospedeiro acidental, quando ele entra em áreas de mata e é picado pelo mosquito que carrega o vírus.
Já no ciclo urbano, ou seja, quando a febre amarela passa a acometer as pessoas, o homem é o único hospedeiro. Ou seja, uma pessoa contaminada é picada pelo mosquito Aedes aegypti (sim, ele mesmo!), que pode picar outras pessoas e assim a contaminação pode ganhar proporções enormes.
O principal reservatório é, portanto, o mosquito. O macaco se tornou apenas um hospedeiro na mata, assim como o ser humano nas cidades.
Devemos pensar em todas as espécies de macacos como guardiões, ou seja, encontrar esses animais mortos ao redor de áreas de mata pode indicar a presença do vírus na região, o que vai gerar a necessidade de campanha de vacinação das pessoas, antes que ocorram casos humanos da doença.
Portanto, a preservação dos macacos é essencial para a prevenção da febre amarela. É preciso informar a Secretaria de Saúde do seu município sempre que encontrar esses animais mortos, para que a causa dos óbitos seja investigada.
FONTE: bambuinews.com.br
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