O Cruzeiro se despediu do Campeonato Brasileiro de maneira melancólica ao perder para o Palmeiras por 2 a 0, neste domingo, no Mineirão, pela 38ª rodada. Os gols da partida foram marcados por Zé Rafael, aos 12', e Dudu, aos 39 minutos do segundo tempo. Com o resultado, o time celeste está rebaixado e vai disputar a Série B em 2020.
Antes mesmo do apito final do árbitro Marcelo de Lima Henrique, vários torcedores manifestaram o sentimento de fúria e depredaram o estádio arremessando cadeiras e bombas. A Polícia Militar interveio na confusão com tiros de bala de borracha e uso de gás de pimenta. Nos arredores do Mineirão também houve cenário de muita selvageria.
O desempenho diante do alviverde paulista foi reflexo de toda a competição: sem criatividade, com muitos erros de passe e facilmente anulado pelo adversário. Tanto que o goleiro Weverton praticamente não fez uma intervenção importante.
Conforme afirmado pelos jogadores palmeirenses antes do duelo, como o zagueiro Edu Dracena e o atacante Dudu, o rebaixamento do Cruzeiro não se dá apenas pelo duelo deste domingo. Faltou bom futebol em grande parte da disputa.
Na 33ª rodada, por exemplo, esperava-se uma vitória tranquila sobre o Avaí. No fim das contas, um empate frustrante por 0 a 0, com apenas uma defesa difícil do goleiro Vladimir. Na 35ª rodada, diante do CSA, o vexame foi pior: derrota por 1 a 0 para um time que viria a ter o rebaixamento confirmado posteriormente.
Por óbvio, o rebaixamento faz o Cruzeiro terminar o Campeonato Brasileiro com sua pior campanha na era dos pontos corridos: 17º lugar, com 37 pontos. Em 38 rodadas, o time venceu sete, empatou 16 e perdeu 15, com 26 gols marcados e 43 sofridos. Já o Ceará escapa da queda por um triz: 16º, com 38 pontos.
O jogo
Da equipe que perdeu para o Grêmio por 2 a 0, quinta-feira, em Porto Alegre, o técnico Adilson Batista fez cinco mudanças. Além dos suspensos Edilson, Egídio e Ariel Cabral, saíram os atacantes David e Fred. Entraram Marquinhos Gabriel, Dodô, Jadson, Pedro Rocha e Ezequiel.
As mudanças não surtiram efeito. A bola parecia queimar no pé dos atletas. Erros de passes, perdas de posse e até escorregões: o torcedor cruzeirense viu tudo isso de sua equipe. Menos qualidade. A sorte é que o Palmeiras, apesar de ter o controle da situação, não forçava tanto.
Depois de muito tempo de impaciência e tensão, os cruzeirenses se exaltaram bastante no Mineirão. O grito de alegria não era por um gol ou boa jogada da equipe, mas pelo fato de o Botafogo, aos 38 minutos, ter inaugurado o placar contra o Ceará. Curiosamente, o autor do tento no Rio de Janeiro foi Marcos Vinícius, ex-jogador da Raposa.
Faltava apenas o Cruzeiro fazer a própria parte. Adilson Batista atendeu aos pedidos do público e colocou Sassá no lugar de Ezequiel no intervalo. Aos 3’ do segundo tempo, foi a vez de Weverton entrar na vaga do lesionado Orejuela.
A torcida tentou empurrar. Cantou alto, incentivou, procurou contagiar os atletas. Mas um time que não conseguiu fazer o dever de casa diante de adversários fracos, conseguiria bater o terceiro colocado do Campeonato Brasileiro? Aos 12’, Dudu tocou de calcanhar para Raphael Veiga, que foi à linha de fundo e cruzou rasteiro em direção à grande área. De primeira, Zé Rafael bateu rasteiro e fez 1 a 0. Silêncio no Mineirão.
O que já era dramático ficou pior aos 21 minutos. No Rio de Janeiro, o Ceará teve pênalti a seu favor. Thiago Galhardo bateu no meio e marcou. Tudo igual contra o Botafogo: 1 a 1. A partir dali, nem uma hipotética virada do Cruzeiro adiantaria.
Desacreditados e até temendo o risco de confusão, muitos torcedores deixaram o estádio. Os que ficaram viram uma estéril posse de bola, de um lado para o outro, na intermediária do campo de ataque, sem qualquer susto aos defensores palmeirenses.
