Escrito por Fábio Willians
Quinta, 08 Julho 2021 13:29
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, em coletiva nesta quinta-feira (8), que grávidas sem comorbidades poderão se vacinar contra a Covid-19, desde que isso seja feito com a vacina da Pfizer ou a CoronaVac.
As vacinas de vetor viral – a da AstraZeneca e da Johnson – não deverão ser utilizadas em grávidas.
Na terça-feira (6), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia recomendado que grávidas não recebessem as vacinas de vetor viral.
O ministro também disse que a combinação de vacinas – receber a primeira dose de uma vacina seguida da segunda dose de outra – não está autorizada nem em gestantes, nem em nenhum público – e que os municípios não devem fazer a combinação por conta própria.
"Os secretários estaduais, municipais, têm autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite. Não pode ficar criando esquemas vacinais diferentes de maneira discricionária sem ouvir o Programa Nacional de Imunizações", disse Queiroga.
A combinação da primeira dose da AstraZeneca com a segunda dose da Pfizer em grávidas já havia sido autorizada em pelo menos dois estados: no Rio de Janeiro e no Ceará. No caso do Ceará, a autorização também foi estendida a puérperas.
"A intercambialidade não está autorizada em grávidas ou em não grávidas", reforçou o ministro.
As grávidas que já receberam a vacina da AstraZeneca vão completar a imunização com a mesma vacina após o puerpério (período de 45 dias após o parto), segundo o ministro.
Vacinação em gestantes: números
Mesmo antes da nova orientação do Ministério da Saúde, vários municípios já vacinavam grávidas sem comorbidades.
Segundo dados apresentados pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo 313.235 grávidas já foram vacinadas contra a Covid no Brasil, da seguinte forma:
201.452 receberam a Pfizer
63.581 receberam a CoronaVac
48.202 receberam a AstraZeneca.
Entre as vacinadas – com qualquer vacina –, foram identificados 439 eventos adversos. Desses, 24 foram graves. Entre eles, houve 4 mortes, mas 3 não tiveram relação com a vacina. Uma morte foi relacionada à vacina, mas o óbito não teve relação causal com a gestação, segundo a pasta.
FONTE: G1
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