Escrito por Fábio Willians
Terça, 30 Março 2021 12:32
O Brasil gerou 401.639 empregos com carteira assinada em fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (30) pelo Ministério da Economia.
Essa é a diferença entre as contratações, que somaram 1.694.604 no mês passado, e as demissões, que totalizaram 1.292.965.
De acordo com o Ministério da Economia, esse é o melhor resultado para fevereiro desde o início da série histórica, em 1992, ou seja, em 30 em anos.
Até então, o melhor resultado para meses de fevereiro, havia sido registrada em 2011, quando foram criadas 280.779 vagas formais de emprego.
O resultado positivo ocorre em meio à pandemia de Covid-19 e ao aumento no número de contaminados e de mortes provocadas pela doença, que gerar reflexos negativos na economia.
Primeiro bimestre
Nos dois primeiros meses deste ano, ainda de acordo com o Ministério da Economia, foram geradas 659.780 vagas com carteira assinada. Em igual período do ano passado, foram abertos 277.517 empregos com carteira assinada.
Esse resultado do primeiro bimestre, informou o governo, engloba declarações enviadas fora do prazo legal, em meses e anos anteriores. De acordo com a série histórica atualizada pela área econômica., este é o melhor resultado para primeiro bimestre desde 2010.
Com o resultado de fevereiro, o Brasil tinha saldo de 40.022.748 empregos com carteira assinada ao final do mês passado. Isso representa um aumento na comparação com janeiro deste ano e, também, com fevereiro de 2020 - quando o saldo estava, em ambos os meses, em 39,6 milhões.
Sem trabalhadores informais
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta terça-feira, consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui os informais.
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia.
Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado do emprego formal em fevereiro e voltou a defender a vacinação em massa dos brasileiros como forma de permitir um retorno seguro ao trabalho.
“Temos de vacinar em massa, para que o brasileiro informal, os 40 milhões de brasileiros invisíveis, não fiquem entre essa escolha cruel de sair e ser abatido pelo vírus, ou ficar em casa e ser abatido pela fome”, declarou.
Segundo ele, o governo já iniciou o protocolo de combate à essa segunda onda da pandemia, com o início da liberação do auxílio emergencial em abril, postergação no pagamento de tributos de pequenas e médias empresas.
Guedes informou, ainda, que o governo segue trabalhando para renovar o programa de proteção ao emprego, que possibilitou suspensão e redução de jornada com contrapartida do governo, mas que terminou em 2020. E que o Pronampe (crédito às pequenas empresas) também será retomado.
FONTE: G1 Brasília
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