Furiosos com a queda do Cruzeiro à Série B, vários torcedores começaram a arrancar cadeiras do estádio e a atirá-las em campo. Bombas também foram arremessadas. O árbitro Marcelo de Lima Henrique chegou a paralisar o jogo, porém deu continuidade. Com a bola rolando, o Palmeiras ampliou o placar: Bruno Henrique lançou em direção à grande área, e Dudu fez 2 a 0.
A partir dali, não teve jeito. Com a praça de guerra dentro e fora do estádio, Marcelo de Lima Henrique paralisou o jogo. Enquanto isso, a Polícia Militar interveio para tentar conter as depredações.
CRUZEIRO 0X2 PALMEIRAS
CRUZEIRO
Fábio; Orejuela (Weverton, aos 3min do 2ºT), Cacá, Leo e Dodô; Henrique, Jadson e Éderson; Marquinhos Gabriel, Ezequiel (Sassá, no intervalo) e Pedro Rocha (Maurício, aos 13min do 2ºT)
Técnico: Adilson Batista
PALMEIRAS
Weverton; Marcos Rocha, Luan, Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Matheus Fernandes, Bruno Henrique e Lucas Lima; Raphael Veiga (Willian, aos 24min do 2ºT), Zé Rafael (Gabriel Veron, aos 21min do 2ºT) e Dudu
Técnico: Andrey Lopes (interino)
Gols: Zé Rafael, aos 12min, e Dudu, aos 38min do 2ºT (Palmeiras)
Cartões amarelos: Zé Rafael, aos 12min do 2ºT (Palmeiras)
Motivo: 38ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão
Data: domingo, 8 de dezembro de 2019
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Luiz Cláudio Regazone e Silbert Faria Sisquim (RJ)
Um acidente envolvendo três carretas foi registrado, na tarde desta sexta feira (06) na BR-354, próximo ao trevo de Tapirai. O acidente aconteceu por volta das 15h.
Segundo informações colhidas no local, uma carreta seguia no sentido BR-262/Bambuí, quando em uma curva na altura do km 398, o veículo deu um "L" na pista e parou atravessado às margens da rodovia. Uma carreta que seguia no sentido contrário freou bruscamente para evitar uma colisão frontal e foi atingida na traseira por outra carreta.
O trânsito ficou parcialmente interditado até a retirada dos veículos. Os motoristas não se feriram.
O Programa Saneamento Rural Brasil Sustentável foi lançado, nesta terça-feira (03), no Palácio do Planalto com a meta de levar água encanada e esgotamento sanitário para 25 milhões de domicílios rurais, abrangendo quase 40 milhões de pessoas (39.73 milhões de habitantes) que vivem no campo.
Para atingir esta meta o Programa vai ter 20 anos de duração, contados de 2019 a 2038, e investimentos de R$ 218.94 bilhões. Com a presença do presidente Jair Bolsonaro, os eixos estratégicos do Programa foram apresentados por Rogério Nogueira, presidente da Funasa, órgão ligado ao ministério da Saúde, que vai gerenciar o programa.
São três eixos: gestão dos serviços; educação e participação social; e tecnologia. Rogério Nogueira disse que o saneamento sempre esteve mais presente nas áreas urbanas e que o programa lançado nesta terça-feira é o primeiro do país voltado de forma específica para o meio rural.
“Fizemos um planejamento de longo prazo claro, detalhando as ações e metas a serem alcançadas a curto, médio e longo prazo ao longo dos próximos 20 anos, assim permitindo permanente monitoramento das ações e a constante avaliação do programa”, explicou Rogério Nogueira.
O presidente da Funasa ainda descreveu como vai ser o atendimento no meio rural por meio do programa. “Serão 7 milhões de domicílios rurais atendidos por abastecimento de água; 4 milhões de domicílios com instalações hidrossanitárias (água e esgoto); 9 milhões de domicílios rurais atendidos por esgotamento sanitário; e 5 milhões de domicílios rurais atendidos por manejo de resíduos sólidos”.
E completou. “Pretendemos chegar muito perto da universalização do saneamento básico na área rural, diminuindo drasticamente a incidência de doenças transmitidas pela água, principalmente as diarreias agudas, que influenciam diretamente na mortalidade infantil”, defendeu.
O ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, destacou que o Congresso Nacional também discute um novo marco legal para o saneamento básico no Brasil, que pode estender água e esgotamento sanitário para 100 milhões de pessoas no país. “Nós estamos trabalhando para que esse novo marco legal permita que os estados, que os municípios, possam, verdadeiramente, atuar para poder garantir saúde e saneamento. Isso é fundamental pra qualidade de vida”, afirmou.
