Escrito por Fábio Willians
Sábado, 09 Março 2019 00:14 - Última modificação em Sábado, 09 Março 2019 00:22
O ator José de Abreu, 72, que se autoproclamou presidente do Brasil há cerca de dez dias, afirmou nesta sexta-feira (8) que vai começar uma série de viagens pelo país para "mobilizar as forças progressistas" e que formará um ministério paralelo ao oficial, formado em sua maioria por mulheres.
"Sem querer, eu consegui furar uma bolha. Estava todo mundo apático, um descrédito total com essa desfaçatez do governo. Eu acho que tive uma intuição. Começou como uma forma de irritar o [Juan] Guaidó, com aquela história de autoproclamado", afirmou Abreu, se referindo ao autoproclamado presidente da Venezuela.
O ator, que é apoiador histórico do PT, fez sua autoproclamação, no dia 25 de fevereiro, em uma série de posts no Twitter: "A partir de hoje eu sou o autodeclarado Presidente do Brasil. Igual fizeram na Venezuela. Lula está nomeado chefe da casa civil, militar e religiosa do Brasil", escreveu ele, que chegou a publicar algumas decisões.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou a dizer nesta semana que vai processar o ator, que afirmou estudar a possibilidade de recorrer à Justiça com um pedido de habeas corpus preventivo.
Abreu, que estava em viagem à Grécia, chegou nesta sexta ao Brasil.
"A coisa agora ficou séria. Ficou séria desde que Lula me apoiou, a Dilma e toda a sociedade civil organizada. PSOL, PCdoB, PT e até PSDB. Jamais imaginei. A coisa cresceu demais em uma semana", afirmou o ator.
"A coisa cresceu demais em uma semana. Eu estava sozinho na Grécia, mas aqui vou ter uma equipe pra me ajudar. Vamos aproveitar esse momento pra botar fogo. [Meu ministério] vai analisar os atos que eles [o governo] fizerem para dar propostas mais condizentes com o Brasil. Tem gente já trabalhando na reforma da Previdência."
Perguntado sobre a possibilidade de uma candidatura real à Presidência em 2022, o ator afirmou que as eleições ainda estão muito longe, "a não ser que tenha impeachment da chapa, porque se der impeachment nele [Bolsonaro], entra [Hamilton] Mourão. Acho melhor deixar ele lá, não sei".
FONTE: folhapress
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