Escrito por Fábio Willians
Quinta, 21 Maio 2020 22:14
Após reunião entre os chefes dos Poderes mineiros na noite desta quinta-feira (21), o governador Romeu Zema (Novo) anunciou uma espécie de parcelamento dos duodécimos - repasses para os demais Poderes como Judiciário e o legislativo -, mas enfatizou que os duodécimos são “direito dos Poderes receberem e que ninguém tira”. Participaram do encontro o vice-governador Paulo Brant (Novo), desembargador Nelson Missias, presidente do Tribunal de Justiça, o deputado Agostinho Patrus (PV), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o procurador geral do Estado, Antônio Sérgio Tonet, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), Mauri Torres e secretários Gustavo Barbosa (Fazenda), Otto Levy (Planejamento) e Igor Eto (Governo).
Romeu Zema disse que propôs aos Poderes uma “adequação do fluxo de pagamento”. “A crise não é eterna, estamos em plena pandemia, os Poderes têm de avaliar junto às suas áreas o que pode ser feito, o que eu propus não é nenhuma redução de valor, é adequação no fluxo de pagamentos, como se pagássemos um percentual e aquilo que não paguemos, para o mês seguinte ou dois meses seguintes até que a pandemia passe o Estado tenha condição de recuperar a arrecadação”, declarou.
O governador disse, durante o pronunciamento, que só conseguiu fechar os meses de abril e maio por causa de receitas extraordinárias, como o depósito judicial da Vale no valor de R$ 1 bilhão. “Compartilhei com os Poderes a nossa preocupação com o cenário para o mês de junho, porque de acordo com os números, com a queda prevista, devemos ter uma grande dificuldade para não dizer impossibilidade de fecharmos as contas. Não haverá, como tivemos a sorte, receitas extraordinárias. Os Poderes entenderam e estão dispostos a participar, junto ao Executivo, de um esforço para que possamos passar esse período de dificuldades”, afirmou.
Romeu Zema anunciou também que Minas Gerais vai receber do governo federal, nos próximos quatro meses, R$ 748 milhões como auxílio, o que, segundo o governador, é insuficiente. “Não serão suficientes para nós cobrirmos o rombo que teremos nesses próximos meses, principalmente devido à queda da arrecadação do ICMS”, disse.
Em apelo aos demais chefes, Zema disse que “o esforço tem de ser dividido e ninguém pode pagar a conta sozinho”.
Um novo encontro entre os Poderes está agendado para o meio do mês de junho, quando será apresentado o novo cenário financeiro.
FONTE: otempo.com.br
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