Escrito por Fábio Willians
Sábado, 17 Março 2018 15:31 - Última modificação em Sábado, 17 Março 2018 15:50
Uma comerciante de 58 anos morreu nesta quarta-feira (14) após ser esmagada pelo elevador de um prédio, no centro de Goianira, na região central do estado. O local fica na Avenida José Antônio Ganriel e tem dois pavimentos: no térreo funcionam salas comerciais; no primeiro andar, a casa da proprietária de todo o prédio. Segundo a Polícia Civil, Valdete Casimiro locava um imóvel da mulher e estava lá para entregar documentos.
“No primeiro andar tem a residência dessa senhora. Ela instalou o elevador há sete anos, por causa de dificuldade de locomoção de alguns familiares. Ele era usado pela família e por locatários das lojas comerciais, mas não tinha uma porta própria”, explica o delegado responsável pelas investigações, Bruno Costa e Silva.
Para acessar o elevador, de acordo com o policial, visitantes precisavam interfonar para o andar de cima. Quem estivesse lá liberava eletronicamente da porta do prédio e avisava, então, que o elevador desceria – orientando que a pessoa deveria aguardar a chegada do equipamento para entrar.
“Quando chegou ao prédio, Valdete interfonou. Uma irmã da moradora atendeu o interfone e apertou o botão de abrir a porta [do prédio, que dá acesso ao elevador]. Ela disse que avisou Valdete que o elevador estava descendo, mas não sabemos o que aconteceu, se ela não escutou.”
“Ocorre que a Valdete abriu a porta e entrou, antes de o elevador terminar de descer. A porta travou, e ela e a irmã da moradora entraram o desespero. Não conseguiram abrir de novo, e a Valdete acabou sendo esmagada.”
Vítima já trabalhou em Bambuí na rede pública de ensino.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para o resgate. Cabos foram cortados na tentativa de retirar a mulher, mas a equipe disse que já a encontrou sem vida. Curiosos se aglomeraram em volta do local. O acidente aconteceu por volta de 8h30. A perícia foi realizada no local, mas o prazo para entrega dos laudos ainda não foi definido.
O delegado disse que apura se houve homicídio culposo – quando não há a intenção de matar. O Código Penal prevê pena entre um e três anos de prisão para casos do tipo.
“Estamos aguardando a conclusão do laudo para saber se o elevador estava em conformidade com as normas técnicas, se a instalação e manutenção ocorriam do jeito adequado”, disse.
“Vamos apurar também se houve alguma responsabilidade na conduta de liberar [a porta] antes da chegada do elevador no térreo”, completou Bruno.
Segundo o delegado, apenas a irmã da dona do prédio foi ouvida formalmente. Abalado, o marido de Valdete foi à delegacia para levar documentos. Bruno informou que não vai divulgar nome, idade e profissão das investigadas por enquanto.
FONTE: Por Raquel Morais, G1 GO
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