O ministro fez ainda uma análise da distribuição dos serviços públicos no Brasil a partir da atividade parlamentar, que levou ele e outros parlamentares a diversas regiões no interior do Brasil. “O que a gente sempre via lá é a carência absoluta destas coisas básicas. E eletricidade chegou antes, curioso. O telefone chegou antes e ministra Damares [Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos], lamentavelmente, a água encanada e o esgotamento sanitário não chegou pras crianças de nossas famílias pobres do interior do Brasil. Portanto este [lançamento do Programa Saneamento Rural Brasil Sustentável] é um momento importantíssimo”, disse.
Participação no programa
O Saneamento Rural Brasil Sustentável prevê também a participação dos três entes da federação, união, estados e municípios, além da sociedade civil organizada para articular as diretrizes do programa a partir dos objetivos e instrumentos da política de saneamento rural.
Helder dos Santos Cortez, diretor da Companhia de Água e Esgoto do Ceará, afirmou que no estado já existe um modelo de gestão de saneamento rural a partir de um convênio firmado na década de 90 com o banco estatal alemão, KFW. A parceria permite, de acordo com o diretor, que dos 2 milhões e 100 cearenses que vivem no meio rural, 700 mil tenham saneamento básico em 1800 comunidades com captação, tratamento e distribuição de água de qualidade.
Helder dos Santos avaliou que o programa federal pode complementar, padronizar e estabelecer modelos de gestão eficientes em todo o país. “O saneamento rural no Brasil e na América Latina, ele é tido como sendo um setor excluído, invisível pelos poderes públicos .... a Funasa fez um trabalho ouvindo todas as empresas e todos aqueles que participam do saneamento rural no Brasil para construir esse plano”.
O América Master e o Zíngaro vão fazer um jogo beneficente neste sábado, dia 7 de dezembro, no estádio do Zíngaro. A partida será as 16h e terá a presença de grandes jogadores como Somália, Fábio Júnior e o bambuiense José Arlem.
O jogo é beneficente, com a renda obtida serão comprados os kits maternidade, o ingresso custa dez reais e também são aceitas doações. A renda e as doações serão repassadas ao CRAS de Bambuí, que fará a compra dos kits e entregará às famílias que mais necessitam.
Para o jogo entre o América Master e o Zíngaro, equipe de Bambuí, foi feita uma parceria entre a Prefeitura de Bambuí com o apoio do prefeito Olívio Teixeira, por meio das secretarias de Assistência Social e de Esporte, Lazer e Turismo e do Zíngaro Esporte Clube.
Beneficiado pela derrota do Ceará para o Corinthians, por 1 a 0, o Cruzeiro não conseguiu fazer a sua parte na luta contra o rebaixamento e perdeu para o Grêmio por 2 a 0, nesta quinta-feira, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time celeste se portou bem defensivamente no primeiro tempo, porém perdeu Robinho por lesão na etapa final, depois de ter feito as três substituições, e foi pressionado pelo adversário até sofrer os gols de Ferreira, aos 21 minutos, e Pepê, aos 39.
Agora, a única combinação que livra o Cruzeiro do rebaixamento é a vitória sobre o terceiro colocado Palmeiras, no domingo, às 16h, no Mineirão, e a derrota do Ceará para o Botafogo, no mesmo horário, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Na classificação, os mineiros estão em 17º lugar, com 36 pontos. Os cearenses ocupam o 16º posto, com 38.
O jogo
O técnico Adilson Batista inovou na escalação do Cruzeiro. No lado direito, tirou o atacante Pedro Rocha, colocou o lateral-direito Edilson e adiantou o colombiano Orejuela. No meio-campo, manteve três volantes: Henrique, Ariel Cabral e Éderson. No ataque, apostou na experiência de Fred e na velocidade de David. Antes da partida, ele explicou a estratégia. “O Edilson é experiente, conhece o Grêmio. O Orejuela já trabalhou na frente. Os dois lados do Grêmio são muito fortes. A gente precisa neutralizar. Essa foi a intenção. E também ter uma saída rápida”.
Defensivamente, o Cruzeiro foi muito bem, com várias roubadas de bola até mesmo no campo de ataque, especialmente com Orejuela e Éderson. Tanto que o Grêmio explorou pouco a velocidade de Everton Cebolinha e Pepê. Isso fez o centroavante Luciano ficar isolado entre os zagueiros celestes Cacá e Leo. O goleiro Fábio fez duas defesas, em chutes de longa distância de Matheus Henrique e Everton. No mais, trabalhou para interceptar cruzamentos e lançamentos longos.
No ataque, faltou qualidade à Raposa. David era quem mais buscava o jogo, dando algumas arrancadas pelo lado esquerdo nas costas de Rafael Galhardo. Contudo, falhou bastante nas tomadas de decisões, seja tocando no pé dos zagueiros gremistas ou finalizando para muito longe. Já Fred procurou basicamente fazer o trabalho de pivô, porém esbarrou na natural falta de velocidade de um atleta com 36 anos de idade. A melhor chance do Cruzeiro foi aos 29 minutos, com Éderson, que recebeu lançamento de Henrique, ganhou de Matheus Henrique na corrida e tentou toque por cobertura. Paulo Victor se esticou e fez bela defesa.
Na reta final do primeiro tempo, o árbitro André Luiz de Freitas Castro aplicou cartões amarelos a três jogadores do Cruzeiro: Egídio, por confusão com Luciano; Ariel Cabral, em função de cometida em Kannemann; e Edilson, por causa de reclamação. Houve ainda uma segunda falta de Cabral, passível de nova advertência, porém o árbitro apenas repreendeu verbalmente o argentino. O curioso é que os jogadores amarelados estavam pendurados e, portanto, não enfrentarão o Palmeiras no domingo.
Embora tenha mantido a formação para o segundo tempo, o técnico Adilson Batista queimou a ‘regra três’ nos primeiros minutos. Aos 8’, substituiu Fred por Pedro Rocha. Aos 12’, trocou Orejuela por Ezequiel. Essa segunda alteração proporcionou uma grande chance para o Cruzeiro. Ezequiel deu enfiada de bola para Egídio, que driblou David Braz, foi à linha de fundo e rolou a bola para trás. Robinho, praticamente na marca do pênalti, bateu rasteiro com o pé esquerdo. Paulo Victor não chegaria a tempo de fazer a defesa, porém Michel, na pequena área, deu carrinho e conseguiu salvar o Grêmio. Na sequência do lance, Robinho se chocou com Paulo Victor, machucou o joelho esquerdo e precisou ser retirado de maca do campo.
O Cruzeiro, então, passou a jogar com dez jogadores. Logo, o Grêmio se aproveitou da vantagem aos 21 minutos. Pepê arrancou pela esquerda e cruzou baixo. Após corta-luz de Cebolinha, Ferreira, que entrara no lugar de Diego Tardelli cinco minutos antes, ajeitou a redonda e bateu rasteiro. A bola desviou no lateral-esquerdo Egídio e tirou o goleiro Fábio de cena: 1 a 0.
A partir dali, não havia muito o que fazer. Com um a menos, o Cruzeiro se viu obrigado a se lançar ao ataque, mas de maneira desorganizada. A disposição apresentada não foi suficiente. O Grêmio explorou a vantagem e continuou perigoso. Aos 38’, Pepê protagonizou lance individual e foi derrubado por Cacá. Pênalti. O próprio Pepê bateu no canto direito e deu números finais à partida: 2 a 0. Houve tempo ainda para o lateral-esquerdo Egídio ser expulso por falta cometida em Ferreira.
GRÊMIO 2X0 CRUZEIRO
GRÊMIO
Paulo Victor; Rafael Galhardo (Patrick, aos 20min do 2ºT), David Braz, Kannemann e Cortez; Michel e Matheus Henrique; Everton Cebolinha, Pepê e Diego Tardelli (Ferreira, aos 15min do 2ºT); Luciano (Isaque, aos 34min do 2ºT)
Técnico: Paulo Victor
CRUZEIRO
Fábio; Edilson, Cacá, Leo e Egídio; Henrique e Ariel Cabral (Robinho, aos 41min do 1º); Orejuela (Ezequiel, aos 12min do 2ºT), Éderson e David; Fred (Pedro Rocha, aos 8min do 2ºT)
Técnico: Adilson Batista
Gols: Ferreira, aos 21min, e Pepê, aos 39min do 2ºT (GRE)
Motivo: 37ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre-RS
Data: quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Cristhian Passos Sorence (GO)
VAR: Wagner Reway (PB)
Pagantes: 18.306
Presentes: 20.454
Renda: R$ 635.190,00